21 fevereiro 2011

203 - Prioridades.

No sábado passado li esta notícia no RFX Digital. Posteriormente li esta no mesmo local. Em ambas se faz referência a comunicados postos à disposição do Jornal Reflexo. Se a segunda notícia nos relata pormenorizadamente os vários episódios da querela partidária, entre dois opositores políticos, já na primeira, que diz respeito ao órgão executivo da freguesia, não publica o comunicado.

Não tenho a veleidade de dizer que as querelas partidárias não terão interesse, mas quando confrontadas com um comunicado da junta de freguesia, para justificar a falta a um acto para que foi convidada, possivelmente mereceria igual tratamento.

Até porque sendo esta questão comentada na internet, o comunicado na integra poderia dar a possibilidade aos eleitores - e aos simples curiosos - de perceber melhor a situação.

Faço este comentário mais de 48 (quarenta e oito) horas após ter feito um, não publicado, no local mais conveniente.


E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

18 fevereiro 2011

202 - Os votos e os cartões.


Muitos ou poucos - conforme o lado político que faz as afirmações – cidadãos eleitores foram impedidos de exercer o seu direito de voto nas eleições presidenciais. Muitos – independentemente do lado político que faz as afirmações – cidadãos eleitores não quiseram exercer o seu direito de voto nas eleições presidenciais. Sendo muitas vezes indicado como uma das maiores conquistas com a implantação da democracia, o voto não foi exercido porque as pessoas não puderam, não quiseram ou não tomaram as devidas precauções para o fazer.

Parece consensual que a esmagadora maioria não votou porque não quis. Quanto aos que apareceram nas respectivas secções e não o puderam fazer, será justo dividi-los em duas partes: Os que não puderam por erros da administração – não sei se técnicos ou outros – e os que, como digo no parágrafo anterior, não tomaram as devidas precauções para o fazer.

A quem tem seguido com algum interesse, a forma displicente como os eleitores mudando de residência não a actualizam como é seu dever, isto que aconteceu era perfeitamente previsível. Parece que estando recenseados na nossa freguesia de “coração”, mas com a residência noutro local, ao trocarmos o BI pelo CC a morada é actualizada e ficamos recenseados automaticamente na nova freguesia. Assim sendo, teríamos de ter a atenção de verificar tal facto.

Lá por casa há quem tenha tirado recentemente o CC e foi votar sem problema nenhum. Levou o CC e o cartão de eleitor.

Lamento muito por todos aqueles que, querendo, não lhes permitiram votar. Mas parece que o erro pode ser dividido entre as falhas da administração e o laxismo de muitos eleitores.
Foto: Google.

04 fevereiro 2011

201 – Ainda A Escola Secundária.

A ESCT foi inaugurada no passado sábado. Com muita gente, uns menos anónimos que outros mas, aparentemente, todos satisfeitos e interessados pelo empreendimento. Alunos, professores, funcionários, pais, gentes das Taipas e das freguesias vizinhas, pessoas ligadas ao ensino e autarcas. Em passo acelerado o Director mostrou as instalações aos visitantes. Finalmente uma sessão solene presidida pelo representante do Governo, que usou da palavra, juntamente com o presidente da Câmara e o Director da Escola.

Contrariando a crescente dicotomia Taipense, José Augusto Araújo, na sua intervenção citou os nomes de Cândido Capela Dias, Luís Cirilo, Miguel Laranjeiro, Emídio Guerreiro, Sónia Fertuzinhos, António Magalhães e Maria de Lurdes Rodrigues, por iniciativas que tornaram possível esta inauguração.

Já vai sendo tempo de passar de moda a política do bota abaixo e do só eu é que sei. É tempo das pessoas ditas responsáveis, se deixaram de criancices e adoptarem uma posição de responsabilidade e - embora não sendo necessário andar aos beijos e abraços – passarem a respeitar-se e aceitar as ideias dos outros.

Não nos quedemos na expressão proferida por Oliveira Salazar em 18 de Janeiro de 1965. O “orgulhosamente sós” é uma baboseira, principalmente nos dias de hoje. E embora não seja apologista da submissão pura e simples, nem absolutamente contra posições autónomas e independentes, nem tão pouco a favor do expediente ou do compadrio, também não vejo qualquer lucro, em estar sempre do outro lado da barricada.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.
Foto: REFLEXO DIGITAL