07 julho 2016

450 - Tenham juízo na mona.

Foto: DNDigital
Com uma grande dose de irresponsabilidade - tão em voga neste País - vou esquecer momentaneamente que no dia 20 vou ter uma luta feroz com as Finanças Públicas e fazer um intervalo no marranço diário, programado entre as 09 e as 12 e as 14 e 17 (tudo horas), para tecer um comentário sobre o que "anda por aí".

Penso/medito muitas vezes naquela velha história do " (...) vieram e levaram meu vizinho que era (...) mas como eu não sou, não me importei, depois vieram e levaram (...) mas como eu não sou não me importei, depois (...) e depois (...) e depois (...) até que, quando me levaram a mim, já não havia ninguém para reclamar, para me defender". 

Depois das mudanças de Governo - e de política - neste País e especialmente dos seus atores, tenho muitas vezes pensado nisso. E quando me lembro da intervenção no Iraque, onde existiam provas irrefutáveis da existência de armas de destruição massiva e onde os States mais alguns aliados Europeus iriam impor - sim, sim, impor - a democracia, como se esta coisa fosse de impor. E quando vejo a deslocação em massa de refugiados da guerra para os lados desse Iraque "democratizado" pelos ocidentais. E quando vi a imposição de novas sanções, à Grécia, que "não foi um aluno bem comportado". E quando, e quando e quando.

Agora o que nunca pensei ver/ouvir e é o que tenho visto/ouvido, neste disparate diário dos "políticos" deste País preocupados, não com a possibilidade imoral e injusta de nos aplicarem sanções, mas antes se elas são porque foram cumpridas as regras impostas pelos sancionadores ou pelo previsão de possível mau comportamento dos atuais atores. Falta de sentido de Estado, falta de cultura política e falta de interesse pelo País que tentaram ou tentam governar. Que o barco vá ao fundo, não tem problema, só interessa é quem era/é o remador.

Já pensei em falar com o Renato Sanches, para ele dar uma palavrinha ao senhor ministro alemão das Finanças. Mais difícil será arranjar um interlocutor para o mercado interno.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.


04 julho 2016

449 - As defesas . . . e os ataques.

Parece que algumas pessoas se escandalizaram com a afirmação da senhora ex-Ministra das Finanças, por ter dito/escrito que se ela ainda fosse ministra, não haveriam sanções a Portugal pelo incumprimento do défice.
Pela minha parte acho que a senhora ex-ministra tem razão.

Li no DNDigital que o senhor primeiro ministro no exílio escreveu um artigo - que eu li apenas o título - onde afirma que o "governo não virou a página da austeridade, virou a da credibilidade".
Pela minha parte acho que o senhor primeiro-ministro no exílio tem razão.

Nesta brincadeira do aplica sanções, não aplica sanções, decide sanções, não decide sanções, prolonga prazo, não prolonga prazo - na minha modesta opinião - anda tudo a comer sono. O problema da aplicação de sanções por défice excessivo - como Portugal - e de "Supéravit" - como o da Alemanha - estão previstos serem sancionados com sanções. Nunca foi sancionada a Alemanha por excesso de rendimento nem a França por défice. E não seria Portugal - como muito bem diz a senhora ex-ministra das Finanças - se o partido dela fosse governo. E a decisão foi adiada por mais três semanas.

Se Portugal continuasse com um governo que agradasse aos burocratas de Bruxelas, as sanções não seriam aplicadas. Se Espanha já tivesse resolvido o assunto a favor do senhor Rajoy, as sanções não seriam aplicadas. Assim, vamos aguardar e ver como os nuestros hermanos se amanham e depois a CE decide se aplica ou não sanções.

Uma coisa é certa e não podem/devem os "políticos" esquecer: As sanções a serem aplicadas serão por défice excessivo em 2015, por isso, não inventem que é pelas políticas deste ano. Até porque parece que os resultados andam por aí. E não venham com histórias parolas de que o aumento do salário mínimo em 15 cêntimos por hora, é que vai desgraçar o País.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou adiando.

01 julho 2016

448 - As defesas do Patrício e do Quim Junior.

Ontem a meio/fim da tarde desloquei-me a Braga e entrei no Parque de Estacionamento da UMinho e contrariamente ao habitual nos últimos três anos, consegui estacionar frente à Escola de Economia e Gestão. Para esse facto contribuiu o fim das aulas e Portugal com a Polónia disputarem a permanência na Europa, contrariamente aos súbditos de Sua Majestade que votaram pelo abandono. Ah e até também contra a vontade do senhor Ministro das Finanças Alemão que, com as suas "intervenções", nos tenta obrigar a baixar a bola, às suas pretensões - mas isso são contas de outro rosário, mais do agrado do primeiro-ministro no exílio e da sua ministra da agricultura.

Esta deslocação seria uma não notícia atendendo a que, nos últimos três anos, tenho-o feito quase diariamente. No entanto ontem era um dia especial. (Não. Não me refiro ao tal Portugal-Polónia em que através de grandes penalidades e com uma defesa de Patrício, nos mantivemos na Europa). É que, mesmo em cima da hora do início desse jogo, o meu primogénito recebeu a notícia de que a sua Defesa iniciada às 18H30, tinha sido excelente e obtivera a nota de 18 (Dezoito) valores.

Obrigado caro Mestre pelo prazer que me deu, ouvir da boca dos Membros do Júri, palavras tão elogiosas ao teu trabalho sobre os legados da Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura no marketing das organizações culturais. E a minha satisfação está patente na foto que o Daniel fez o favor de nos tirar.