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Aprendemos a constituição de sociedades: Fulano e Cª; F. e Cª, Lda; F. SARL e uma, muito engraçada e que era: "Em comandita". Nos exercícios práticos aprendíamos alguma coisa. Um exemplo:
António, (que não eu) queria montar um café, mas o dinheiro não chegava. O Joaquim (não eu) tinha um dinheirito de lado e queria rentabilizá-lo. Em conversa o "A" disse ao "J" da sua dificuldade, este ofereceu-se para entrar na Sociedade e o "A" queria ser gerente e ter plenos poderes na gestão, apesar capital ser 50-50. Assim se fez.
Passados dois anos, a coisa estava preta, a empresa sem papel e o "A" disse ao sócio que era preciso cacau fresco e que não tinha crédito na Banca. O "J" não tinha disponibilidades e como a gerência/responsabilidade era do "A", aquele não podia arriscar. Soluções? Contrair empréstimo na Banca, que pedia avalista e só podia ser o "J" a atravessar-se no empréstimo. Este, como tinha mulher e filhos para criar, aceitava, na condição de alterar o pacto: a Gerência passaria a ser conjunta, de forma ao "J" ajudar a colmatar os erros da gestão do "A" que, tudo indicava, iria continuar um desastre.
Depois desta história a pergunta que se impõe: Então meus senhores, não acham bem que o "J" se precavenha, para que as coisas mudem e o seu dinheirinho, mercê do aval, não vá pró teto?
E eu NÃO vou andando por aí e, por respeito ao Covid 19, mantenho-me por casa.
P.S. - Para os mais distraídos, asseguro: "Qualquer semelhança - deste escrito - com a realidade, é mera coincidência"
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