16 outubro 2019

516 - Tão parecidos que nós somos...

Chegou ao loteamento do Pinhel o jornal da vila, que li na vertical sem me debruçar sobre nenhum tema em especial.
No dia de ontem, alguém me chamou a atenção questionando o que eu achava das crónicas dos líderes das bancadas da Assembleia de Freguesia. Com alguma tibieza e porque não estava para aí virado, confesso que não fui ler.
No entanto, elas hoje foram colocadas online, o que me permitiu olhar para o título e aguçar um pouco, mas só um pouco, o apetite. Se uma começa com "Os serviços públicos (...) são o único garante (...) que qualquer cidadão (...) tem acesso ao mesmo serviço", já o autor da outra opina que que não gosta "da palavra Estado vociferada no sentido de público (...) de que o público é que é bom e o privado (...) é mau".  

Não conhecesse eu a idoneidade do Diretor do Jornal, até poderia pensar que um teria tido acesso à crónica do outro - sem imputar o nome ao um e ao outro - tal o tema é comum às crónicas e as opiniões antagónicas. Assim, registo a necessidade que cada um tem de defender a sua ideologia atacando a do outro. Sim, porque as duas crónicas estão carregadas de ideologia e são fortemente políticas, embora algumas pessoas digam, como se isso fosse algum defeito, que não falam/fazem política. Ora, quem não faz política não pode ser concorrente a eleições e não pode tomar assento em locais políticos, como uma Assembleia ou uma Junta de Freguesia.

Porque também sou político - e assumo-o com muito gosto e até prazer - tal facto não é impeditivo, como afirmo muitas vezes, de pensar pela minha cabeça e de dizer que a Crónica do Augusto é aquela que está em sintonia com o que eu penso das políticas públicas. E penso assim, talvez porque, ao contrário de outros, estive em Portugal nos últimos dez anos e não estive a papar sono.

Eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando e fazendo política.

Sem comentários: