22 janeiro 2024

561 - "Isto" a que alguns chamam de política

Não venho aqui desde julho. Mas hoje estou arreliado q.b. para vir e, eventualmente, com cenas em próximos capítulos. Esta coisa das Eleições Legislativas antecipadas está a mexer comigo. Mas, antes de manifestar o porquê da arrelia, gostava de dizer.

Após a saída do meu amigo Carlos Remísio de Castro, fui convidado, pelos quatro candidatos que se lhe seguiram, a fazer parte das listas do Partido Socialista (PS) à Assembleia de Freguesia (AF) de Caldelas - Caldas das Taipas. Por questões familiares, leia-se, por imposição da minha mulher, não pude aceder ao convite dos três primeiros, sendo certo que, já não existindo oposição, fiz parte das duas listas encabeçadas pelo Luís Soares, sendo, na primeira, vogal da Junta de Freguesia, com competências delegadas, e na segunda, eleito entre os pares, para Presidente da AF.

Não sou militante do PS, mas simpatizo com as suas ideias. Votei nos quatro candidatos, não só pelas ideias (deles e do partido) mas porque acreditava que, naquele momento, seriam uma mais valia para as Taipas. Assim os eleitores o não entenderam, exceto quando o Deputado Luís Soares teve a ousadia de correr um grande risco, que valeu a pena.

Terminado este prólogo vamos ao que está em questão: Porque há eleições legislativas antecipadas? Porque se têm de constituir listas para ser votadas? Porque "todos querem ir"? Porque nem todos vão? Estas são as questões que se colocam a muitos, mas que estão devidamente regulamentadas. Podemos ter, cada um de nós, a sua opinião e interpretação, mas estão escritas.

Agora o que não está escrito é o "quem é quem", ou o "quem dever ser o quê" nas tais listas candidatas nos círculos eleitorais. As comissões políticas (CP) concelhias (C) indicam um nome; as CP Distritais (D), reservando os lugares indicados pelo Secretariado ou Secretário Geral (SG) e estes ratificam ou retificam as listas finais.

Agora, quando alguns querem tudo, querem abocanhar o que o povo designa - quanto a mim mal - de tacho, é que aparecem os problemas. E é nesta altura que eu, simples simpatizante de base, pergunto e questiono. Então, uma CP com algumas dezenas de pessoas (CPC e CPD) escolhem e votam quem deve ir pra Lisboa e descuidam aquelas e aqueles que, no dia a dia, aguentam as questões dos cidadãos - muitas pertinentes e outras não - sem meios para as satisfazer e depois, na hora do "bem bom" ou "do melhor" os membros das Juntas e das Assembleias de Freguesia, que dão o coiro e o cabelo para defenderem as "suas damas", não são ouvidos nem achados?

E aqueles com um bom desempenho num lugar "em Lisboa" e que, mesmo assim, se sujeitam ao combate nas freguesias, ganhando-as depois de 12 anos a ver navios e voltando a ganhar no mandato seguinte, são riscados do mapa? E depois vêm falar-me em currículos e competências de outros, que nada ou pouco ganharam?

Sim, sim, porque nomeações não são eleições.

E eu vou andando por aí e, enquanto não encher o copo, vou defendendo, no terreno, muitas coisas que ... não têm defesa.

Um abraço do tamanho do mundo ao meu Amigo e Presidente Luís Soares.