30 dezembro 2008

108 - Os cortes orçamentais, mas não só.

Parte I:

Porque o Dezembro tem apenas trinta e um dias, o ano está a acabar. Acabado o 2008, todos esperam o seguinte, uns com um pessimismo exacerbado – pois o partido assim manda – outros com um exacerbado optimismo – pois o partido assim manda – e outros expectantes – pois não têm partido para lhes dar ordens.

Incluo-me, gostosamente, no lote dos últimos que, não me custa acreditar se assim mo disseram, será a maioria. Expectante que, apesar dos evidentes sintomas em contrário, o 2009 não seja tão difícil como o querem prever.

Neste corte com o ano velho e os braços abertos ao novo ano, fazem lembrar-me, os agora na moda, cortes com o passado.
Vamos inovar, vamos despertar, vamos mudar, vamos ser diferentes. Uma panóplia de afirmações, frases ou adjectivos, usados por todos os que querem dizer que tudo no e do passado é mau.

Não comungo minimamente com essas ideias. O passado não é mau, é apenas passado. Renegar o passado, será renegar os nossos avós, os nossos pais e os nossos amigos que, de uma forma ou de outra, são do passado. Ora, esta negação, é algo a que me recuso terminantemente.

.../.. Continua
Foto: Google.

23 dezembro 2008

107 - Bom Natal


Morte prematura do justo e longa vida do ímpio

O justo, ainda que morra prematuramente, terá repouso.
A velhice respeitável não consiste numa vida longa, nem se mede pelo número de anos. Para o homem, o valor dos cabelos brancos está na prudência e a verdadeira longevidade é a vida sem mancha.
O justo agradou a Deus e foi por ele amado; e, porque vivia no meio dos pecadores, foi por Ele levado deste mundo. Foi arrebatado para que a malícia não lhe mudasse os sentimentos e a astúcia não lhe seduzisse a alma. Porque a fascinação do mal obscurece o bem e a vertigem das paixões perverte uma mente sem maldade.
Chegado à perfeição em pouco tempo, o justo completou uma longa carreira. A sua vida era agradável ao Senhor, por isso Ele se apressou em tirá-lo do meio do mal.
Os povos viram, mas não compreenderam, nem reflectiram neste facto: a graça e a misericórdia de Deus são para os seus eleitos, a protecção de Deus é para os seus Santos.
O justo que morre condena os ímpios que sobrevivem; e o jovem, que em pouco tempo chega à perfeição, condena a longa vida do pecador.

Livro da Sabedoria – I A sabedoria e o destino do homem.

05 dezembro 2008

106 - Começou a campanha?







Ricardo Costa, jovem bancário das Taipas, assumiu-se como candidato às próximas eleições autárquicas.

De momento é o único candidato conhecido. Já colocou um placard no centro da Vila, de grandes proporções, metendo num bolso, em tamanho e mensagem, qualquer placard das eleições anteriores.

Diz Paulo Sousa na sua semanada, que “…tanta grandiosidade continua órfã daquilo que realmente interessa, que são algumas ideias programáticas de partida com as quais se pretendem colmatar as “necessidades prementes” de que fala Ricardo Costa.”

Não conheço o Ricardo “desde sempre” pois não é da minha geração, mas nos contactos que temos mantido, há alguns anos a esta parte, quer de amizade quer profissionais, parece-me uma pessoa interessada, metódica e que sabe o que quer.

Obviamente, a candidatura do Ricardo, terá mais trunfos que a anterior do PS. Para mim há dois fundamentais:
Enquanto que Zé Luís foi “empurrado” a cerca de quatro meses das eleições, Ricardo aceita avançar a mais de um ano das mesmas;
Enquanto que a candidatura do Zé Luís tinha o desgaste do poder do Partido Socialista nas Taipas, Ricardo tem a seu favor as promessas não cumpridas, do actual mandato Social-democrata.

Estamos na partida e enquanto não obtivermos o programa do Ricardo e dos outros e enquanto não conhecermos os elementos das listas, não se podem emitir grandes opiniões. No entanto, sejam quem for os outros candidatos, o Ricardo será um nome a ter em conta. De momento está a mostrar uma grande capacidade de mobilização e uma dinâmica, a que não estávamos habituados.

No entanto estamos nas Taipas. Ainda um dia destes, um amigo me deixou estupefacto, mas é capaz de ter razão, porque nós por cá, medimos as capacidades de uma maneira esquisita. Dizia-me ele que “… se o Toni Carreira não vier ao S. Pedro, o Ricardo ganha.”
A colher, esta observação, então a teoria de que "o povo o que quer é festas", estará a funcionar.

Entretanto vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.
FotoS: RFX e arquivo pessoal.