17 outubro 2013

363 - Arrumar o lixo.

Foto: Google.
Infelizmente para mim até à idade dos 18 anos nunca tinha passado o mês ou os quinze dias "na Póvoa". Sim, era assim que nesse tempo se chamava às férias na praia para aqueles que as podiam ter. A partir dessa data também comecei a "ir para a Póvoa", no meu caso pessoal para Vila do Conde tendo apanhado o tempo de ir na camioneta do senhor Joaquim da Silva, da Padaria Misturas, e depois na Ford Transit do primo Zé Francisco, onde se carregavam trouxas e mais trouxas pois tinha de se levar de tudo.

À ida, o carregamento não custava nada pois a alegria das férias em perspetiva tudo aligeirava. Ao contrário, quando se aproximava o dia do regresso, esses últimos dias eram penosos e ao carregar a camioneta parecia que as coisas pesavam chumbo e não cabia tudo. A hora de arrumar a tenda era do pior. Sempre que as minha irmãs faziam soar a campainha do regresso era um arrastar penoso e o retardar o mais possível "o regresso ao lar".

Ainda hoje em muitas coisas e nas mais diversas atividades assim continua a ser. A hora de deixar o bom -  bom é uma angústia, pois há imensas coisas para arrumar e não se pode deixar nenhum lixo para trás.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.


1 comentário:

Anónimo disse...

O que impressiona é a forma como, mais uma vez, o Reflexo se sujeita ao papel de ponta de lança na ajuda ao PSD-Taipas na limpeza do lixo!