16 novembro 2015

440 . Nem tudo está perdido.

Foto: Público Digital(Editada)
Hoje pela manhã testemunhei, participando, em algo que não estava nada a esperar. Numa instituição de ensino, que frequento diariamente, constato amiudadas vezes com o que considero falta de educação e civismo e que outros, mais benevolentes, chamam de "deixa lá, são coisas da juventude". Estou a referir-me, concretamente, ao péssimo costume que tenho - sim, péssimo porque vem do século passado - de ceder passagem nas portas e nos corredores apertados, aos elementos do sexo feminino. Este costume/hábito/vício/burrice, por vezes enerva-me, pois não poucas vezes, os acompanhantes do dito sexo, sendo do outro - presumo eu, igual ao meu - abusivamente aproveitam a minha mão na porta e passam antes de mim e, no final, nem sequer um "obrigado velhote por segurares na porta". E nas tais passagens estreitas ou então mais largas mas em que circulam três ou quatro a par, também aí tenho de me encostar, para não estorvar a conversa do grupo.

Mas hoje - como comecei este comentário - fiquei admirado, pois ao entrar num parque que está sempre superlotado e depois de ter circulado sem encontrar lugar, entrou outro utente e que ficou à minha frente e deparou com um "desestacionamento". Parou esperando que o outro saísse e, quando eu esperava que ele ocupasse o lugar vago, continuou a dar a volta, procurando outro lugar. Estupefacto, estacionei e aguardei que ele desse a volta, perguntando-lhe se tinha deixado o lugar para mim e como o mesmo anuiu fui ao carro cumprimentá-lo, agradecer-lhe e confessar-lhe que não estava à espera de um gesto daqueles. Pensei para comigo que nem tudo está perdido e que existem - embora poucas - algumas exceções à (des)regra.

A finalizar: Algumas pessoas têm manifestado a sua indignação pela viagem do presidente ao local de passagem, antes de ser exilado para o Brasil, de um seu antecessor. Não vejo onde está o problema. E perguntaria mesmo, como um ex-secretário geral: - Onde está a pressa? Nestes tempos conturbados devemos resguardar o presidente de um possível ataque e a Pérola do Atlântico será o lugar mais seguro para tal.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

13 novembro 2015

439 - Nunca tenho dúvidas e raramente me engano.

Foto: DN Digital
Hoje pela manhã e como faço sempre que a cidade dos Arcebispos não reclama a minha presença, passei no Café do Tónio, que já foi do Zé, para beber uma cafézada, dar uma vista de olhos ao jornal, trocar duas de treta com o Francisco Duarte (sobre o futebol do Taipas e do Braga) e com o meu primo José Francisco, o Vilas mais antigo, este, com as últimas novidades do século passado.

Hoje ao passar a tal vista d'olhos e logo na página dois, foquei-me - contra o habitual porque normalmente me fico pelos títulos - sobre um artigo de opinião do Embaixador (Jubilado?) Seixas da Costa, que fazia uma análise ao atual momento político. E dizia a determinado passo que, de Cavaco Silva que afirmava nunca ter dúvidas e raramente se enganar e que anunciou recentemente, relativamente às eleições, que "tinha todos os cenários estudados", se espera uma solução do problema criado.

Ontem - na tal cidade dos Arcebispos que nem sempre dispensa a minha presença - e numa aula de Sistemas Políticos Comparados, tive ocasião de, contrariando a maioria presente, manifestar a minha preocupação não pelo momento presente, mas pelo demora em dar solução ao mesmo, ou seja, e pondo os pontos nos is, por o homem que nunca tem dúvidas, raramente se engana e que tem todos os cenários estudados, andar agora a empalhar em lugar de resolver a situação.

Se o PR tinha, antes das eleições, todos os casos estudados, porque não toma uma decisão rapidamente? Ou será que - tal como um aluno desprevenido e preguiçoso - apenas estudou a matéria que esperava lhe saísse no teste?

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

10 novembro 2015

438 - Ainda (e sempre?), as legitimidades.

Somos um País de legitimidades. Ontem, hoje e, porventura, amanhã; tudo e todos, falam no legítimo. A começar por mim, que acho ter legitimidade para escrever neste (meu) blogue o que entendo; o meu vizinho que acha tem legitimidade para criticar o que eu escrevo; e a minha mulher que tem toda a legitimidade para ignorar o que eu escrevo. Mas eu, sou eu, um rapaz nascido no ano de 1954 na Pensão Vilas, debaixo do manto protetor do Avô Francisco e que não dei novos mundos ao mundo; ou seja, um ilustre desconhecido a quem até as empresas de sondagem, em quatro décadas de existência, nunca se dignaram perguntar qual era o meu palpite sobre nenhum assunto.

Mas - para contrariar o meu amigo Delfim que diz que muitas vezes sou pouco claro - o mesmo não se passa com os senhores deputados/comentadores encartados, que entram pelas casas adentro - de quem deixa - e vomitam legitimidades por tudo e mais alguma coisa. Não tenho assistido aos debates da semana finda, nem assistirei aos desta, pois não estou em idade de me incomodar, mas nos intervalos das novelas, ao passar de canal em canal, vou apanhando alguma coisa. E a legitimidade está sempre presente e para todos os gostos e feitios.

Para mim - que só sei que nada sei - nesta história que se desenrola desde 4 de outubro, há apenas uma legitimidade: a de quem votou, a de quem escolheu. E depois há uma coisa que se chama Constituição da República Portuguesa e outros sucedâneos que poderemos chamar de Leis, bom senso, responsabilidade, etc. Temos é que vincar e aceitar de quem vem a legitimidade. Tudo o resto são flores - para não dizer mariquisses - para enganar o Povão.

E, como sou chato, lá voltamos ao mesmo: diálogo; discussão; consensos. Houve diálogo? Houve discussão? Chegaram a consensos? Então se conseguiram estas três coisas, deverá haver uma solução, para aplicar a legitimidade do povo. Se não conseguiram, paciência. Temos de partir para outra.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

01 novembro 2015

437 - Pronto final travessão.

Foto: DNDigital (editada)
Pronto. Estava eu emaranhado nas confusões da Autonomia Creditícia e da Patrimonial,  do Setor Público Administrativo e do Empresarial, nos Graus de Autonomia Orçamental, na conformidade legal e na desconformidade financeira, na autorização de Despesa e nos três "És", da Economia, Eficiência e Eficácia, muito disto plasmado (e eu pasmado) no tal RAFE, sem apanhar um décimo do que precisava quando, inexplicavelmente, me cai no prato da sopa a Posse do XX Governo Constitucional.

Palácio da Ajuda, que me faz lembrar os meus tempos de SMO, em Lisboa, ali mesmo ao lado do HMDIC - paragem obrigatória uma ou duas vezes por semana para levar o protocolo ao Major Dores. De repente lembrei-me da possibilidade do porquê das Tomadas de Posse na Ajuda, com as despesas inerentes aos arranjos e protocolos (RAFE:Economia-Eficiência-Eficácia). É que ainda por lá devem existir resíduos do HMDIC (Hospital Militar de Doenças Infecto-Contagiosas), onde eram tratados alguns militares regressados e infetados das ex-colónias. É que todos são infetados pelo vírus umbigal (sim aquela coisa que nos faz olhar, apenas e só, para o nosso umbigo).

Sessenta e tal por cento dos portugueses escolheu ser governando por nós; Sessenta e tal por cento dos portugueses recusou ser governado por vós;  Sessenta e tal por cento dos portugueses votaram contra eles.

Se calhar (bemdecerto como dizíamos na primária) todos têm razão nas análises. Agora, por favor, depois de tanto tempo de costas voltadas ainda se continuar a falar em "diálogo"? Cá para mim só a gozar. Sabem o que me apetecia? Aplicar-lhes o Regime de Administração Financeira do Estado (RAFE) ou seja (como dizíamos na primária) RAFÁ-LOS.

E eu vou andando por ai e, por simpatia, também vou assobiando. 

23 outubro 2015

436 - Plenamente de acordo.

Foto: Google.
Ontem pouco depois das vinte horas, quando me deslocava da Cidade dos Arcebispos para a Vila Termal e Turística-Capital das Cutelarias, vinha "a dar no rádio" a comunicação. Como vinha atento à estrada, não consegui ouvir com atenção o comunicador, mas ouvia os comentários pouco abonatórios do passageiro, ao que o comunicador ia quemunicando.

Hoje às nove e meia liguei a televisão da cozinha que estava na TVI 24 - deve ter dado programa desportivo na noite anterior - e estava o comunicador de ontem a falar. Não ouvi o que dizia porque a TV estava sem som, mas em nota de rodapé, estava escrito: "Responsabilidade de formar governo foi sempre de quem ganhou as eleições".
Plenamente de acordo. Se - e muito bem - a responsabilidade é do presidente do partido mais votado, ele é um irresponsável, por ainda não ter uma base de apoio, para formar o seu governo.

Quanto "às coisas" que o comunicador de ontem foi vociferando no seu quemunicado, obviamente que não comento: primeiro porque só ouvi algumas partes e segundo o que ouvi foi mau demais para lhe dar importância. Talvez se ler alguma coisa nos próximos dias . . . 

Agora quanto à pretensa arrogância do comunicador e do desrespeito manifestado pelos eleitos da AR, passando os olhos pela CRP há coisas em que o PR tem de se submeter à vontade/bondade/deliberação/assentimento, daqueles que ele esconjurou: Só como exemplo: n.º 1 do artº 127º;  todo o artº 129º e o engraçado n.º 3, para não citar mais.

E eu vou andando por aí, comentando se e quando me apetecer e, por simpatia, também vou assobiando.


20 outubro 2015

435 - Figuras de (os) ursos.

Foto: Google.
Pela minha parte já não consigo ouvir as pessoas falar desta coisa que se gerou com as opções de quatro de outubro. Sim, porque quem meteu o papel no buraco, todo riscado, todo em branco ou com uma única cruz, optou por alguma coisa. E aqui é que se apresenta o problema: Todos e cada um, há sua maneira, estão a ler a opção de forma diferente. Todas elas legítimas - penso eu quando estou com bonomia; Todas elas estúpidas - penso eu quando estou farto de mariquices, palermices, tontices e burrices.

Batemos sempre no mesmo. A CRP diz que  o PR, depois de ouvidos os partidos representados na AR e tendo em conta os resultados eleitorais, nomeia o Primeiro Ministro. Seguindo o que agora se chama de "prática habitual" e tendo em conta que o partido mais votado foi o PSD, coligado com o CDS, este será convidado a indicar o PM que o PR nomeia. Os restantes membros do executivo são nomeados pelo PR, sob proposta do PM. Pronto, tudo fácil, barato e dá milhões. Quer dizer, esqueci uma coisa: O n.º 1, do artº 192º da CRP, diz que "O Programa de Governo é submetido à apreciação da Assembleia da República". Bem e tem outro pormenor: O artº 195º da CRP, no nº 1 diz o que implica a demissão do Governo, "A rejeição do programa de Governo". (alínea d).

Pronto: Se o Governo é demitido se o seu programa for rejeitado e é a AR que o aprova e/ou rejeita, é tudo simples e não precisa de muitas leituras, nem comentários: O Governo tem de conseguir que a AR aprove o orçamento. Como? Conseguindo que 50% dos deputados, mais um, o aprovem. Que tem de fazer? Negociar para conseguir essa base de apoio. Claro que não é com arrufos e ataques, de um e outro lado que se consegue chegar a bom porto. Portanto, ALGUÉM tem de provar que consegue viabilizar um orçamento na AR.

Ah e não é com frases dramáticas - como a que me contaram que o senhor irrevogável disse ontem na televisão - que se resolvem estes assuntos.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

11 outubro 2015

434 - Realmente, parece que ainda não acabou . . .

No primeiro dia do mês coloquei aqui que iria votar no círculo eleitoral de Braga, para tentar eleger Caldeira Cabral, Joaquim Barreto, Sónia Fertuzinhos e Luís Soares e que tinha pena do meu voto não chegar para o Nelson Felgueiras. Até aqui, o meu desejo tornou-se realidade. Continuei a escrever que tinha esperança que o Governo em funções fosse derrotado, o que não veio a acontecer.


Tal como durante a campanha evitei a propaganda e as opiniões dos comentadores, assim continuei até esta altura, tendo apenas acesso a alguns comentários colocados, ou reproduzidos, pela minha dezena de amigos do Facebook. Mas, aí, li algumas coisas que me incomodaram seriamente. Desde a "eleição do primeiro ministro" até à formação de um "legítimo governo de esquerda", passando por "temos alguém para defender os interesses do nosso concelho" uma panóplia de sugestões me arregalaram os olhos. Não me pareceu ninguém preocupado em "ler" o que diz a CRP sobre o assunto.

O artº 152, n.º 2 foi esquecido; a Artº 187º n.º 1, foi apagado; e o Artº 195º, nº. 1, alínea d), não existe. Alguns apelidam de golpe de Estado a constituição de um governo, sem a presença do partido/coligação mais votado; outros advogam uma traição ao eleitorado colocar alguém a governar que não teve o apoio da maioria dos portugueses.

Pela parte que me toca - embora a minha opinião valha zero - é que o PR, DEPOIS DE OUVIDOS OS PARTIDOS REPRESENTADOS NA AR, nomeie um PM, que na hipótese de não ter negociado uma maioria na AR, deve dialogar com os outros partidos representados e fazer aprovar o Programa de Governo. Neste caso terá de ser Passos Coelho, que, por sua iniciativa, tem de tentar dialogar para aprovar o programa e continuar a fazê-lo para aprovar as Leis seguintes. Fala-se em Governo só da Coligação e fala-se do Governo do PS com os partidos à esquerda. Só ainda ninguém falou, do que se fez nas Caldas das Taipas para as autárquicas! É uma hipótese: O PC deixar passar o programa do PSD/CDS, apesar das "negociações" com o PS.



E eu vou andando por aí e, por simpatia, aguardo aposse do (des)Governo.

01 outubro 2015

433 - Ainda não acabou?

Na próximo Domingo, finalmente, o País vai a votos.  E, obviamente, já sei em quem vou votar. Pela minha parte, o professor da EEG da UM, o amigo do meu Colega João Pacheco, a filha do Julinho Fertuzinhos e o neto do senhor Soares da Farmácia, já lá estão. E só tenho pena do meu voto não chegar para o meu ex-colega conselheiro da ESCT.

Não tenho muitos amigos, mas é natural que alguns dos que tenho não concordem com esta minha opção. Mas não será por isso que - da minha parte - a amizade será afetada. É claro que lamento não tenham a minha opinião, mas nada mais que isso.

E porque vou votar nesta lista? Porque estou farto e cheio dos senhores que lá estiveram nestes quarenta anos, perdão, quatro anos, eleitos por promessas que não cumpriram e que me querem tomar por lorpa. Sim. Eu li as declarações vertidas na imprensa e documentos do partido do amigo do senhor irrevogável e está lá, preto no branco, que conheciam perfeitamente a situação em que o País se encontrava e que não era com aumento de impostos e austeridade que o assunto se resolvia. E não assinaram o PEC IV, porque me sobrecarregava.

Além das promessas não cumpridas, do baixar de calças constante aos nosso credores - e não digo "os nossos amigos que nos emprestaram dinheiro"  - fecharam os olhos às malandrices daqueles que lhes estão perto, enganaram o povo dizendo que estava tudo controlado, venderam o nosso património,  - sim, porque os ativos do Estado não são do Governo, são nossos, do povo, da Nação - ocultaram atitudes, fizeram trapalhadas, tudo isso com o sacrifício daquelas e daqueles que, através dos impostos e da sua oneração, foram obrigados a sacrifícios inqualificáveis. E para quê? Para diminuir o tão malfadado - na opinião deles - défice que afinal . . . continua acima da meta definida.

E não me abanem com a diminuição da taxa de desemprego e com o crescimento da economia, porque nas contas do primeiro também entram aqueles que "esgotaram" o tempo e no caso dos segundos, ora bem, "a coisa" depois de terem feito com que ela batesse no fundo . . . não pode descer mais.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

09 setembro 2015

432 - Simplesmente, vejo o que fazem.

Foto: Blogue Mais Guimarães
Dizia Andrew Carnegie (1835-1919) empresário e filantropo, que à medida que ia envelhecendo, prestava menos atenção ao que as pessoas diziam, simplesmente passou a observar o que faziam. Esta citação pode vir a talhe de foice, relativamente ao período eleitoral que se avizinha ou, se calhar, ao término do mandato atual!!??

No entanto, a nenhum deles se refere. Estou a pensar no caso concreto da fotografia ao lado e do seu principal impulsionador que, "por acaso", cumprindo o que tinha prometido, também terminou a obra do Lar de Idosos, tema de abundantes críticas e ofensas em passadas lutas de campanhas eleitorais. O empreendimento dos Banhos ora re-inaugurado e o SPA e Clínica de Saúde, inaugurados de raiz, são equipamentos que devem orgulhar - como foi dito na sexta feira passada - todos os Taipenses e Vimaranenses. Pela parte dos Taipenses concordo plenamente e dos Vimaranenses, pelos muitos presentes - incluindo a vereação municipal sem pelouro - não me custa acreditar que sim.

Tive por diversas vezes oportunidade de me pronunciar, sobre a mais valia que teria sido a eleição de Ricardo Costa para presidente da Junta de Freguesia. Parece-me que será fastidioso e desnecessário, voltar aqui neste espaço a falar sobre o assunto. É tempo de analisar quem promete mundos e fundos e deixa tudo na mesma e aqueles que podemos observar o que fazem. E pela minha parte deixo expresso e sem qualquer tibieza: Gostei da cerimónia de re-inauguração dos Banhos e inauguração do SPA e Clínica de Saúde e, pelo que pude verificar nos presentes, só não gostaram aqueles (poucos) que não conseguem disfarçar a dor (estúpida e sem sentido) de cotovelo.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

03 setembro 2015

431 - De desvio em desvio.

Foto: Google.
No período de férias - este ano intercalado com algumas visitas ao HSO de Guimarães - costumo "ir ao pão", tarefa que, por razões de saúde - de preguiça (segundo a Mãe dos meus filhos) - fui menos vezes. No entanto nas poucas (para mim muitas) vezes que o fiz e embora o percurso não fosse longo, cruzei-me/ultrapassei/fui ultrapassado, por alguns canídeos que tinham na outra extremidade da "soga" um ser humano.

Só que estas por mim apelidadas de "soga" não são como aquelas grossas e curtas que o S'Manel Caseiro usava nos seus quadrúpedes ruminantes. Não. Agora são finas, esticam e tem um aparelho na ponta oposta à coleira. E então é um ver se te avias, a desviar do cão, da soga, dos dejetos do cão e do humano da ponta da soga.

Não tenho nada contra o cãozinho, a soga, os dejetos e o ser humano na ponta da soga. Já me incomoda, ter de me desviar do cão, da soga e afins.

Esta soga esticadora, faz-me lembrar "a corda" que damos a algumas pessoas e que depois temos alguma dificuldade em retirar. A corda é comprida, estica e depois é difícil encurtar os abusos. Parece que temos de ser menos benevolentes e começar a usar "a corda curta", desde o princípio e contrariando a teoria do "assim como ta dei, assim ta tiro".

Ou então aproveitar a revisão quadrienal, para puxar a corda de vez.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

01 setembro 2015

430 - Ainda a procissão vai no adro . . .

Foto: DNDigital /editada).
Ainda a procissão vai no adro e já estou farto dela. Não, não é a de S. Pedro que a essa - com o devido respeito para com o Santo - já deixei de assistir, depois de pegar a moda de colocar as pessoas importantes cá do sítio desfilando atrás do palio. Estou a referir-me aquilo a que se convencionou chamar de "pré-campanha" eleitoral, neste caso para as Legislativas.

O que deveria ser espaço de preparação para um debate esclarecedor já se tornou, antes da chegada do mesmo, numa toada de parada e resposta, qual delas a mais estúpida - sim, sim, estúpida para não dizer outra coisa - daqueles senhores que julgam que são políticos e que fazem política, quando, na verdade, os "políticos" cá do burgo fazem "política" e não a política.

Como se não bastasse os que por cá andam - como o senhor da irrevogabilidade, que queria que a sua lista tivesse dois jogadores quando as outras apenas tinham direito a um - vem aquele senhor de voz de falsete, lá das europas onde as mordomias são de bradar aos céus, dizer que se outro partido que não o seu estivesse no poder a justiça não atuaria. Até parece que os seus apaniguados, nem estão - nem que seja apenas moralmente - indiciados em tantos e tantos casos. É como o outro com voz de pessoas crescida dizer que não se pode governar para os amigos. Como?! Pode repetir. Repita muitas vezes como se eu fosse muito, mas mesmo muito, burro.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

20 agosto 2015

429 - Tudo se conjuga???

Acabei de ler esta notícia no DNDigital. O primeiro ministro Grego acaba de informar que vai pedir/pediu a demissão e espera que o PR convoque eleições. Os "democratas" da União Europeia esfregam as mãos de contentes. "Vergaram" os esquerdistas do Syreza que se atreveram a ganhar eleições. Enxovalharam o  povo Grego que se atreveu a eleger alguém que "os donos" da Europa não queriam. Esticaram a corda e pediram condições aos gregos, que eles não podem cumprir. Os "donos" da União Europeia, os "arautos" dos ideais de Jean Monnet retomados por Robert Schuman em 1950 com a criação da CECA, onde se pretendia iniciar uma nova era com "novas estruturas, baseadas em interesses comuns e assentes em tratados que garantissem o primado da lei e a igualdade das nações".

"Metida" na ordem a Nação Grega, enxovalhado o povo que se atreveu a exercer democracia, os "donos da UE" esfregam as mãos de contentes e apressar-se-ão a "avisar" os Gregos, que lhes perdoam mais de 50% da dívida, se eles se mostrarem arrependidos e votaram na social democracia ou no socialismo reinantes nos outros Estados Europeus e "verdadeiramente democratas".

E para vergonha nossa(minha) de portugueses, não demorarão os nossos inteligentes a dar como exemplo, a ousadia dos Gregos: - Como vêm, nós é que estamos no caminho certo.

E uma vez mais Portugal, à beira do abismo, dará um grande passo em frente.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

27 julho 2015

428 - São burros ou fazem de nós . . .

Portugal está farto de burros. Portugal está fartos de espertos. Os burros estão fartos de palha. "A palha" está farta de alimentar os burros e "os espertos". Quando será que nos fartamos "dos espertos" fazerem de nós burros e nos tentarem dar palha?

Isto vem a propósito de quê? De nada. Basta não ler jornais nem ver/ouvir as notícias, para o parágrafo anterior não querer dizer nada. Agora para quem ainda consegue ler jornais e ver/ouvir notícias, o caso será diferente. Ou até bastará - fazer como eu - passar de manhã pelo Café do Tónio da Miquinhas e ler apenas os títulos dos jornais. Será suficiente. Tanto chico espertismo! Tanta basófia! Tanta mentira! Tanta burrice! Até quando nos deixaremos enganar?

A terminar, uma frase do saudoso Reitor Manuel Joaquim de Sousa : - Ele há cada um !!! (burro, acrescento eu).

E eu vou andando por aí e,  por simpatia, também vou assobiando.

15 julho 2015

427 - Tiago e as Obras.

LEITURA II -  Tg 2, 14-18

«A fé sem obras está morta»

Leitura da Epístola de São Tiago

Irmãos: De que serve a alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Poderá essa fé obter-lhe a salvação? Se um irmão ou uma irmã não tiverem que vestir e lhes faltar o alimento de cada dia, e um de vós lhes disser: «Ide em paz. Aquecei-vos bem e saciai-vos», sem lhes dar o necessário para o corpo, de que lhes servem as vossas palavras? Assim também a fé sem obras está completamente morta. Mas dirá alguém: «Tu tens a fé e eu tenho as obras». Mostra-me a tua fé sem obras, que eu, pelas obras, te mostrarei a minha fé.

Palavra do Senhor.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

04 julho 2015

426 - A saia e a nódoa . . .

Foto: Luís Soares - FaceBook
Parece-me que já o escrevi por estas bandas, ou por outras, que nutro uma especial simpatia pelo neto do senhor Soares da Farmácia. Não por ser neto de quem é, nem por ser filho de alguém que considero, nem mesmo por ser sobrinho do meu amigo Gonçalo Marta (infelizmente já não entre nós) companheiro de passeio de livros por Guimarães. Não; a simpatia por ele foi sendo construída ao longo do tempo em que privamos mais de perto.

A Assembleia de Freguesia de ontem decorreu de forma cordata e simpática entre os seus membros. O presidente da Assembleia assumiu pequenas falhas na organização das Comemorações dos 75 anos; o presidente da Comissão que disse a culpa ser dele; outro membro da Comissão solidarizou-se com as eventuais falhas; outro membro da assembleia, que não da Comissão, disse que também ele era responsável pois a comissão emanava da Assembleia. Enfim, a culpa não só não morreu solteira, como cometeu adultério.

Tudo cordato; tudo calmo; tudo na maior civilidade entre os membros da assembleia. Eis senão quando!!!??? Ah, mas eu comecei este texto por falar no Luís Soares e da especial simpatia que tenho por ele. O que não me obriga, antes pelo contrário, a concordar com tudo o que ele possa dizer. Nomeadamente olvidar a saia bonita e apenas ver a nódoa. O problema Luís, é que a nódoa é grande e, tal como verificamos uma vez mais na assembleia de ontem, é bem grande e faz questão de o demonstrar. Quanto mais não seja, para acabar com a civilidade.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

24 junho 2015

425 - É isto . . . a partidarização ? ? ?

Foto: Quim Vilas
No passado sábado o Clube de Caçadores das Taipas organizou o Taipas Termal Cup 2015 nas suas instalações desportivas. Parece - porque aparecerão alguns a contestar os números - que participaram cerca de 600 (Seiscentos) atletas, divididos por vários Clubes do distrito de Braga. Foi um dia em cheio: para os atletas, para os familiares e para aqueles que durante a época desportiva iniciada no ano passado prepararam os seus atletas. Mas além destes, foi um dia cheio para tantas e tantos que uniram esforços para proporcionar este dia. Uns visíveis - como o presidente do Clube João Pedro Ribeiro e Fernando Marques o Coordenador da Formação do Clube - e outros menos visíveis mas que faziam parte da engrenagem para montar esta máquina que trabalhou afinada. Uns com responsabilidades diretas no Clube e outras apenas com a vontade de colaborar e de servir.

Assisti - sem trabalhar - a este evento durante parte da manhã e durante a tarde. Fiz algumas dezenas de fotografias graças às novas tecnologias - que não me obrigam "a comprar o rolo no Matos". Algumas delas são elucidativas do que é "partidarizar clubes e associações". Vejamos a quantidade de pessoas instaladas nesta bancada, com outras tantas nas outras bancadas e no campo sintético. Todas partidarizadas. Continuamos a ouvir vozes ridículas - para não dizer arautos ridículos - que continuam a bater na tecla gasta e mentirosa da partidarização. Como eu gosto de dizer, cada um fala por si e sabe do que fala em relação a si". Mas já vai sendo tempo de se acabar com estas manias foleiras e outras, como quando dizem que "A" e "B" nada fizeram - noutros campos - apesar de estar por aí a obra feita e que pode ser observada. Mas uma mentira por tantas vezes repetida . . .
Foto: Quim Vilas

Deixo-vos mais uma foto. Esta é de um neto de um homem humilde e trabalhador, que serviu o Clube como atleta e mais tarde como colaborador. Os adeptos da difamação da partidarização pura e simples das associações, estão a renegar todas e todos que trabalharam e trabalham nos Clubes. E deixo-vos um alerta: Estai atentos e denunciai os mentirosos.

P.S. - (Não, não é partido socialista, é mesmo post scriptum): Um abraço de parabéns ao presidente da Direção pelo seu aniversário Natalício.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

18 junho 2015

424 - Pinturas, jornais, notícias . . .

Um destes dias a Sara e eu resolvemos envernizar a mesa e as cadeiras do quintal. Posso confessar que foi trabalhoso, mas no final conseguimos alguma satisfação pelo bom aspeto do mobiliário. Embalado pelos elogios recebidos - mas já sem a preciosa colaboração da Sara - meti ombros a outra tarefa: Lixar (no verdadeiro sentido da palavra) o corrimão da varanda e depois pintá-lo. Para não sofrer recriminações por "sujar tudo para não fazer nada", resolvi proteger as peças abaixo da madeira, com papel de jornal. Finda a "primeira mão" e porque achava que iria completar o serviço, deixei ficar os jornais a esperar pelo trabalho seguinte que, até esta hora, ainda não teve efeito.

Ontem à noite passei pela casa do Delfim. A conversa prolongou-se por mais tempo que o habitual. A dada altura perguntou-me se eu tinha montado um quiosque de jornais. Vendo a minha estupefação, deu as razões da pergunta: - É que tenho visto as pessoas na rua a olhar para a tua sacada e como tens lá jornais pendurados, pensei que estavam a ler as notícias.

Seguindo o conselho do Delfim - algo que faço com frequência - hoje de manhã retirei os jornais. De repente veio-me algo de sinistro à lembrança: Será que nos jornais que eu tinha na varanda estavam as notícias onde o Presidente do Conselho e o Comandante Supremo disseram que o BES estava de perfeita saúde? E onde o Presidente do Conselho aconselhava a emigração dos jovens? Será que o Delfim é conivente com este branqueamento?

E - acreditando na bondade da proposta do Delfim - vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

17 junho 2015

423 - 75 anos . . .

Foto: Luis Soares FaceBook
As Caldas das Taipas estão a comemorar os setenta e cinco anos de elevação a Vila. Quando comemoramos os quarenta, com o Francisco Costa e Silva na presidência da Junta, andei envolvido nela, pelo que não pude usufruir da "festa" convenientemente, ou, se quisermos, da forma que o posso fazer agora. Estar do lado de fora é muito mais agradável, pois podemos avaliar, com isenção, as realizações e só vamos aos eventos que queremos.

E foi assim que, na passada sexta feira, assisti pela primeira vez a um evento integrado nas comemorações. Antes já tinha passado fugidamente no Passerelle e passado os olhos nas fotografias expostas. Mas estas comemorações começaram mal, diria mesmo muito mal, com as habituais trapalhadas do executivo. Delas tive conhecimento através do relato do RFX. Mas isso - as trapalhadas do executivo ou de quem o representa - tem sido o pão nosso de cada dia e, infelizmente, não as valorizamos como devíamos. Segundo li teve de ser o presidente da Assembleia, despindo a camisola, a dar um murro na mesa para as coisas trilharem o caminho certo: Mas o mal (estar) já estava instalado e continua bem visível como pudemos constatar no tal ato a que me foi dado assistir.

Mas do debate sobre o futuro de Caldas das Taipas, tendo como oradores dois homens de futuro, permito-me retirar duas conclusões que, sendo minhas, podem ser únicas: Os oradores aconselharam-nos a não andar de costas voltadas e, sem o terem dito, mostraram pelo seu exemplo de vida empresarial e académica, que é possível ir longe sem andar constantemente a reclamar e a acusar o vizinho; e a dica do Miguel Oliveira, quando diz que a primeira coisa que faz no início do seu dia a dia, é ver o que não vai fazer naquele dia. Se pessoas com responsabilidades autárquicas fizessem o mesmo, certamente que todos viveríamos melhor.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

29 maio 2015

Entrei hoje no blogue e reparei que quase dois meses se passaram desde a última colocação. Afazeres, preguiça, trabalho a exigir concentração redobrada, ponta final da Liga com incertezas, tudo contribuiu para este longo afastamento. E embora apenas a última das desculpas esteja resolvida -  o que me levaria a continuar sem aparecer por aqui - um acontecimento triste que me foi comunicado pelo Delfim ontem por volta das oito da noite, me obriga a aparecer. É que escrever no meu blogue dá-me prazer, mas - modéstia à parte - se ninguém ler o que eu escrevo e se depois, pessoalmente ninguém comentar/discutir comigo, o interesse de escrever esmorece um pouco.

Por isso hoje aqui estou. É que ontem, um dos meus amigos que lia e comentava o que eu escrevia, partiu. O Daniel da Sãozinha, que mais tarde passou a ser também "O Daniel da Linda Maia", depois de uma luta tenaz, foi derrotado. Conheci o Daniel não sei quando. Possivelmente quando fiz um estágio, por castigo, nos finais dos anos sessenta ou princípios dos anos setenta, na Herdmar: não sei. Andei com ele porta a porta, a vender bilhetes para as obras da residência paroquial. Estive no Corpo de Bombeiros quando ele era dos Órgãos Sociais. Somos vizinhos no loteamento.

Não é por ter partido que o Daniel passou a ser boa pessoa. Não. Para mim, o Daniel foi SEMPRE, boa pessoa. A Comunidade perdeu um amigo, sempre pronto a colaborar nas obras sociais. O jardim da Linda Maia, perdeu o seu jardineiro e tratador e a camélia deixará de ser podada ao pormenor. Nas próximas vezes que for a casa do Delfim, já não espreito para a casa do Daniel, porque ele já não está lá.

Também este Vilasdastaipas deixará de ter um dos seus leitores mais atentos. Mas, isso é o menos.

02 abril 2015

420 - Avé, ó Parque.

Foto: RFXDigital
Assisti na passada semana, no magnífico Centro Pastoral das Taipas, à Discussão Pública da possibilidade de criação de um novo/renovado acesso ao Ave Park. Com o Auditório cheio, faria lembrar a Missa do Mei'Dia não fora a quantidade de caras estranhas àquele Ato Litúrgico, bem como a falta do Reitor a presidir, assim como os comentários e gritos de alguns presentes.

Antes de tecer qualquer comentário sobre o dito "Ato" - que, eventualmente, se desdobrará para além desta época Quaresmal - louvo a iniciativa da CMG nesta discussão pública, onde os cidadãos menos informados - ou com falta de acesso a espaços privilegiados - puderam ouvir o que propõe a CMG, para facilitar o acesso ao Ave Park. Vou repetir: "A população poder ouvir o que a Câmara propõe para . . .".

Estava em cima da mesa tomar conhecimento do parecer/estudo de uma equipa da UMinho às propostas da Câmara, que seria objeto de discussão posterior. Não coloco aqui em questão a pertinência, a necessidade, as ideias, os desejos de todo e qualquer cidadão, em querer melhores vias de acesso à Auto-Estrada, às cidades de Guimarães, Braga e Porto, à circulação caótica - de anos - do acesso da e para a cidade sede do concelho. Nem tão pouco o estrangulamento desde a rotunda do Euromilhões em Ponte, até à sua congénere (rotunda) de saída/entrada nas Taipas/Sande S. Martinho. Questiono apenas se será legítimo colocar questões que não estavam em cima da mesa para discussão.

Deixarei para próxima oportunidade o aflorar das questões levantadas e discutidas neste evento. Quero refirir apenas a forma como os trabalhos foram conduzidos pelo Presidente da CMG. Sem usar da prepotência ou do elevar a voz, Domingos Bragança, dando oportunidade ao povo afastado das lides do poder de exprimir a sua opinião, foi firme q.b. e permitiu que a reunião/sessão de esclarecimento, não atingisse outros objetivos que, me pareceu, alguns a queriam levar.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

17 março 2015

419 - Será desta????

Foto: GuimarãesDigital
Ontem li no Correio do Minho esta notícia onde nos dão conta das declarações/entrevista do Administrador da Região Hidrográfica do Norte, da Agência Portuguesa do Ambiente. Dela retive uma chamada de atenção sobre o Rio Ave, que transcrevo:

Na entrevista ao programa "Da Europa para o Mundo", Pimenta Machado deu conta do trabalho realizado no Rio Ave, que tem permitido "recuperar imenso do ponto de vista da qualidade da água".
Após episódios recentes de "poluição grave" na zona das Taipas, foi criado um plano de acção que envolve várias entidades locais, regionais e nacionais. "Estamos a trabalhar no terreno e a fazer um conjunto de inspecções. Estou confiante que a breve prazo todas as situações estejam identificadas e corrigidas", afirmou.

O Sistema Integrado de Despoluição do Ave que está em curso já permitiu "recuperar imenso" a qualidade da água. "O rio Pelhe que passa no Parque da Devesa em Vila Nova de Famalicão e a Ribeira de Couros e o rio Selho no Parque da Cidade de Guimarães são exemplos disso", destacou Pimenta Machado.

Esta notícia entendo-a no seguimento desta, que na altura já me deu grande satisfação.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

09 março 2015

418 - Comunicado

Foto: Para ex-candidatura.
Face aos recentes desenvolvimentos nacionais, sinto-me na obrigação de comunicar  às portuguesas e aos portugueses em geral, e de modo particular a todos aqueles que se comprometeram a subscrever a minha candidatura, que por ordem do senhor presidente da RP, não me candidatarei às próximas eleições presidenciais, como era meu desejo e de muitos que me manifestaram o seu pré-apoio.

É com profunda tristeza e grande frustração que o comunico, mas - ao contrário do que disseram os senhores Presidente da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa e o Comentador/Membro do Conselho de Estado - não tenho experiência de política externa.

E como já existem destacadíssimos políticos, que se apressaram a esclarecer que estão nas condições impostas pelo senhor Presidente da República para o substituir, tenho de me vergar às minhas incompetências.

Assim, as condições "sugeridas" pela Constituição da República Portuguesa, para se ser eleito Presidente da República, no seu artigo 122º  "São elegíveis os cidadãos eleitores, portugueses de origem, maiores de 25 anos", deixarão de ser suficientes, pois a "experiência na política externa", passa a ser imprescindível. Só espero que o TC, na sua habitual deselegância, não se pronuncie contra esta ordem.

E eu vou andando por aí e, já que me impediram a candidatura, vou assobiando . . . até que me partam o assobio.



07 março 2015

417 - Forças de bloqueio.

Vimos assistindo desde o início da semana - ou finais da anterior - a um ataque desenfreado, pela CS ao serviço das forças de bloqueio, contra o senhor presidente do Conselho, porque o cidadão Pedro Passos Coelho se esqueceu de pagar umas contribuiçõezitas para a Segurança Social. É ridículo que estejamos a incomodar o nosso primeiro Ministro com coisas de somenos importância, como dizia, e muito bem, na passada sexta feira nos Allgarves um dos seus ministros.

Ainda por cima estamos a falar de uma pessoa, idónea e responsável, mas que já nos deu provas de ser um pouco esquecido, devido - digo eu - aos seus afazeres bem importantes. A mesma CS não lhe perdoou e fez um escarcéu dos diabos, só porque o senhor se esqueceu em que data trabalhou seis anos, para uma determinada Empresa e não sabe como lhe foram abonadas as deslocações nem quanto.

Numa altura em que é preciso lutar com todas as forças para nos livrar do atoleiro em que o anterior governo nos deixou no final de 2014 e anda tudo perdido com minudências como alguém não pagar contribuições, ou impostos ou por "alegadamente", como agora de diz, ter pedido exclusividade e afinal trabalhar na mesma.

Poderíamos e deveríamos ser condescendentes, como o Comandante Supremo das FAP que reconhece que esta calúnia é politiquisse e cheiro a eleições.

Eu acredito no esquecimento por parte do nosso presidente do Conselho, pois ele efetivamente é muito distraído. Veja-se por exemplo o que prometeu em 2011 e que se esqueceu de cumprir. Por favor, vamos deixar de ser maldosos e darmos todos as mãos e depois encontramo-nos . . . no fundo do Atlântico.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.


25 fevereiro 2015

416 - Vergonha ou músculo.

Já estou habituado - e presumo que a generalidade dos portugueses esteja - com o nojo da "política" e dos "políticos", que vislumbram o argueiro no olho do vizinho e não reparam no fueiro que está à frente do seu. Infelizmente este cancro que se vislumbra a nível nacional, transmite-se  também para a politiquisse caseira ou a nível local. Caldas das Taipas não foge à regra, ou melhor dizendo, por vezes foge, suplantando uns furos acima a média nacional.

Se tivermos a paciência de assistir às AF, em algumas delas poderemos assistir a estes exemplos, que me causam consternação e tristeza. Quando transvasam para outros locais a coisa fica grave e então, quando chega à capital do Reino e naquela que se convencionou chamar de "Casa da Democracia", nem falemos. Uma representação da AF de Caldelas, foi recebida pelo Grupo de Trabalho de Educação Especial da Assembleia da República, no sentido de alertar aquela Comissão para a falta de professores de Ensino Especial no Agrupamento de Escolas das Caldas das Taipas. Interveio o representante da AF e os membros da Comissão e as pessoas entenderam-se. Uns defendendo o Agrupamento, outros prometendo questionar o Governo desta pretensão e outros, lembrando que as coisas estão difíceis, mas que iriam ver...

Teria terminado esta minha colocação que seria de congratulação pela promessa que o problema - leia-se, a falta de professores e o aumento de alunos de Ensino Especial - seria colocado ao Governo para esclarecimento/resolução. Assim seria, não fora uma intervenção não programada e a sua completa dessintonia com as intervenções anteriores. Houve quem, vá lá saber-se porquê, fizesse tábua rasa da aprovação da AF e pusesse em causa o profissionalismo dos professores e do Agrupamento. Mas enfim: cada um sabe as linhas com que se cose.

E eu vou andando por aí e. por simpatia, também vou assobiando.

12 fevereiro 2015

415 - Não peças a quem pediu, nem . . .

Foto: Google.
Desde pequeno que conheço o provérbio e ele adapta-se perfeitamente a esta situação. Fazendo jus à sua inabilidade política - sim, porque o senhor presidente da RP sempre que fala de políticos auto-exclui-se da classe - proferiu afirmações em relação à Grécia que são, no mínimo, infelizes.
Depois do presidente do Conselho se ter referido ao problema como um conto da Carochinha, não se lhe ficando atrás o PR disse perante as câmaras das diversas televisões, que já tinham saído da "bolsa dos contribuintes portugueses", muitos milhões de euros, numa onda de solidariedade.
Esta reprimenda não fica bem a qualquer pessoa e muitos menos, a um Presidente da República de um País terceiro.
E andava eu a pensar que os Alemães e os nórdicos eram arrogantes quando diziam que nos andavam a ajudar (leia-se dar esmolas).
Parece-me líquido, que as somas astronómicas que pagamos aos nossos credores, em juros, não serão bem um favor que eles nos fazem, mas antes a solidariedade a que os membros da União estão obrigados e com LUCROS muito proveitosos.
Lá pelo simples facto de, com o apertar do cinto e esmagamento da vida duma população, termos possibilidade de adiantar o pagamento de empréstimos - com o consequente abaixamento dos JUROS - tal não nos permite a arrogância manifestada, pelo país que quer - e vai conseguir - rever as metas e a austeridade que lhe querem impor.

Daí o provérbio: Não peças a quem pediu, nem sirvas a quem serviu.

E eu vou andando por aí e, por simpatia também vou assobiando.

09 fevereiro 2015

414 - O "de" e o "da". . .

Em tempos que já lá vão - sim, sim, como aquelas histórias da Carochinha que antigamente se liam nos livros e agora "só na net" - publiquei aqui qualquer cousa, relativamente às limitações de mandatos dos presidentes "de" ou "da" Câmara, tese que eu defendi, mas não colheu junto das instituições responsáveis pela sua avaliação.

Ontem voltei a lembrar-me do "de" e do "da" relativamente a outro assunto. Neste períodos conturbados "da saúde" em Portugal, quer dizer conturbados para uns porque para outros "apenas" só morreram mais umas centenas que em período homólogo, portanto cousa de somenos importância, fala-se nas demoras nas urgências hospitalares e na necessidade, ou não, de se alargar as horas de expediente dos Centros e/ou das Unidades de Saúde. Nestes e nestas - em muitos pelo menos - há o designado Médico "de" Família. Faz hoje dois anos que nos deixou um Médico "da" Família. Neste período conturbado em que "não se pode pagar a saúde a qualquer preço ou custe o que custar" e tendo conhecido de perto a sua atividade de Médico da Família e de homem interessado nas inovações - a par das suas velharias - já pensei o que diria e sentiria o senhor Doutor dos Banhos, com esta política miserabilista, com que tratam a saúde.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

28 janeiro 2015

413 - Primeiro Ministro . . .

Entre as nossas prioridades figura uma nova renegociação [da dívida pública] com os nossos parceiros para encontrarmos uma solução justa, viável e mutuamente benéfica, para que o nosso país saia do círculo vicioso de dívida e recessão".  A recusa em negociar poderá conduzir "a uma rutura desastrosa recíproca".

"Somos (…) governo (…), o nosso objetivo é restabelecer a segurança e a dignidade dos gregos", (...), mas "não para continuar a política de submissão" .
O Povo, livre e democraticamente, no seu pleno direito, escolheu este partido que indicou para Primeiro Ministro, um homem que quer defender os interesses dos seus concidadãos. Fará cedências, certamente. Não cumprirá o Programa sufragado, como muitos outros. Mas não se quer ajoelhar, quer discutir com os seus parceiros - e não os considera beneméritos - para encontrar uma solução "mutuamente benéfica".
Isto é estar em pé de igualdade, discutir com parceiros (mutuamente interessados) para que todos saiam, minimamente prejudicados, mas com cedências. E podemos ter a certeza, que os parceiros, farão cedências, porque serão "mutuamente benéficas".
E eu, vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.