26 novembro 2014

408 - Ainda a pimenta e o Cartão Único.

Foto: Público Digital
Não tenho rigorosamente nada a ver com o senhor ex-primeiro ministro José Sócrates. Nunca votei nele para qualquer cargo político e não posso exercer as competências previstas na Parte III, Título II da CRP, nomeadamente da alínea f), do artigo 133º para, nos termos do numero 1, do artigo 187º, ouvir os partidos representados na Assembleia da República para esse efeito. Assim sendo, peçam responsabilidades aqueles que têm capacidade para tal - e que o fizeram.

Mas há coisas que a nossa Comunicação Social põe cá fora que não podem nem devem ser esquecidas. E aqui voltamos ao badalado provérbio popular da "pimenta no coiso dos outros ser refresco", nomeadamente para a nossa classe "política".

E se não vejamos: Hoje o Público Digital, associa o citado ex-primeiro a um contrato que salvou a GL. Pretende-se conotar negativamente este caso com os motivos da prisão de JS.  Por outro lado, dá-se ênfase positivo ao desbloqueio de 50 milhões, por acaso no mesmo País do anterior, à missão do México que rende contratos superiores a 2.9 MM e ainda aos 7 milhões para os Açores
Pergunto: Onde está a diferença?
Respondo: A diferença está na pimenta ou então no Cartão Único.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou espirrando.


25 novembro 2014

407 - Ainda o 50

Foto: Matos, o verdadeiro.
Quando escrevi a colocação 405 - O 50 e os irmãos, queria colocar uma fotografia dum aniversário dos Bombeiros, onde ele aparecia na "Equipa da Lameira" - designação do 29. Como quase sempre acontece, quando queremos alguma coisa ela não aparece e depois surge do nada. Foi isso que me aconteceu.

Assim aqui coloco a tal equipa, onde o Serafim aparece, como ponta de lança.


13 novembro 2014

406 .- Realmente é uma pipa de massa . . .

Este califado onde vivemos se não desse para chorar com o que "vemos ouvimos e lemos" era um fartote de risota. Os senhores que andam na política para servir os outros só dizem asneiras, eu repito, asneiras e fazem do povinho uma cambada de parvos e mal agradecidos. É de meter dó as parvoíces que os senhores do quero, posso e mando, nos tentam impingir todos os dias. Hoje vou apenas dedicar-me a algo que esses senhores andam a vociferar e que os mandantes da Comunidade Económica Europeia, dizem que é incomportável e que é uma medida transitória. Sim, vou falar do SMN (Salário Mínimo Nacional).

Do tempo em que me debatia diariamente com assuntos de legislação laboral, guardo em casa alguns livros da matéria. Neles era explicada a forma como se determinava o salário/ordenado hora. Dizia que a RH era = RMG x 12 / 52 x n. Ou seja, a Remuneração Horária achava-se multiplicando a Remuneração Mensal Garantida por 12 meses que constituíam o ano e dividia-se pelas 52 semanas já multiplicadas por n [carga horária semanal (que naquele tempo variava, no privado, entre as 40 e as 45 horas)].

Vamos agora ao problema dos donos da Economia Europeia. O aumento do SMN de 485 para 505€ que se cifram nos 20 € mensais vão custar às empresas mais 20€ por mês; 0,92€ (noventa e dois cêntimos) por dia; 0,115€ (onze cêntimos e meio) por hora. Se, repito SE, as contribuições patronais para a SS (ou ISS se quiserem) forem de 23,75% e os seguros de AT de 1 ou 2%, os senhores da economia e do quero posso e mando tem mesmo razões para se queixar. É mesmo uma PIPA de massa, como dizia o senhor ex-presidente da tal Comunidade Económica. Então se comparado com as "despesas de deslocação" da Tecnoforma; ou com o prejuízo da implementação do Citius; ou com a descolocação de professores; ou com; ou com; ou com.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

11 novembro 2014

405 - O 50 e os irmãos.

18 44 50.
Para quem olhar/ler são apenas três números. Nada de especial. Para mim são efetivamente três números, mas com significado. São irmãos. O primeiro (18) faleceu passados poucos meses de eu ter entrado para os Bombeiros e assisti à passagem do seu funeral, perfilado junto ao quartel no Largo António Gonçalves, enquanto a sirene chorava a sua partida; o segundo deixou-nos pouco tempo depois da minha graduação em Adjunto de Comando e comandei a Formatura que o levou à sua última morada. Finalmente o 50 que ontem foi a sepultar. Três irmãos que serviram a comunidade numa das Associações mais importantes e mais prestigiadas da Vila. Que, como muitas outras, teve os seus momentos maus. Alguns deles, maus de mais para ser verdade. 

Mas os homens passam e as instituições ficam. Para aqueles que querem ter memória, não apenas seletiva mas MEMÓRIA, muitos dos homens que passaram naquela instituição e que dela saíram pelos tais momentos maus "de mais" , também serão lembrados da injustiça e vergonha que lhes infligiram.

Felizmente que o corpo do 50 foi velado no Salão Nobre, área associativa. Fosse-o na Operacional e não me poderia ter despedido dele como o fiz.