18 julho 2017

494 - O utilitarismo de Jeremy Bentham

Um destes dias decidi arquivar/arrumar/dispor, na prateleira para melhor consulta quando necessário, uns livros e apontamentos destes últimos anos, que me foram úteis/necessários. Deparei com um de Michael J. Sandel que, entre outras coisas é filósofo, onde, também entre outras coisas, aborda o Utilitarismo de Jeremy Bentham. - para quem, em Inglês, pouco mais sabe que yes/no, estou a abusar.

A (des)talhe de foice, vou abordar  duas atitudes de duas pessoas, pelo conhecimento pessoal e direto que tenho de uma delas e por leituras na net de outra.
Um cidadão eleitor, com responsabilidades autárquicas num determinado mandato, resolve no mandato seguinte mudar de clube, porque - segundo confidenciou ao jornal da terra - no que estava não lha daria hipóteses de subir de divisão. Por isso a mudança.
Um outro cidadão eleitor, com responsabilidades máximas  autárquicas num determinado mandato, resolve no mandato seguinte mudar de clube, porque - segundo confidenciou no lançamento da sua candidatura - mudando teria hipóteses de fazer mais pela sua terra e, eventualmente até terá dito, que queria "agradecer" a quem o ajudou a fazer obra no mandato a terminar.

Acreditando na bondade das duas personagens e lendo o plasmado na fotografia acima, segundo as ideias de Sandel e Bentham, quem estará a olhar melhor pela "felicidade da comunidade como um todo (...) sendo a comunidade composta pela soma dos indivíduos"?

Daí o meu espanto na preocupação pela mudança do segundo exemplo. Se ele acredita que a sua mudança de clube lhe permitirá "fazer aquilo que maximize a felicidade da comunidade como um todo", na minha modesta opinião, não está a cometer nenhum crime.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando. 

14 julho 2017

493 - Ontem fui ao carteiro, perdão, ao Cartório.

Na passada quarta feira, montei na Sachs Minor e fui ao Cartório Notarial requisitar umas cópias dos Estatutos de um dos Clubes cá da terra, onde exerço funções na mesa da Assembleia Geral. À saída, ao franquear a porta para entrar um Advogado com raízes cá na Vila, deparei com algumas pessoas que aguardavam pela sua hora de entrada. Olhei e reconheci toda a gente: eram os filhos do senhor João Teixeira (dos pentes) e da D. Zótinha do Carregal. O Jorge vejo amiudadas vezes, mas as irmãs, não. E foi com alegria que as revi - especialmente a Cristina e que as outras me desculpem - pois sempre foi, comigo, das mais simpáticas.

Saí e passei na Fidelidade onde meti conversa com o filho da Machadinho da Ribeiro e da Carminho Palhas, versando o tema das Vespas e quejandas e ainda outros assuntos que, mais pessoais e familiares, aqui não vêm ao caso. A conversa já tinha passado das vespas para as pranchas de Wind Surf, quando surge do lado do Notário mais um amigo, este vimaranense, colega do meu irmão Zé na Escola Industrial: O Toninho Mendes (ex-Videirinha da Cidade) que me perguntou se as Taipas estavam a invadir a cidade, pois andavam muitos Taipenses naquela zona.

É claro que o João Filipe teve de esperar que o Toninho e eu nos abraçássemos mais umas vezes e que ele me tivesse chamado uma vez mais "Zé Manel" e mandasse abraços para "o teu irmão Zé Manel e para a tua irmã" .

Palavra de honra. Fico feliz com pouca coisa. Ver os filhos do senhor Teixeira, do Machadinho da Ribeira e o Toninho da Videirinha, foi o suficiente para me alegrar o dia. Algumas vezes, dou comigo a pensar: Tantas merdisses, tantas chafurdisses, tantas..... e nunca pensamos, que as coisas simples, são as melhores.

Bem vou embora que se faz tarde e quero comer uma bifana e um caldo verde.

10 julho 2017

492 - Uma ajudinha a quem precisa.

Foto: sol.sapo.pt
Hoje levantei-me com o dia a que costumo designar de assim-assim. Quer dizer, nem estava bom nem mau, estava mais ou menos, dependendo, é claro, do avaliador, que neste caso sou eu. Parecia-me que não estaria bom para meter ombros a uma empreitada pendente, mas, ao mesmo tempo, até poderia dar. E deu. Transpirei um pouco mas deu. Coisas/ossos do (des)ofício.

Terminada a primeira parte da empreitada, porque ela será longa, vim para casa, peguei na bicla e fui ao Jotinha para trocar de capacete que pensava não ser o meu, comprei 5 pães na Centenária e regressei a casa. Tomei banho, (re)vesti-me e quando batiam as doze badaladas na torre (não de S. Denis, mas da Matriz) bem acompanhadas por uma musiquinha suave, ouvi a mota do carteiro.

Fui buscar o Reflexo à caixa de correio e dei comigo a pensar num assunto. Vou partilhar:
Na rua onde eu moro - que por sinal já foi 1 e agora tem o nome do Avô da minha mulher - e nas outras duas do loteamento o carteiro passa dia sim dia não. Ou seja: Umas semanas passa duas vezes e outras três. Isto para o correio normal pois para correspondência "azul" ou "registada", há exceção. E então o que é que eu pensei: Para facilitar a vida aos residentes e para não onerar os CTT's - que pelos vistos são tudo gente boa e zelosa do interesse público - podíamos combinar entre os moradores do loteamento, ir a Guimarães buscar a correspondência e depositá-la no Café do Tónio. Depois as pessoas saiam de casa - mesmo para aquelas de difícil locomoção até era bom para fazer exercício - e íamos ao Tónio, munidos do Cartão de Cidadão, levantar as cartas. Assim já tínhamos correspondência diária e era bom para o Tónio, pois enquanto escolhíamos a correspondência, podíamos gastar um cafézito.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.


03 julho 2017

491 - Quem tem medo de Ricardo Costa?

Saiu uma notícia, penso que no fim de semana, no JN sobre a questão de um chefe de Divisão da Câmara Municipal de Guimarães, que teria feito uma proposta na sua qualidade de colaborador da CMG, sobre um ato em que teria participado como interessado. A dita Divisão pertence ao Pelouro da Câmara de que é responsável o Vereador Ricardo Costa. Li na notícia que os partidos da Oposição questionaram a permanência de Ricardo Costa no executivo, ou sobre a confiança que o presidente de Câmara ainda teria no mesmo.

Hoje no Café do Tónio li a notícia que coloco aqui metade. É obrigação das oposições fiscalizarem os atos de quem governa (neste caso do executivo da CMG) e é compreensível pedirem as cabeças dos seus próprios opositores, apesar de saberem que a CMG e até o Pelouro de Ricardo Costa, são demasiado grandes para se pretender que o Vereador controle tudo, ou seja, papel a papel.


Mas o Ricardo Costa é um homem a abater. Tem um Pelouro e uma posição na Câmara que incomodam muita gente. Tem obra feita no executivo. Tem obra feita na Turitermas, no Centro de Dia e no Centro Social. Tem outras ocupações e tem muito trabalho feito que incomodam. Mete ombros ao trabalho e imprime um ritmo que incomoda. Ah! E tem outra coisa. Não é da cidade. É das Caldas das Taipas - que para muitos "é aldeia" - e tem origem numa família humilde e que teve de trabalhar para educar os filhos. E subiu a pulso. E isso incomoda.

Mas, claro que Ricardo Costa não é um Deus, tem os seus defeitos. E um deles foi, no passado, quando o acusaram de intervir no que não interveio (caso swaps/BPI), desistir da queixa, depois do caluniador ter confessado "não ter tido intenção de caluniar e ofender o bom nome e consideração" de Ricardo Costa. Se o Ricardo fosse com o processo p'ra frente, talvez as pessoas tivessem mais cuidado.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.