19 janeiro 2009

111 - Os cortes orçamentais, mas não só.

Parte IV

.../.. Continuação
E então que dizer do mandato actual? A maioria absoluta do PSD, na campanha e nos primeiros tempos do mandato, usou e abusou da táctica de guerrilha.

Sabemos que nos dois a três primeiros anos, pouco ou nada se faz, para na segunda metade – leia-se mais perto de novo acto eleitoral - se mostrar serviço e acreditar que é pelo mais recente que se analisa o mandato completo.

Mas para já poderemos adiantar que este é o pior dos últimos mandatos, a nível de investimento nas Caldas das Taipas.

Uns culpam a Junta outros a Câmara. Uns dizem que a Câmara tem obrigação de dar e que a Junta deve exigir e reivindicar.
Outros que a Câmara tem de dar com equidade e que as juntas devem contentar-se com o que recebem. Infelizmente, nas campanhas eleitorais, vem sendo habitual os partidos prometerem o que não podem cumprir. Sem o mínimo de cuidado, até prometem fazer filhos em mulher alheia. Parecendo desconhecer que se têm de cingir aos benefícios da Lei das autarquias, prometem mundos e fundos, a contar que o poder Central ou Local, lhes dê o que eles próprios prometeram, sem saber se seria exequível ou não.

E então é assistir em fugas para a frente, culpando tudo e todos dos males que a todos acontecem. Pedra de um lado e calhau de outro, prejudica-se toda uma população, que se vê privada de investimento.


Mas a mim o que mais me incomoda, no meio de tudo isto, é a prepotência e arrogância de alguns eleitos. Já o escrevi várias vezes: Os eleitos devem agradecer-nos por os colocarmos no poder e não fazerem aquela cara de vítima, como se estivessem lá por sacrifício e não por prazer – para não dizer outra coisa.

Fotos: Arquivo pessoal.

.../.. Conclusão

11 janeiro 2009

110 - Os cortes orçamentais, mas não só.

Parte III:
.../.. continuação

Em contraponto, outros defendem o endeusamento daqueles que, pelo mandato que lhes é conferido, fazem algo pelas populações. Temos de ter presente que é uma obrigação dos eleitos, zelar pelos eleitores (repare-se que eu escrevo “eleitores” e não “seus eleitores”).
E então, tentam passar a mensagem de António Magalhães, como o grande patrocinador do desenvolvimento taipense e Carlos Remísio de Castro, como um lutador e um defensor dos interesses da Vila, um negociador nato e discreto, nos corredores do poder.

Quem conhece as Taipas desde sempre, ou nos seus últimos trinta anos, não pode ser honesto, se afirmar que nas Taipas nada se fez.
É perfeitamente aceite e razoável, que mais coisas poderiam ser feitas, mas, daí até se dizer que nada foi feito, vai uma grande distância, para não dizer, desonestidade.
Poderemos não gostar de António Magalhães ou da sua maneira de actuar e poderemos contestar a política de Carlos Remísio de Castro e até dizer que nos seus mandatos, foi demasiado benévolo com o poder municipal. Agora só quem quer ser cego, pode afirmar que não vê qualquer obra nos seus mandatos.

Foto: Reflexo Digital.

.../.. (continua).

05 janeiro 2009

109 - Os cortes orçamentais, mas não só.

Parte II:
.../.. continuação

Mas vamos ao que interessa:

Renegar o passado político dos que nos antecederam, não será um corte com o passado, mas sim um corte na nossa identidade colectiva.
Será que nós somos os maiores – os “special one” – e todos os outros não são/foram nada?

É prática corrente, malhar nos que nos antecederam. Para a maioria, é mais importante dizer o que os outros não fizeram ou – na nossa óptica - fizeram mal, do que dizer o que nós fizemos ou pretendemos fazer.
Na internet, leio comentários que me deixam espantado e aterrorizado. Por vezes, mesmo muitas vezes, penso que ou eu não vivo nas Taipas ou alguns comentadores andaram a dormir estes últimos trinta anos.

Nesses comentários, é prática comum apelidar António Magalhães, como o causador de tudo e mais alguma coisa que, de mau, acontece às Taipas.
Carlos Remísio de Castro, foi o maior entrave ao desenvolvimento da freguesia, tal como, antes dele, o haviam sido Costa e Silva, Domingos Sousa, Porfírio Martinho, Domingos Maia e Mário Dias, para não falar de José Oliveira.

.../.. continua
Foto: Google