03 março 2011

205 - Nobre povo ?

A Sara mais antiga dos Vilas, mandou-me um correio que não resisto a publicitar. Por questões de espaço vou encurtar o mesmo, sinalizando esses cortes (...).

(…) No palácio das Necessidades (…) um jovem diplomata, em diálogo com um colega mais velho, revelava o seu inconformismo. A situação económica do país (…), os índices (…) de crescimento e bem-estar, (…) revelavam uma distância (…) face aos nossos parceiros. (…)Tudo parecia indicar que uma qualquer "sina" nos condenava (…) e, contudo, olhando para o nosso passado, Portugal "partira" bem:
- Francamente, senhor embaixador, devo confessar que não percebo o que correu mal na nossa história. Como é possível que nós, um povo que descende das gerações de portugueses que "deram novos mundos ao mundo", que criaram o Brasil, que viajaram pela África e pela Índia, que foram até ao Japão e a lugares bem mais longínquos, que deixaram uma língua e traços de cultura que ainda hoje sobrevivem e são lembrados com admiração, como é possível que hoje sejamos o mais pobre país da Europa ocidental ?

O embaixador sorriu, benévolo e sábio, ao responder ao seu jovem colaborador:

- Meu caro, você está muito enganado. Nós não descendemos dessa gente aventureira, que teve a audácia e a coragem de partir pelo mundo, nas caravelas, que fez uma obra notável, de rasgo e ambição.

- Não descendemos? - reagiu, perplexo, o jovem diplomata - Então de quem descendemos nós?

- Nós descendemos dos que ficaram por aqui . . .

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