29 março 2011

207 - Que representantes do Povo . . .

Tristemente, verifico que o que escrevi e coloquei no passado dia 18 já está desactualizado, pois peca por defeito. Se na véspera do dia do Padroeiro da Póvoa sem mar, estava desiludido com a actuação dos nossos eleitos, agora estou aterrado. Nunca tão poucos, fizeram tanto mal ao País. Não tenho competências para dissertar sobre a opção de chumbo ao PEC IV, porque nem sequer o conheço, mas pelas coisas que se passaram antes e a seguir ao seu chumbo.


De certeza que os “representantes do povo” fizeram o seu melhor, pois analisaram muitíssimo bem as suas opções. Curiosamente, as opções do maior partido da oposição, partiram de alguém que não foi eleito pelo povo. Como é possível a alguém, que não tendo sido sufragado pelo povo, possa pôr e dispor do futuro desse mesmo povo? Curiosidades da nossa democracia.


De muitas atoardas cometidas elejo uma: O acabar pura e simplesmente com a avaliação a uma classe profissional, sem um modelo alternativo. Queimaram-se tantas pestanas, tantas horas, dias e semanas de conflito, para numa penada acabar com tudo? Porque não acabaram antes?


E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

18 março 2011

206 - Que povo ! ! !

Lendo e ouvindo alguma coisita, não precisa de ser muito, do que circula pelos órgãos de comunicação social - e incluo neles todas as formas de comunicação - ficamos com a sensação que não estamos a ler e a ouvir bem. Pessoas - e até instituições por meio dos seus legítimos representantes – dizem e escrevem coisas que não lembra nem ao mais pintado. Optimismo e pessimismo, levados ao extremo, são o pão nosso de cada dia.

O partido de suporte ao Governo, o Governo e restantes partidos da oposição, as diversas assembleias sufragadas e legitimadas pelo povo e outros órgãos executivos, a quem se chama poder politico, aos quais se juntam os representantes do poder judicial, sindical e patronal, todos os dias nos brindam com afirmações e contra-afirmações, a que apelido de brincadeiras de mau gosto, baralhando-nos e levando a que, cada vez menos, neles acreditemos.

Estará o País à beira do abismo, a necessitar de medidas de austeridade, de PEC’s, de cortes em salários, reformas e apoios sociais? Ou pelo contrário não precisamos de nada disto? Francamente não sei e os disparates diários proferidos dum lado e doutro, em nada me ajudam a entender e muitos menos – e isso é que é grave - a resolver os problemas do País.

E depois estas atitudes generalizam-se e todos se acham no direito de asneirar, como um dos vice-presidentes de uma associação da qual faço parte desde 1977, vir para a imprensa indicar o desejado nos “quartos” que, junto com outro dos lados da Sé, nunca deveria ser indicado.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

03 março 2011

205 - Nobre povo ?

A Sara mais antiga dos Vilas, mandou-me um correio que não resisto a publicitar. Por questões de espaço vou encurtar o mesmo, sinalizando esses cortes (...).

(…) No palácio das Necessidades (…) um jovem diplomata, em diálogo com um colega mais velho, revelava o seu inconformismo. A situação económica do país (…), os índices (…) de crescimento e bem-estar, (…) revelavam uma distância (…) face aos nossos parceiros. (…)Tudo parecia indicar que uma qualquer "sina" nos condenava (…) e, contudo, olhando para o nosso passado, Portugal "partira" bem:
- Francamente, senhor embaixador, devo confessar que não percebo o que correu mal na nossa história. Como é possível que nós, um povo que descende das gerações de portugueses que "deram novos mundos ao mundo", que criaram o Brasil, que viajaram pela África e pela Índia, que foram até ao Japão e a lugares bem mais longínquos, que deixaram uma língua e traços de cultura que ainda hoje sobrevivem e são lembrados com admiração, como é possível que hoje sejamos o mais pobre país da Europa ocidental ?

O embaixador sorriu, benévolo e sábio, ao responder ao seu jovem colaborador:

- Meu caro, você está muito enganado. Nós não descendemos dessa gente aventureira, que teve a audácia e a coragem de partir pelo mundo, nas caravelas, que fez uma obra notável, de rasgo e ambição.

- Não descendemos? - reagiu, perplexo, o jovem diplomata - Então de quem descendemos nós?

- Nós descendemos dos que ficaram por aqui . . .

02 março 2011

204 - Os comunicados.

Como habitante das Caldas das Taipas e tão interessado como os demais sobre os assuntos da vila/freguesia, tento acompanhar presencialmente ou lendo notícias várias e em vários locais, assuntos que a esta dizem respeito. Por isso quando sou informado de algum acontecimento na vila - e desde que a presença não me seja incómoda - compareço, e acompanho nas leituras de jornais e na blogosfera, interessadamente, tudo o que a ela diz respeito.

Foi assim que li no RFX Digital as notícias a que aludi na minha colocação 203 - Prioridades e que, da mesma forma, tive conhecimento de duas hoje colocadas no RFX Digital. Uma dando conta que o Barco Rock Fest integra programação da CEC 2012 e outra dizendo que, em comunicado, a junta de freguesia denuncia injustiça à Industria da Cutelaria. Da primeira escreve-se que num encontro com os órgãos de comunicação social, a Fundação Cidade de Guimarães deu a conhecer esta iniciativa entre outras. Já quanto à denúncia da injustiça às cutelarias, escreve-se que "A Junta de Freguesia de Caldelas deu conta, através de um documento distribuído à imprensa (...)".

Na colocação anterior manifestei o meu desagrado quanto à impossibilidade de ler um comunicado na integra, desta entidade. Agora volto a fazê-lo. Parece-me que os eleitores e os simples curiosos, teriam todo o interesse em o ler. Se não tenho o direito de interferir nos critérios jornalísticos do RFX, já não direi o mesmo relativamente ao emissor do comunicado. Tendo a freguesia um sítio na internet, porque não coloca lá estes comunicados que reputa de importantes?
Sim porque o problema de expiração em 27 de Fevereiro pode ser resolvido rapidamente.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.