10 outubro 2025

576 – Mais alguém se quer associar ao avantajado ponto...


Gosto desta fotografia

Nesta pretensa campanha para as freguesias, temos visto/lido de tudo. Pessoas que apresentam ideias, com uma retaguarda com gente de trabalho; pessoas que apresentam ideias, com uma retaguarda com gente, a quem se desconhece trabalho; objetos voadores não identificados (OVNI’s), que apontam defeitos em tudo quanto mexe; “opinion makers” que apontam em (quase) todas as direções; e, por último, pistoleiros contratados com constantes tiros nos pés.

Quem tiver a paciência de ler estas minhas garatujas, fará a seleção como bem entender. Por certo teremos mais que uma e, eventualmente, todas diferentes da minha. Mas a minha lista esta feita, com algumas passagens no Facebook, quase sempre apenas para colocar o símbolo com o dedinho para cima, nas publicações referentes às Caldas das Taipas e ao Augusto Mendes.

Deram-me conta de que da última classe, a dos pistoleiros, fizeram um ou dois comentários sobre o meu VilasdasTaipas e um deles até, uma mensagem pidesca, diretamente a um membro da Lista.

Obviamente que não lhes vou dar bola. Era o que eles queriam, para lhes dar a importância que eles não têm. É que são MESMO INSIGNIFICANTES e o seu contributo para as Caldas das Taipas, É ZERO, ou antes, até é negativo, pelos atritos que tentam criar.

Assim, ratifico o meu apoio ao Augusto Mendes e à sua Lista, da qual, tenho o prazer de fazer parte.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando, mas sempre com a minha liberdade despoluída.

06 outubro 2025

575 - Mas que grande e avantajado ponto.

Promessas? Ah! Do Futebol de Salão no Ringue...
Não costumo, por uma questão de delicadeza e de princípio, responder a comentários feito nas minhas postagens ou nos meus comentários. Vou abrir uma exceção porque o comentário 574, foi motivo para uma pergunta, que devo esclarecer. E a resposta é SIM. Quem adjetivou como "conservadores" a figura de "Velho do Restelo", foi a mesma personalidade que, 2 (dois) anos e 28 (vinte e oito) dias depois, definiu "Velhos do Restelo" como "a voz da experiência perante a irreverência".

E SIM, é o mesmo personagem que, comentário em cima de comentário, pergunta sempre pelas promessas não cumpridas pelos outros, esquecendo as promessas do seu partido (a não ser que, naquela altura, ainda fosse do outro, ainda não tivesse mudado).

E ainda SIM, também é aquela personagem que há quatro anos metia comentários com "cantiguinhas" e que nesta altura chama, ipsis verbis "canalha da Escola" aos adversários. Pensava que o chamar de "canalhas" a crianças da Escola, já tinha sido abolido.

E SIM, é o número três de uma Lista concorrente à Freguesia, que no quadriénio anterior foi número dois e que, na Assembleia de Freguesia vigente, se fartou de se vangloriar de "feitos heroicos" da sua pessoa e de olvidar as Leis que deveria respeitar.

Caros amigos. Faço parte da Lista do Augusto Mendes e voto nela, não apenas por serem os melhores para a Freguesia, mas também, para evitar que caiamos nas mãos de quem é tão incompetente.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando, mas sempre com a minha liberdade despoluída.


02 outubro 2025

574 - Pontos em desordem, com um interveniente que é "um grande ponto".

Na Assembleia de Freguesia de 01.04.2022, um senhor Deputado disse:

"Os Taipenses, apesar de reconhecerem e valorizarem o legado dos nossos antepassados, não ficaram prisioneiros das suas ideias e comportamentos. Não imitaram os “velhos do restelo” que teimam no apego ao conservadorismo, que procuram resistir à mudança, à descoberta e à evolução."

Noutra Assembleia de Freguesia, em 29.04.2024, um senhor Deputado disse:

"A este propósito, vou citar um excelente historiador contemporâneo e outros entendidos nesta matéria que escreveram: é penoso ver a estupidez com que se refere o ‘Velho do Restelo’ como insulto, quando ele é uma das personagens mais sábias d´Os Lusíadas, e de toda a história portuguesa (…) Há pessoas que conhecem a expressão ’Velhos do Restelo’, mas não sabem o que ela significa. O Velho do Restelo representa a voz da razão num momento de euforia e deslumbramento, a voz da experiência perante a irreverência… os seus conselhos acabaram por se revelar proféticos, pois a prosperidade das descobertas cedo se revelou fugaz, seguindo-se a decadência económica e territorial, que acabou na perda da independência. Fim de citação."

Perante estas duas afirmações, tentei saber qual dos senhores Deputados sabia mais de história. Um amigo meu disse para não me preocupar e concluiu: 
"Outra vez a mesma promessa? Então não há dois Velhos do Restelo? Os Taipenses não são estúpidos."

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando, mas sempre com a minha liberdade despoluída.

29 setembro 2025

573 - Pontos em Des(Ordem).

Um partido concorrente às eleições nas Taipas, colocou numa sua comunicação um extrato da ata da A.F. de 20/06/2022, (pág. 19). Dela, concluiu o dito partido que, “o actual presidente do executivo, (...), terá declarado que, no futuro, e dada a falta de habitação e de terrenos disponíveis para construção na vila, o recinto da feira semanal teria de ser utilizado para a edificação de habitação, sendo, por consequência, a feira deslocalizada do centro da vila.

Na ata não diz ipsis verbis tudo o que o partido escreve. Mas, para se aclarar a situação, deve ler-se duas páginas anteriores. 

Pag. 17 linha 16 a 19 a Deputada Maria da Luz diz: - E porque de planeamento urbano se trata, pergunta-se: o projecto de construção junto ao recinto da feira teve o parecer favorável da Junta de Freguesia? O PSD defende que esse espaço, custasse o que custasse deveria ser o de ampliação natural da feira.

Pag. 19 – O presidente da Junta, dirigindo-se à deputada Maria da Luz, linha 13 a 18 - Disse ainda discordar quanto à contestação ao prédio da Feira, atendendo a que o futuro das feiras não será risonho, pelo que não há necessidade de mais espaço para alargar o recinto, estando já os outros cantos da Feira preenchidos o que o leva a perguntar o porquê de não se poder construir naquele. Considera que é uma avaliação difícil, ma que se deve confiar nos pareceres da Câmara. Há necessidade de manter o equilíbrio.

CONCLUSÃO: Pelo acima exposto e consultando a mesma ata que o partido consultou, não há margem para dúvidas que o Presidente da Junta disse que “estando já os outros cantos da Feira preenchidos o que o leva a perguntar o porquê de não se poder construir naquele”. Obviamente que falou em “outros cantos” e questionou do porquê “de não se poder construir naquele”.

Para quem quiser ler, vê que se referia ao prédio em construção e não há Feira. Nunca disse que “o recinto da feira semanal teria de ser utilizado para a edificação de habitação, sendo, por consequência, a feira deslocalizada do centro da vila.”

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando, mas sempre com a minha liberdade despoluída.


26 setembro 2025

572 - Pontos em ordem de algumas situações.

Continuando os “meus pontos de vista” de 17 e 21 do corrente.

Depois de muitos anos como espectador atento nas Assembleias de Freguesia e em reuniões pública do Executivo – quando as havia – convidado pelo Luis Soares no ano de 2017, fiz parte de uma lista concorrente às eleições para a Assembleia de Freguesia de Caldelas – Caldas das Taipas, nesta vila que me viu nascer, por sinal no quarto número 5 da, na altura, Pensão Vilas.

De todas as associações que fiz parte, com as minhas poucas qualidades e muitos defeitos, existia para mim algo de sagrado e de politicamente correto. Esse sentimento, obrigação, defeito ou até virtude, chamem-lhe o que quiserem, era Ponto de Ordem para mim. Quando fui chamado a exercer funções na Junta de Freguesia em 2017, adotei o mesmo “sacro defeito”. Agora, na Assembleia de Freguesia – apesar de como dizem os teóricos “não ter sido eleito” – cumpro com o meu Grupo Parlamentar o mesmo “sacro defeito”.

Qual é ele? Solidariedade, respeito pessoal, respeito institucional e até, talvez, amizade. E o que isso quer dizer? Eu explico. Os assuntos são discutidos internamente. Cada um expõe os seus pontos de vista. Apresenta as suas soluções. Discute as opções dos outros. No final os contendedores votam, e vencedores e vencidos, defendem, TODOS o mesmo projeto. A deliberação é de todos e todos a defendem como sua.

Pelo que tenho presenciado, não somos todos iguais. A lealdade, amizade, solidariedade, são letra morta para alguns.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando, mas sempre com a minha liberdade despoluída.

21 setembro 2025

571 - Tentando colocar alguns pontos em ordem.

Na minha publicação anterior tentei ajudar, a quem gosta de saber, como os Munícipios podem investir nas Freguesias. Mas, só a quem gosta de saber. Para outros, não vale a pena perderem tempo. Hoje vou tentar esclarecer outro tema. Vou por temas e por etapas.

Tema: CASA MORTUÁRIA. Anda muita gente confusa, perdão, a tentar armar a confusão, com este tema. Assim, transcrevo algumas afirmações proferidas em Assembleias, que ajudam os Leitores a formar opinião.

01.ABR.2022. Um Deputado do PSD, a concluir a sua intervenção diz que sendo a Casa Mortuária obra da Igreja Católica, com a colaboração da Junta ou da Câmara, sendo construída pela Igreja, será sempre uma promessa não cumprida. Responde o Presidente da Junta, estranhar as palavras do Deputado que defende a racionalidade do investimento público e depois, quando a Junta de Freguesia racionaliza o investimento está contra, pois, sendo possível investir num espaço comum, partilhado por todos, como está protocolado, porque não há-de a Junta e a Igreja, trabalharem para o mesmo objetivo.

27.DEZ.2024. Diz o Presidente da Junta que a Câmara Municipal vai dar 150 mil euros, para a Casa Mortuária. Que a intervenção da Junta foi a mesma desde o início. Ou a Comissão Fabriqueira fazia uma Casa Mortuária e a Junta de Freguesia outra, ou juntavam-se e faziam um único equipamento. A comparticipação da Junta é através do apoio que a Câmara ia dar à Junta para executar o projeto.

02 de maio.2025. Um Deputado do PSD, diz que fica por fazer a Casa Mortuária. Um Deputado do PS pede uma informação mais detalhada. Responde o Presidente da Junta que a Comissão Fabriqueira está a terminar as especialidades, para submeter à Câmara e a informação que tem, da semana anterior, é que a Comissão Fabriqueira, tem intenção de lançar o procedimento e iniciar a obra rapidamente.

Portanto, para quem pergunta, nas redes sociais, MUITAS vezes pela Casa Mortuária, talvez fosse melhor consultar as atas, quanto mais não seja no sítio da Junta/Assembleia. Está lá tudo.

https://caldasdastaipas.com/documento-categoria/atas-da-assembleia-de-freguesia/

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando mas sempre com a minha liberdade despoluída.

17 setembro 2025

570 - Ponto de Ordem à Mesa

"Um ponto de ordem à mesa é um pedido para interromper a sessão e chamar a atenção da Mesa para um problema ou uma irregularidade na condução dos trabalhos, permitindo ao orador expressar-se rapidamente sobre um assunto importante e urgente. Este pedido tem prioridade e, se aprovado, o orador pode falar por um breve período de tempo."

Não complicando o que se quer simples, não vou escrever sobre Fundo de Equilíbrio Financeiro, Fundos Municipais, nem verbas afetas de IVA, IRS e IRC, nem do Fundo Geral Municipal que, este ano, coube à volta de 13 milhões e meio, ao Município de Guimarães.

De uma maneira simples, sem grandes voltas que só permitem confundir, gostaria de elencar aqui três formas como os Municípios, podem investir nas Freguesias. Não digo que são as únicas, mas são as mais correntes. Ei-las: 1 - De forma direta; 2 - por Delegação de Competências; e 3 - por Atribuição de apoio.

Exemplos: 1 - Requalificação do Centro; 2 - Parque das Levadas; 3 - Parque da Praia Seca. Ou seja no 1 a propriedade é da Câmara e ela decide. 2 - A propriedade é da Câmara mas esta delega a obra na Freguesia. 3 - O terreno é da Freguesia e a Câmara dá um apoio ou subsídio.

E porquê a veleidade deste meu ponto de ordem? Mediante tanta baboseira que se lê (quem consegue) nas chamadas "redes sociais", seria altura das pessoas se inteirarem do que, de facto, se está a discutir.

Outro assunto - e para outras núpcias - será o de desmistificar quem gostou, quem não gostou e quem mudou de opinião. Também, apesar da propriedade ser de outrem, se não se deveria ouvir o usufrutuário.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando mas sempre com a minha liberdade despoluída.

 

30 julho 2025

569 - Senhoras

Li, nas redes sociais que duas Senhores, sim, senhoras com "S" grande, se vão candidatar a continuar na política, embora a um cargo a que, na gíria, se designa de "menor responsabilidade". Estou a referir-me à senhora ex-Deputada da Assembleia da República Palmira Maciel e à senhora ainda Vereadora da CMG Paula Oliveira, que, preteridas dos lugares que ocuparam/ocupam, se vão candidatar a Presidente de Junta de Freguesia, esta em Guimarães e aquela em Braga.

Depois do meu amigo Luís Soares, ainda Deputado na A.R. se candidatar a uma Junta de Freguesia, agora, estas duas senhoras, dispensadas pelo seu partido de um dos tais ditos "lugares de maior responsabilidade", dão a cara à luta, pelas cores do partido que as dispensou.

Assim, despedidas/dispensadas/despedindo-se de um cargo dos tais, darão o seu contributo noutro, não menos honroso, mas mais difícil.

Nesta pequena mensagem sobre duas senhoras dispensadas, gostaria de incluir outras duas senhoras, ainda em funções na Câmara Municipal de Guimarães. A senhora Vice-presidente Adelina Paula Pinto e Sofia Ferreira. Conheci as duas, diretamente, pelas funções que exerci na nossa Junta de Freguesia. Ambas disponíveis, atentas, a primeira na área da Educação e a segunda em áreas mais vastas. Excelente desempenho de ambas.

Uma palavra especial para a Vereadora Sofia Ferreira. Conheci e acompanhei - no que às Taipas diz respeito - a sua intervenção nas áreas dos Espaços Verdes, Serviços Urbanos, Obras Municipais e Proteção Civil, bem como a sua representação em nome da Câmara como Presidente da Taipas Turitermas. Uma senhora sempre atenta e pronta a ouvir e a ajudar.

Às quatro Senhoras os meus votos de muitas felicidades nas novas funções que, de certeza, exercerão.

E eu, vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

21 setembro 2024

568 - Coisas da Vida. A libertação.

Entrei no mundo do trabalho aos 18 anos. Nessa Empresa, um dos donos/patrões, era Presidente do Clube mais representativo do concelho de Guimarães.

Nunca fui sócio desse clube. Nunca o patrão me convidou/incentivou ou mandou – naquele tempo era assim – ser sócio desse Clube. Isto tudo é pura verdade e ainda pode ser confirmado por muitos que ainda por cá andam.

Agora, para aliviar as coisas, “um pouco de ficção”:

Sabem porque o Presidente do dito Clube, nunca me disse para ser sócio? Porque sabia que eu não era adepto. Porque sabia que eu não apoiaria o Clube. Porque sabia que eu não defenderia o Clube. Poderia, apenas, eventualmente, se ele precisasse do meu voto para vencer as eleições, eu ia lá colocar a cruzinha. Nada mais. – “términus da ficção”.

Agora, casos reais: Nunca seria um verdadeiro adepto do clube. Nunca seguiria os seus ideais. Nunca lutaria, com alma, em sua defesa. Seria apenas sócio para “fazer o frete” e, sem me identificar com o clube, seria apenas um pau mandado de colocar a cruz.

Porquê esta conversa? Porque o mesmo se passa em alguns/muitos partidos políticos. Para se conquistar/ganhar/manter um emprego temos de ser agradáveis ao “patrão”. Vendemos a alma – por vezes conscientes que o fazemos ao diabo – para manter as nossas regalias.

Esforço terrível. Dramático, até. Lutar por algo que nada nos diz. Mas – podem dizer – não custa nada. É só colocar a cruz – Mas que cruz, digo eu. Um tormento. Uma cruz bem pesada.

Mas, para os Cristãos, Cristo liberta. Também os que são obrigados a colocar a cruz, se não seguirem os mandos dos patrões e a colocarem onde podem fazê-lo livremente, aliviam a cruz. Sai-lhes o fardo das costas. Sai-lhes o peso da consciência.

Caras e caros amigos nesta situação - libertai-vos da cruz e vivei em paz com a Vossa consciência.

E eu, vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.


14 setembro 2024

567 – O regresso e o Luís Soares (Fim)

Votos PS Legislativas Braga 

Perguntaram-me porque estou a ter/dar tanta atenção ao que escreveu o engenheiro Raul Rocha. Expliquei que não se trata de uma pessoa qualquer, mas de um Vimaranense reconhecido, não só pela sua militância no PS, mas também pelos cargos que ocupa e que ocupou, na sociedade Vimaranense e não só.

Concordo quando diz que seria lógico que Guimarães liderasse a Federação de Braga, quer pelo número dos seus militantes e até porque nunca nenhum dos seus exerceu esse cargo. Concordo quando diz que Luís Soares é um quadro político de mérito e competência e que seria a oportunidade de, pela primeira vez, Guimarães ter um seu militante na liderança da Federação.

Já tenho as minhas dúvidas quando diz que “em 2022 apareceu uma alternativa conciliadora” pois, segundo as suas palavras, a alternativa “impôs a desistência de Luís Soares”. Vejamos: ou foi conciliadora ou foi imposta. Não sei.

Não concordo quando escreve que “A nova liderança de Frederico Castro, (…), foi decisiva para a renovação da lista de deputados”. Salvo melhor opinião, a renovação, não foi renovação, foi perda, pois o PS passou de 9 para 6 Deputados. Não renovou. Perdeu.

O colunista reconhece o mérito e competência de Luís Soares. Pedi a um amigo, para me dar nota dos cargos/funções políticas exercidas pelo candidato. Ei-las: 
Militante do partido desde 2004;
Fundador do Núcleo da JS das Taipas e seu Presidente de 2004 a 2007;
Deputado da Assembleia Municipal de Guimarães desde 2009;
Membro da Assembleia de Freguesia de Caldelas – Caldas das Taipas de 2005 a 2017;
Presidente da JS Guimarães de 2011 a 2013;
Membro do Secretariado Nacional da JS de 2011 a 2013, da Concelhia do PS de 2011 a 2018 e da Federação de Braga de 2014 a 2018;
Membro da Comissão Política Nacional do PS de 2012 a 2014 e 2024 - …;
Militante de Honra da JS Nacional em 2014;
Deputado à Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral Braga de 2015 a 2024;
Presidente da Junta de Freguesia de Caldelas – Caldas das Taipas de 2017 a 2021 e de 2021 - …;
Presidente da Comissão Política Concelhia do PS Guimarães de 2018 a 2022;
Presidente da Mesa da Comissão Política Federativa do PS Braga de 2018 - ….

Termino estas publicações sobre o artigo de Raul Rocha com uma das frases preferidas do senhor Presidente da Comissão Política Concelhia de Guimarães: “a política deve ser currículo e não cadastro”.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

10 setembro 2024

566 - O quase fim (deste) Regresso.

Foto: CNN Portugal

Vou terminar com o ciclo (respeitoso) sobre a crónica de Raul Rocha e colocar mais alguns excertos. Diz que “no plano local a Federação é inexistente. (…) António Magalhães nunca se interessou pela Federação de Braga (…), tinha acesso aos líderes nacionais.” Foca a “importância do lugar de deputado de Ricardo Costa”, mas que “Lisboa continua fechada, (…) aos quadros políticos do PS Braga e (…) Guimarães, para além do presidente da câmara.”

Defende que no Quadrilátero Urbano estão os concelhos mais exportadores - a Universidade do Minho, “há vereadores, dirigentes das áreas sociais e desportivas, da maior qualidade, ninguém estimula o seu aproveitamento para o desempenho nas políticas públicas, seja no governo, seja na AR, seja em institutos e instituições do estado. A região perde.”

É de opinião que tal se deve “porque a bitola chama-se Joaquim Barreto.” Sobre o mesmo diz que foi/é “um dedicado socialista, que foi um bom presidente do município e (…) na sua concelhia, onde nunca permitiu a mais pequena discordância com todos os atropelos à civilidade democrática.” Considera que “em 2020, Ricardo Costa, no seu primeiro ato da ‘regeneração’ política que liderou no PS, ousou com um entusiasmo das bases nunca visto, apresentar uma alternativa. Ganhou em Guimarães com 200 votos de diferença, alcançou no distrito 45%, mas perdeu. Luís Soares apoiou Joaquim Barreto.”

Considera que “em 2022, apareceu uma alternativa conciliadora que impôs a desistência de Luís Soares que se preparava para continuar o ‘barretismo’. A nova liderança de Frederico Castro, (…), foi decisiva para a renovação da lista de deputados e (…) foi a primeira derrota de Barreto no distrito.”

A terminar considera que nestas eleições “Volta a opor-se o ‘barretismo´ e o ‘anti-barretismo’. O ‘barretismo’ é Luís Soares, quadro político de mérito e competência. Podia ser a oportunidade de, pela primeira vez, o PS Guimarães ter um seu militante na liderança da Federação. Mas eleger Luís Soares seria regressar à história antiga (…) a que Ricardo Costa se opôs e (…) mobilizou muitas esperanças em muitos concelhos. Guimarães não pode agora trair esse projeto regenerador.”

Quanto às virtudes do candidato da Lista B “um destacado novo autarca do PS (…) que pode abrir o reconhecimento do PS Braga no centro do poder lisboeta. Tem realizado uma obra notável em Vizela, de que ‘os passadiços’ passaram a ser atração turística ambiental de todo o Norte. Reconciliou Guimarães com Vizela.”

Terminada a leitura da crónica, no próximo “VilasdasTaipas” terei a oportunidade de colocar algumas interrogações sobre esta crónica.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.








05 setembro 2024

565 - O Regresso (iii)

Abusando da paciência de quem me lê/possa ler, vou colocar alguns excertos da crónica de Raúl Rocha. 

Na mesma faz diversas análises e tira conclusões. Como é uma pessoa inteligente e anda no meios político há muitos anos, tendo exercido funções de responsabilidade política, termina o seu artigo com uma frase significativa. Reproduzo:

“Os militantes do PS – Guimarães saberão na sua liberdade de escolher, votar.” Faz análises, coloca interrogações, mas “os militantes (…) saberão (…) escolher”.

Mas eu, na minha bondade política, fico hesitante/pouco esclarecido. Se não, vejamos. Diz o Engenheiro Raul: “Seria mais que lógico, que Guimarães liderasse politicamente a Federação de Braga”. Porque, acrescenta, tem 3.800 militantes e o resto do Distrito 3.400. O "“Quadrilátero Urbano” (…) abrange 80% da população do distrito”.

Mais adiante reforça que “Seria, por isso, mais que lógico, que Guimarães liderasse politicamente a Federação de Braga. (…) Na história do PS Braga já houve Presidentes de Braga, Famalicão, Fafe, Barcelos, Cabeceiras, Póvoa de Lanhoso. De Guimarães nunca houve uma liderança distrital. É isso importante? Relativamente.”

Por hoje ficaremos por aqui. Para a semana continuarei a analisar esta opinião, que é de alguém que não anda na política há dois dias e que conhece, bem, os seus meandros. É uma opinião que deve ser lida e entendida. Bem entendida.

E eu vou continuando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

01 setembro 2024

564 - O Regresso (ii)

Tal como previsto na semana ora finda, e porque, como disse, alguém me fez pensar um pouco, com o devido respeito, pego no texto de Raúl Rocha publicado no jornal Mais Guimarães de 21 de agosto passado. Nele, o filho do Nicolino Mor e engenheiro Civil Hélder Rocha, reconhecido como Vimaranense bairrista e grande defensor do concelho (e da sua integridade) militante ativo de muitas instituições da cidade e não só, dá a sua opinião sobre as eleições para a Federação de Braga do Partido Socialista.

Como já referi, e reafirmo – “não tenho cartão” do PS. Como nunca teria afirmado, mas afirmo, não sou defensor da modernice de incluir nas decisões partidárias o direito de voto a simples “simpatizantes”. Não. Quem “é sócio” tem direito a, livremente ou coagido, dizer quem quer e onde. Mas, e este mas para mim é sagrado – o direito de opinião assiste a todos e, eventualmente com mais acuidade, àqueles que, “não tendo cartão” dão a cara na luta pelos interesses em que acreditam, reconhecendo neste ou naquele partido o melhor.

Foi assim que, finalmente, em 2017 e em 2021, aceitei engrossar a lista da candidatura do PS às eleições para a Assembleia de Freguesia de Caldelas – Caldas das Taipas. Depois de 12 anos de poder de outro Partido, 8 deles de “absoluto”, no ano de 2017 a lista liderada por Luís Soares, nuns contundentes 8 a 5 (eleitos) desalojou o PSD da liderança da Freguesia. E em 2021 voltou a repetir o feito.

Todo este intróito que já vai longo, pelo que continuarei uns dias à frente, para dizer que “não tendo cartão”, o meu contributo me permite “ter opinião” e, por sinal, diferente da do Engenheiro Raúl Rocha. Au contraire, como dizem os franceses, acho que o vimaranense Luís Soares, socialista “de cartão” desde sempre, tem todas as condições para ser melhor Presidente da Distrital e defensor do concelho de Guimarães do que qualquer outro candidato de um concelho que não o de Guimarães e “com cartão” definitivo ou provisório.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

28 agosto 2024

562 - O regresso

Este meu blog já por aqui gravita há alguns anos. Tantos como "desde 2006". Nele coloco umas coisitas, nos últimos anos muito poucas, mas como tenho a renda paga, a ele posso regressar quando achar que o devo fazer.

Graças a algumas publicações, alguns clientes começaram a olhar-me de esguelha, mas isso é "um risco" que corre quem quer "botar cá pra fora" o que pensa disto ou daquilo. Prezo muito as opiniões das pessoas que o fazem e - concordando ou não com elas - é um direito que lhes assiste. Tal como a mim.

Mercê da minha militância nas instituições do burgo Taipense, vou apanhando aqui e ali, mercê dessa presença, algumas críticas. Todas elas serão justas - para quem as faz - e algumas também eu com elas concordo. Quando são feitas por alguém que nos dá exemplos, mais facilmente as aceito. Quando feitas por alguém que não são exemplo, idem aspas aspas. Aos primeiros porque me vergo perante a sua "militância" e aos segundos pela sua "ignorância", que deve ser respeitada.

Por sistema, não comento artigos de opinião. São isso mesmo. Opiniões que podemos e devemos (posso e devo) respeitar. "Há sempre alguém que nos diz tem cuidado" como a letra da Saudade, dos Trovante e "Há sempre alguém que nós faz pensar um pouco" como outra parte dos mesmos Trovante.

Hoje não, porque o texto já vai longo, mas regresso em breve para Vos dizer "quem me fez pensar um pouco", num texto de opinião, por si escrito no Semanário Mais Guimarães da semana passada. Porque conheço o escritor há muitos anos e o respeito, queria ver se me ajudavam a decifrar "o que lá está escrito".

E entretanto vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

17 março 2024

562 - O Palco. Ter Palco. Estar no Palco.

 Corria o mês de setembro ou outubro do ano de 1972 quando entrei no Restaurante Monte Rei e, numa mesa, o Fernando Miogo, o Carlos Martinho e talvez o Gusto de Briteiros me perguntaram se eu queria "fazer teatro".

Embora nunca tivesse feito teatro e poucas vezes assistido, anui e em 25 de dezembro, representamos no Salão do antigo Edifício dos Bombeiros, a peça “Pouca Vergonha” de, salvo erro, Rui Correia Leite.

Estes espetáculos serviam de angariação de fundos que possibilitassem a compra de instrumentos para os Psictos, parte integrante e principal do Grupo Cultural e Recreativa Psictodérmicos.

Mais tarde, por dezembro de 1974, a parte cultural (leia-se teatral) deste grupo, desligou-se dos músicos e juntamente com o D.Cajas, fundou o Grupo Cultural e Desportivo CAJAS que, mais tarde e mais grupos nados/mortos deu origem ao ainda hoje CART – Centro de Actividades Recreativas Taipense que, neste ano da graça, comemorará 50 (cinquenta) anos de existência com muito desporto à mistura e com o teatro arredado da “cena”.

Isto tudo para dizer que uma das orientações do nosso Ensaiador, o Carlos Martinho, era que “no Palco, nunca se viram as costas ao público”. Era uma das suas regras fundamentais. Hoje, mais que naquela altura “o Palco” é o centro das atenções. É no palco que os congressistas expõem os seus pontos de vista; é no Palco que os oradores tentam cativar a plateia; é no palco que as Sessões Solenes se desenrolam; é (para todos os efeitos) num palco que, no Centro Pastoral se desenrola, domingo após domingo, a celebração da Liturgia.

Em todos esses locais, quem está no palco, seja congressista, orador, sacerdote e até acólitos leitores ou coralistas, são objeto de uma perscrutação de tod@s aquelas e aqueles que os escutam.

Este é, para mim claro, o palco da vida, onde os nossos gestos (interpretações) são perscrutados por todos e “às claras”, para todos. Porém, há outros palcos mais escuros ou até, se quiserem, mesmo obscuros, onde os atores, na sombra, interpretam papéis que ninguém vê mas que, mais tarde, todos sentem.

Porém, quando sentimos, já pagamos o bilhete e já nada mais nos resta senão chorar sobre o leite derramado e ficar de sobreaviso em novas investidas dos atores.

Para o final da semana, cá estaremos e entretanto eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.


22 janeiro 2024

561 - "Isto" a que alguns chamam de política

Não venho aqui desde julho. Mas hoje estou arreliado q.b. para vir e, eventualmente, com cenas em próximos capítulos. Esta coisa das Eleições Legislativas antecipadas está a mexer comigo. Mas, antes de manifestar o porquê da arrelia, gostava de dizer.

Após a saída do meu amigo Carlos Remísio de Castro, fui convidado, pelos quatro candidatos que se lhe seguiram, a fazer parte das listas do Partido Socialista (PS) à Assembleia de Freguesia (AF) de Caldelas - Caldas das Taipas. Por questões familiares, leia-se, por imposição da minha mulher, não pude aceder ao convite dos três primeiros, sendo certo que, já não existindo oposição, fiz parte das duas listas encabeçadas pelo Luís Soares, sendo, na primeira, vogal da Junta de Freguesia, com competências delegadas, e na segunda, eleito entre os pares, para Presidente da AF.

Não sou militante do PS, mas simpatizo com as suas ideias. Votei nos quatro candidatos, não só pelas ideias (deles e do partido) mas porque acreditava que, naquele momento, seriam uma mais valia para as Taipas. Assim os eleitores o não entenderam, exceto quando o Deputado Luís Soares teve a ousadia de correr um grande risco, que valeu a pena.

Terminado este prólogo vamos ao que está em questão: Porque há eleições legislativas antecipadas? Porque se têm de constituir listas para ser votadas? Porque "todos querem ir"? Porque nem todos vão? Estas são as questões que se colocam a muitos, mas que estão devidamente regulamentadas. Podemos ter, cada um de nós, a sua opinião e interpretação, mas estão escritas.

Agora o que não está escrito é o "quem é quem", ou o "quem dever ser o quê" nas tais listas candidatas nos círculos eleitorais. As comissões políticas (CP) concelhias (C) indicam um nome; as CP Distritais (D), reservando os lugares indicados pelo Secretariado ou Secretário Geral (SG) e estes ratificam ou retificam as listas finais.

Agora, quando alguns querem tudo, querem abocanhar o que o povo designa - quanto a mim mal - de tacho, é que aparecem os problemas. E é nesta altura que eu, simples simpatizante de base, pergunto e questiono. Então, uma CP com algumas dezenas de pessoas (CPC e CPD) escolhem e votam quem deve ir pra Lisboa e descuidam aquelas e aqueles que, no dia a dia, aguentam as questões dos cidadãos - muitas pertinentes e outras não - sem meios para as satisfazer e depois, na hora do "bem bom" ou "do melhor" os membros das Juntas e das Assembleias de Freguesia, que dão o coiro e o cabelo para defenderem as "suas damas", não são ouvidos nem achados?

E aqueles com um bom desempenho num lugar "em Lisboa" e que, mesmo assim, se sujeitam ao combate nas freguesias, ganhando-as depois de 12 anos a ver navios e voltando a ganhar no mandato seguinte, são riscados do mapa? E depois vêm falar-me em currículos e competências de outros, que nada ou pouco ganharam?

Sim, sim, porque nomeações não são eleições.

E eu vou andando por aí e, enquanto não encher o copo, vou defendendo, no terreno, muitas coisas que ... não têm defesa.

Um abraço do tamanho do mundo ao meu Amigo e Presidente Luís Soares.

13 julho 2023

560 - As palavras que nunca te direi

Foto gentilmente cedido por Café do Tónio

No Café do Tónio, continuo a passar os olhos pelo jornal, depois do meu primo Chico que é sempre o primeiro. Num destes dias e porque ouvi muito barulho por causa duma intervenção do senhor Ministro da Cultura, pedi o jornal de domingo passado, que por acaso o Tónio ainda tinha, para ler a tal entrevista que tinha gerado tamanha indignação.
Sacado o jornal que já estava "catalogado" para ir para a reciclagem - sim, porque aqui nesta zona da Vila, faz-se reciclagem - procurei o que teria causado tanta indignação aos senhores Deputados da Casa da Liberdade.
Lida a entrevista - não toda mas as partes do alarido - tive de voltar atrás e reler, pois, nas palavras do senhor Ministro, não vi nada de extraordinário.
Aquela dos procuradores de serie B, da década de 80 do cinema americano, estava mesmo muito boa.
No final da leitura, perdoem-me os senhores procuradores, perdão, senhores Deputados, mas dei comigo a pensar quantas pessoas não concordariam com as suas palavras.
Realmente a Comissão de inquérito aos 500 mil da TAP, falou de tudo e mais alguma coisa, ou será, e menos muita coisa?

09 julho 2023

559 - O Fernando, em tempos conhecido como 85.

 
Já não passava por aqui há muito tempo. Hoje, excecionalmente, venho cá. Por um motivo triste, mas que devo registar.
Soube há poucas horas, por telefonema amigo, que o Fernando - o 85 tinha partido. Quando entrei para os Bombeiros, decorria o ano de 1977, o 85 já era Bombeiro de 3.ª. Era dos de Ponte, que com o Chefe Martins e outros, vinham a tempo de apanhar o segundo carro.
Foi um dos que, no famigerado ano de 1987, foi expulso dos Bombeiros por algo que não quero comentar.
O Fernando era um homem simples, afável e que, nos últimos meses/anos, via passear o neto, primeiro num carrinho e agora caminhando, ali para os lados da sede da Freguesia ou do Parque de Lazer.
Num ápice, em poucos dias, deixou de caminhar e partiu.
Ao Fernando - ao 85 - e a uma lista que tenho em casa e à qual vou sinalizando os que partem, a minha gratidão eterna, pelo ato de coragem, de sacrifício e de amizade, que tiveram no longínquo - mas sempre presente na nossa memória - ano de 1987.
Fernando, paz à tua alma e nós, os que restamos dos 14, vos guardaremos na nossa memória, até irmos ter contigo e com os que partiram. 

21 abril 2022

558 - Em alta

Foto: RFX adaptada

Vi hoje no Reflexo Digital que "José Augusto Araújo integra o gabinete do secretário de Estado [da Educação], depois de quatro anos no último executivo de António Magalhães e de 20 anos à frente da Escola Secundária de Caldas das Taipas."

Vi na passada semana, no Diário da República, o Despacho 4374/2022, onde o MAI designou "como técnico especialista deste Gabinete o mestre João Manuel Fernandes da Silva Ribeiro para exercer funções na sua área de especialidade."

Embora o diretor cessante da ESCT não seja Taipense de nascimento, deu um contributo muito grande para que a freguesia fosse destacada no mapa nacional, como tendo uma escola de referência. O Tesoureiro cessante da Junta de Freguesia, nado e criado nesta, deixou a sua marca nas várias instituições onde serviu.

Tendo privado com ambos e tendo os dois como Amigos, sinto-me honrado pelos cargos que passarão a desempenhar. E só espero que nestes novos cargos lhes permitam colocar o seu saber e experiência ao serviço do País, como o souberam concretizar ao serviço da freguesia e do concelho.

E eu vou andando por aí, esperando por mais e boas novidades e, por simpatia, também vou assobiando.
 

14 abril 2022

557 - Lembranças de Páscoa(s)

Há mais de cinquenta anos que fiz parte do compasso pela primeira e única vez. Tenho poucas lembranças. Sei que começamos perto "do Pinto Lisboa", que almoçamos na Casa quase a estrear do Dr. Augusto Dias e do Reitor, a impor o ritmo, que as casas eram muitas.

Numa das primeiras casas - e disso lembro-me bem - o patrão da mesma presenteou-nos com carne cozida e broa que, àquela hora da madrugada, foi que nem caldo.

Tudo isto para dizer que quem repartia o presigo era o S' Manuel Servo. Homem bom que estávamos habituados a ver na Igreja e, algumas vezes, a dormitar na sacristia. De baixa estatura, estava ali, para quem era rato de sacristia, um grande homem, que não deixava ninguém colocar o pé em ramo verde. Nos funerais, quando nos debatíamos para "levar a opa" a voz do S' Manel era respeitada.

Aos 95 anos o S' Manuel deixou-nos. Vai amanhã pelas 18H00 para o local onde, com a cruz ao alto, acompanhou tanta gente. E eu, lá estarei. Para me despedir dum homem de tamanho pequeno, que nunca precisou de se colocar em bicos de pés, para ser visto. Paz à sua alma.

01 março 2022

556 - Cantata de paz.

Um poema da senhora D. Sophia de Mello Breyner Andresen eternizado, para o povo do meu tempo, pela voz e viola de Francisco Fanhais (padre), a "Cantata da Paz" versava:

Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar. (...) Relatórios da fome, (...) O caminho da injustiça. (...) A linguagem do terror. (...) Vergonha de nós todos. 

Dos povos destruídos Dos povos destroçados Nada pode apagar.

Ouvíamos estes versos dedicados à Guerra no Vietname e em África, poema escrito para uma vigília na famosa Capela do Rato.


23 fevereiro 2022

555 - Ó diabo! Será que foi mau olhado?

 

Precisei de me inteirar sobre um assunto de há vários anos. Como tenho as compilações do RFX fui procurar e, no final do ano de 1995, sim mil novecentos noventa e cinco, vi algo que já tem 25, sim vinte e cinco, anos.
Fica aqui uma foto de um trecho e, abaixo, coloco alguns excertos descontextualizados, como agora é moda.

Aliás, o Hotel ainda não arrancou precisamente porque a Junta de Freguesia levantou algumas questões importantes ao projecto nessa altura. Não estou de acordo com a reconstrução do Hotel nos moldes que está projetada. Um hotel de setenta quartos não tem cabimento. Representa um investimento na casa dos quinhentos mil contos e não vejo em nenhuma área termal fazerem-se investimentos dessa ordem.

(...) Pensamos que o ideal seria algo mais pequeno(...). Com muito menos dinheiro pode-se criar no edifício actual, uma zona com trinta quartos, e talvez com menos salas do que este projeto.

Na possibilidade de querem ler a entrevista, ver Jornal RFX, passe a publicidade, de 1995.

E eu vou andando por aí, expectante, se alguém tirará a razão ao segundo filho do senhor Doutor dos Banhos

02 outubro 2021

554 - E então? Perceberam? O que é um verdadeiro Taipense.

Sítio da Freguesia

Em tempos dizia-se - e eu também - que Taipense era aquele(a) nascido nas Taipas e bebedor da água do leão. Com o passar dos tempos, este doutoramento passou a licenciatura e as cadeiras passaram a ser muitíssimo menos exigentes. Esta semana, ficamos a saber que o Plano Curricular passou a ser o que segue:

Vir às Taipas, com familiares, a partir dos 5 anos;
Ser vacinado na Casa do Canto;
Tirar um dente onde é agora a sede da Freguesia;
Conhecer o salão de jogos do sr. António (genro do Mário do Café);
Conhecer os dois quarteis da GNR e o dos Bombeiros;
Ser cliente da Loja Chamoim e do Restaurante Piteco;
Fundador Cantor e organista da primeira Banda Taipense;
Participar no Torneio do Taipas, ser selecionado e o desporto incompatibilizar-se com os estudos; e
Lembrar-se do antigo espaço do ciclo das Taipas.

Ah! E não resistir a fazer parte duma candidatura à Assembleia de Caldelas, porque o número um de uma das listas concorrentes lhe disse que era um verdadeiro Taipense.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.


 

24 setembro 2021

553 - Ajudando a perceber... cada vez menos (fim)

Há cerca de quatro anos que não vinha às Caldas das Taipas. Saí da autoestrada, segui por Ponte e ao passar na ponte, vi o parque do turismo com um aspeto asseado e a ponte Romana – como se dizia antigamente – parecia limpa de detritos. 

Ia virar para o parque e, na casa do Ti Manel Padre Santo, vi um sinal a proibir. Mau, que se passa? Segui em frente e fiquei baralhado. As letras diziam “Caldas das Taipas”, mas tinha canteiros com flores. Estaria nas Taipas? Vai daí virei à esquerda na rua que dá à escola do Pinheiral – como se dizia antigamente. Na rotunda via-se o monumento ao Cutileiro. C’os diabos, pensei - anda p’ra’í obra.

Segui em direção à Ribeira e fiquei preocupado. Onde estariam os galinheiros do ciclo – como se dizia antigamente. Tinha um edifício novo. Parecia uma escola de cidade. Continuei e virei na casa do senhor Américo do Questodinho – como se dizia antigamente – segui pela rua de Santo António e virei na rua da oficina dos Amâncios – como se dizia antigamente – para  entrar no parque. Ao passar à casa do Enfermeiro Fonseca não vi o Estaleiro da Praça. Virei para o parque na mercearia do Palhas e, pelo espelho retrovisor, vi na praça um grande cartaz com jardins em relva e os talhos arranjados. O cartaz parecia mexer-se. Pensei: devo estar tolo.

A Alameda Rosas Guimarães tinha os canteiros centrais com bom aspeto e os passeios arranjados. Ao chegar à rua do Matadouro – como se dizia antigamente – vi que o último canteiro era apenas de acesso a peões, com bancos e tudo. Subi a alameda e vi que na praça não era um cartaz. O raio da praça estava bem amanhada. 

Tentei virar para a Lameira, mas era proibido. Segui pela rua Padre Silva Gonçalves e, ao chegar à casa dos Palhas, vi um monumento em homenagem aos Combatentes. Segui para casa e a rua estava alcatroada até ao café do Tónio, onde me disseram que a da Laida e a da Aninhas Cartola também estavam.

Chegado a casa abracei o povo e deram-me mais novidades. Algumas nem queria acreditar, pelo que meti pés ao caminho, saí do loteamento para o Sequeiro e deram-me a novidade que já tinha saneamento. Saí na casa do Tio Bravo da minha mulher e, ao chegar ao Carlitos da Candidinha, virei para a rua do Rabelo. Tinha o paralelo direitinho. Desemboquei no cruzamento com a dos Cutileiros e, alto e para o baile - a praia Seca, estava um espetáculo. Aliás, a área estava o dobro, tinha um bar e umas casas de banho, a rua tinha sido requalificada, o passeio tinha sido completado até à ponte do Rabelo e havia árvores e relva semeada. Levaram-me por um caminho até ao Ave e seguimos por um trilho que ia até ao Parque. Pensei que era gozo - afinal não, ia até ao campismo, continuava pelo parque de lazer e ia até aos moinhos da Levada. Ora toma que já almoçaste.

Antes do campismo viramos para o horto comunitário. Cuidado, estava bonito, bem bonito e cuidado, hortaliças por tudo quanto era sítio. Disseram-me que as pessoas também se tinham mobilizado para fazer alguns canteiros na via pública, que havia uns dispensadores de sacos para dejetos de animais, um parque canino, e que os parques infantis tinham sido arranjados, entre muitas coisas mais.

Segui pelo Ribeirinho em direção aos Banhos Velhos e vi que estava um bocado confuso, diz que era por causa das obras do centro. Tinham começado pela Praça Conde de Agrolongo, descido a igreja até aos Banhos Novos, a rua do prédio do Leites – como se dizia antigamente – e iam até aos Banhos Velhos. Estavam a fazer muitos buracos porque estavam a instalar tudo novo no subsolo: esgotos, águas pluviais, canalizações elétricas, gás, enfim, muitas coisas que não se veem e que nem se deviam fazer em ano de eleições, disseram. 

Não sou contra as obras de beneficiação, antes pelo contrário. Mas gostava de ter algo para recordar do passado. Disseram-me para ir à Pensão Vilas. Continuava a mesma ruína da última década.


E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

20 setembro 2021

552 - Ajudando a perceber... cada vez menos (vi)

Estou prestes a terminar estes garatujos, mas nos últimos dias surgiram alguns temas interessantes em algumas intervenções hilariantes ou até delirantes. Que os políticos - sim, porque quem concorre a eleições, vai exercer política - por vezes, no entusiasmo, frente a uma plateia desmotivada, têm interesse em lançar algumas achas para a fogueira e dizer aquilo que o (seu) povo gosta, mesmo apelar à insubordinação armada, outros há, que fora do calor da luta e frente a um teclado no aconchego do lar, aprovem estas verborreias e ainda as multipliquem, por outras mais delirantes.

E quando esses comentadeiros ou trauliteiros, exercem profissões de docência e perdem a decência, então a coisa fica preta. É que há uma grande diferença entre excessos em campanha, frente aos adeptos e esses mesmos excessos, frente a um teclado. E então, quando esses docentes, estão incapacitados para ensinar, então a coisa ainda é pior.

Estivéssemos nós, no tempo que eles querem que volte pra trás e não publicariam isso, porque o lápis azul, chamá-los-ia à razão.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.