29 agosto 2017

499 - Finalmente decidi (pude decidir) V.

Foto: QuimVilas (09/10/2005)
Os eleitores são soberanos. As suas escolhas são livres. NINGUÉM é detentor da verdade absoluta. Também eu sou eleitor. Eu escolhi nestes últimos anos quem eu achava que podia ser uma mais valia para as Caldas das Taipas. Este ano vou fazer o mesmo. E ninguém me pode levar a mal que eu tenha uma escolha que não seja a sua. E ninguém me pode levar a mal que eu integre uma lista que não seja da sua simpatia. Eu tenho a consciência tranquila, pois o meu voto vai para quem pode fazer mais e melhor pela terra onde nasci.

Tenho alguma dificuldade em ler nas redes sociais as “conversas” que vamos assistindo sem me sentir triste e magoado. Nada de construtivo. Nada de querer o melhor para as Taipas. Apenas “conversa” de pessoas que, com direito a manifestar a sua opinião, a maioria das vezes a omitem e apenas atacam aqueles que não são/serão os seus eleitos. Não mostrando os trunfos dos seus escolhidos, mas antes tentando denegrir “o adversário”, com insinuações fáceis e gratuitas. Atacando, achincalhando, ofendendo aqueles que, num direito de cidadania, fazem parte de uma lista concorrente às eleições para a Assembleia de Freguesia. Alguns novos na freguesia – e em idade – outros que, ocultando-se num perfil menos identificado – falso ou não – é difícil saber se andam por cá, se são de cá, se vivem cá. Porém tal não os coíbe de dizer/escrever o que pensam. E muito bem. Estão no direito de escreverem o que pensam, mas não tem o direito de atacar com frases e impropérios, próprios do terceiro mundo. Sim, porque frases a raiar o insulto não são próprias de pessoas civilizadas.

O apontar o dedo a tudo que os outros fazem, como estando sempre mal, é próprio de quem tem dor de cotovelo ou não tem nada de útil, positivo e construtivo para apresentar/fazer. Confundir a atividade de uma cooperativa com a de uma junta de freguesia; confundir os dinheiros canalizados para uma cooperativa como sendo possível transferir para uma junta de freguesia; apontar o dedo a uma cooperativa, como se a mesma fosse obrigada a fazer o que NÃO faz uma junta de freguesia - é próprio de quem não sabe como as coisas funcionam ou, pior ainda, quer confundir os menos acautelados.

Estou confiante na vitória expressiva da lista liderada pelo Luís Soares. Estou confiante que uma maioria qualificada de eleitores Taipenses estão com a lista de Luis Soares. Estou certo que, conjugados os dois fatores enunciados anteriormente, as Caldas das Taipas darão o passo qualitativo nos próximos quatro anos. Pela minha parte, estou disponível para colaborar no sentido das Caldas das Taipas ter aquilo que merece.

Continua .../.. e conclui na próxima semana.

23 agosto 2017

498 - Finalmente decidi (pude decidir) IV.

Foto: QuimVilas (09/10/2005)
Quanto à disponibilidade. Quanto à presença. Dois temas que têm inundado as redes sociais e que são tão queridos de algumas pessoas. Quem pode estar disponível 24 horas por dia? Na minha modesta opinião, nem os reformados. Ninguém está disponível 24 horas por dia. Ninguém tem capacidade para trabalhar 24 horas todos os dias. Ninguém está presente, em lado nenhum, 24 horas por dia. Trabalhei em meia dúzia de Empresas, em algumas delas com funções de responsabilidade. Tenho bem presente quando as encomendas tinham de ser entregues numa data específica, sob pena de serem recusadas, do enorme esforço que era pedido às pessoas para trabalharem quase, repito, quase 24 horas seguidas. Nas horas que passavam as 9 diárias habituais, o rendimento começava a decrescer, o discernimento era cada vez mais difícil, os erros eram mais frequentes. E então, finalizadas as “quase 24 horas”, o tempo de repouso não era suficiente e nas horas em que se voltava a trabalhar, mesmo que fossem apenas as 9 habituais, pouco tempo passado os erros iam aparecendo. E quem não conhece as horas seguidas de reuniões, para cansar os presentes e, assim, os mesmos não discernirem convenientemente e os assuntos são encerrados para o lado daquele(s) que adotaram o “trabalho contínuo”. Talvez este “trabalho de 24 horas” e esta “sempre presença” explique a falta de discernimento para algumas atitudes dos mandatos anteriores, que redundaram em atos lesivos do interesse da freguesia.

Eu não preciso de um presidente “sempre presente”. As Caldas das Taipas não precisam de um presidente “sempre presente”. Precisamos de alguém que esteja presente, quando for preciso. Um presidente de consensos, dialogante, que saiba negociar, que saiba onde se dirigir e com quem falar, que resolva os problemas da freguesia e das pessoas. Um presidente que seja líder de uma equipa forte, motivada, coesa e ciente das suas responsabilidades, porque num órgão colegial todos são responsáveis e as decisões são tomadas por maioria.

Pelo seu passado - que alguns se recusam a conhecer - pela sua condição política atual, pelos seus conhecimentos e amizades, o Luís Soares é a pessoa indicada para liderar uma equipa que pode fazer muito pelas Caldas das Taipas. E há imensos assuntos que não são resolvidos na freguesia, dentro das quatro paredes da sede da junta ou nas mesas de café, mas nos centros de poder. Na Câmara quando os assuntos forem da Câmara, ou noutros locais, quando eles forem mais abrangentes. E para isso podemos contar com as iniciativas de Luís Soares para, no momento e no local certos, resolverem os problemas que nos afligem.

Continua .../..

16 agosto 2017

497 - Finalmente decidi (pude decidir) III.

Foto: QuimVilas (09/10/2005)
Não é meu propósito criticar quem tenta puxar a brasa para “a sua freguesia”, no entanto é preciso ver a forma como se puxa, pois não se pode/deve utilizar uma “política de carroceiro” (sem desprimor para a profissão já em desuso). Essa “política” não leva a lado nenhum, ou antes, leva à animosidade e ao “pé atrás” de quem é ofendido e apontado como o causador de todos os malefícios. É a “política” do bota abaixo, da rasteira, da acusação fácil, das costas largas para os outros. Tudo o que de mal acontece ou quando nada acontece, a culpa é sempre do outro. E não me venham apregoar que não são submissos, porque estaremos a falar de coisas diferentes: submissão não é o mesmo que diálogo, respeito mútuo, cortesia e até educação.

Um autarca, ou para melhor dizer um órgão executivo, não pode olhar apenas para o seu umbigo e pretender apenas a satisfação do seu ego. Um autarca tem de ter a freguesia e os seus habitantes como o centro das atenções e tudo fazer para que aquela e estes tenham uma vida digna e usufruam daquilo a que têm direito. Repito: a que têm direito. Porque as pessoas têm direitos, é um facto. Uns que devem ser satisfeitos pela Administração do Estado, outros pela Administração Autónoma do Estado e outros pela Administração Independente do Estado. No segundo caso inclui-se os municípios e as freguesias.

Os eleitos para as assembleias de freguesia e que, com o primeiro da lista mais votada, formarão o Órgão Junta de Freguesia têm competências e obrigações. As competências vertidas no Regulamento Jurídico das Autarquias Locais, entre outras, especificam que as juntas de freguesia devem “apoiar atividades de natureza social (…) promover a conservação de abrigos de passageiros (…) promover a limpeza de balneários (…) conservar e reparar a sinalização vertical (…) proceder à manutenção e conservação de caminhos, arruamentos e pavimentos pedonais”. Por último diz ainda que compete à JF “Dar cumprimento ao Estatuto do Direito de Oposição”.

É isso que tem sido feito? É essa a preocupação daqueles que têm estado na Junta de Freguesia nos últimos tempos? Será que a resposta é por demais evidente? E o tratamento que este órgão dá ao órgão fiscalizador? A Assembleia de Freguesia é tratada como deve ou antes pelo contrário, é um enorme frete ter de nelas participar e prestar os esclarecimentos previstos na Lei? A política do quero, posso e mando, com o despontar da democracia e com a sua consolidação, não pode existir. E não me tentem comover com slogans arrancados das mais bonitas histórias e contos de fadas, tipo disponibilidade permanente e devoção “à causa” 24 horas por dia.

Continua .../...

10 agosto 2017

496 - Finalmente decidi (pude decidir) II.

Foto: JoséMaiaFreitas.
Não é de agora, nem de há meia dúzia de meses, que venho passando ao papel, o que é para mim as Caldas das Taipas. Sei que há imensa gente – eventualmente todos os que cá nasceram mais aqueles que a escolheram para viver – que gostam das Taipas tanto quanto eu. Ou até mais, pelo menos na ideia deles. Mas tenho o direito – e porque não, o dever – de gostar dela à minha maneira. E posso e devo dizer/escrever/provar que as pessoas que têm governado a freguesia nestes últimos doze anos não estão a fazer o que é melhor para as Caldas das Taipas e para os seus habitantes. Estão a fazer uma política – que não duvido pensam ser a melhor – que nos tem trazido anos a fio a penar e a ver outras localidades ocupar, ou pelo menos tentar, o estatuto que nos estava destinado há muitos anos. Desde tempos imemoráveis que nos revoltamos porque nos consideramos marginalizados pela cidade, nomeadamente em detrimento da ex-vila mais importante do concelho: Caldas de Vizela. O seu poder económico, o seu tecido empresarial, o seu bairrismo, os “seus”, sempre lhes permitiram sentar, ou darem bem, com a cadeira do poder concelhio. Os industriais de Vizela, nomeadamente a Família Sousa Oliveira e o seu Comendador – que já no meu tempo de Escola Comercial dava prémios aos melhores alunos - com o poder económico que as suas empresas lhe granjeavam, com as suas ligações ao poder central, sempre alcandoraram Vizela a um patamar que as Taipas também queria, mas não conseguia acompanhar.

Vizela tinha poder económico e político. Lembro-me que quando fazíamos a Festa do Aniversário dos Bombeiros, íamos a Vizela pedir os capacetes de Gala emprestados, porque nós não tínhamos capacetes suficientes. O Comandante Mendonça Pinto, dos B.V.Vizela, era vereador da Câmara de Guimarães. Sempre Vizela se impôs e se colocou num patamar acima do nosso. Até as suas Termas (autoproclamadas de Rainha das Termas de Portugal) tentavam ser superiores às nossas. Na única coisa que levávamos avante sobre Vizela é que eles não tinham Governador e nós tínhamos.

Numa das suas muitas intervenções, algumas polémicas, o presidente da Junta Carlos Remísio Dias de Castro chegou a comentar que se Vizela fosse concelho tanto melhor para as Taipas, que assim seriam a Vila mais importante do concelho. O que é facto é que, por razões que não posso justificar, Guimarães tem neste momento mais de meia dúzia de Vilas e a importância que deveria ser das Taipas, por longevidade naquela situação, pelo menos não é notada e, em alguns casos, o desenvolvimento das outras, que a ele também têm direito, é mais significativo. Este maior desenvolvimento pode ser/será justificado em alguns casos por carências significativas e noutros porque estavam/estão em patamares abaixo em relação às Taipas e pela necessidade de bens elementares que nós já teríamos.
 Continua .../...

03 agosto 2017

495 - Finalmente decidi (pude decidir) I.

Foto: PSTaipas.
Como os meus amigos já devem ter conhecimento, vou fazer parte da lista do Partido Socialista que concorre às próximas eleições para a Assembleia de Freguesia de Caldelas e que terá como candidato à Junta de Freguesia o deputado Luís Soares.
Vou fazer parte da Lista porque as condicionantes que me impediram de o fazer nas três eleições anteriores, deixaram de o ser. Tal facto - fazer parte da lista - não será impeditivo de continuar a ser quem sou e manter as amizades que tenho, sejam elas de simpatizantes deste lado, dos outros lados ou sem qualquer simpatia/tendência partidária.

Quando o Dr. Luís Soares, em abril, me abordou para colaborar nos fóruns onde se discutiria, com mais de uma centena de pessoas das diversas áreas e atividades, o que seria o Programa da sua Candidatura, imediatamente dei o meu assentimento e colaborei nos dois dias de trabalho. Nos dias/semanas subsequentes, o Programa foi tomando forma e, nos diversos contactos que fomos mantendo, mercê da compilação desse mesmo programa, nunca foi abordada a possibilidade de eu fazer parte da Lista.

Até que um dia, depois de ter falado comigo sobre algumas pessoas que queria que fizessem parte do seu grupo de trabalho, o Luís convidou-me a integrar a equipa que apresentaria aos Eleitores Taipenses. Disse-lhe que não estava nos meus propósitos intervir na vida autárquica, mas o Luís foi-me dizendo que “reclamamos que as coisas não correm bem mas, quando somos chamados a intervir, quedamo-nos na comodidade e não nos empenhamos na mudança”. Depois de mais algumas conversas, disse-lhe que iria falar com a minha mulher, os meus filhos e os três candidatos anteriores (que tiveram a amabilidade de me fazer um convite igual) e que depois lhe daria a minha resposta. A minha mulher (desta vez) não se opôs, os meus filhos apoiaram e os candidatos anteriores deram força, pelo que me coloquei à disposição do Luís para integrar a sua Lista, de preferência depois dos dez primeiros. Fui informado que as pessoas eram convidadas a integrar a lista, mas que o posicionamento seria da escolha do primeiro candidato.

Assim surjo na segunda posição que significa apenas isso, ir em segundo lugar, e nada mais. Confesso que não estava nas minhas prioridades me "meter nestas coisas", mas é um facto que tenho sido, desde sempre, um contestatário às coisas más que se fazem na freguesia e denunciador das oportunidades perdidas, pelo que... Mas, neste comentário, não Vos venho falar de mim, nem da minha atividade na vila, nem nos diversos trabalhos que exerci na sociedade civil antes de passar "à situação de reforma". Não. Venho apenas justificar aos meus amigos porque decidi integrar esta Lista candidata às próximas eleições.

E eu vou andando por aí e nos próximos dias continuarei este raciocínio e, por simpatia, também vou assobiando.
Continua .../...