05 agosto 2016

451 - Chama-lhe . . . antes que te chamem a ti.

Esta frase é velha. Velha quanto baste. Tal como a profissão a que se referia a frase, que todos conhecemos.

Neste momento há outras profissões que, não sendo tão velhas quanto "a mais velha profissão do mundo", são costumeiras e com uma agravante: não aliviam. Pesam.

Estou a referir-me aquelas e aqueles que, a coberto daquele que deveria ser o exercício mais nobre do mundo, o vilipendiam e se aboletam da sua posição para praticar atos menos consentâneos com o dito exercício.

O(s) senhor(es) secretários de Estado não deveriam ter ido a França à boleia de uma empresa, por maior ou mais pequena que fosse, porque foram convidados "na qualidade de". E não é por pagaram, depois de descobertos, as despesas de viagem que a mesma passa a ser mais ou menos lícita. Aliás, para mim até é pior a emenda que o soneto, porque se não viam mal nenhum na mesma, porque é que se apressaram a remediar "o erro"?

Agora - e aqui vem a propósito a mais velha profissão do mundo - qual a moral para criticar, daqueles que também foram à terra de "mon ami Mitterrand", pagos por outras grandes empresas e mercê do lugar que ocupam na Assembleia da República e com a agravante de justificarem as faltas ao trabalho, alegando "trabalho político" ou "motivo de força maior"?

Pois é, como dizia a outra na rua: chama-lhe antes que ela te chame a ti.

E eu vou anfdando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

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