Li um artigo do Dr. Ribeiro no reflexo do mês passado e –
contrariamente ao habitual – há matéria em que concordo com ele.
Não pensem que estou benevolente ou que estamos na Quaresma e são
necessários alguns sacrifícios e que, por isso . . . Não. Não. Nem pensar, pois de
todo o texto apenas destaco a referência ao - entre outros - inimigo de estimação do executivo da freguesia, na critica ao compadrio entre direção e fiscalização da mesma na cooperativa. Não
deixa de ter razão o Dr. Ribeiro: É desaconselhável e – porque em “politica”
vale tudo - pode até ser apelidado de promiscuidade, que o capital que lidera a
Direção de uma associação ou, como neste caso uma cooperativa, seja o mesmo que
fiscaliza os seus atos. Mas o que não disse o Dr. Ribeiro, porque isso não lhe interessa, é que, como em tudo quem manda é o capital e aqui, com esse direito
o maior acionista coloca ao escrutínio quem quer e onde quer e depois a AG vota e decide. E na altura da votação onde estava o Dr. Ribeiro a representar a
Freguesia, o mesmo votou favoravelmente essa
composição. É claro que como tem formação académica para isso, poderá argumentar
que o que estão mal são os estatutos, mas nas assembleias é que os seus
acionistas – ou mandatários destes como é o caso do Dr. Ribeiro – podem e devem
manifestar o seu desacordo com a composição das listas. Olhe como foi o caso do
cooperante/cooperador que está a rabiscar estas linhas, que, com os seus nove vótitos, votou contra, discordando que
o seu representado fosse membro da mesa da AG, conforme declaração de voto.
Foto: Termasdeportugal.pt |
Com isto não estou a dizer - antes pelo contrário - que acho bem que o parecer sobre a ação do executivo, seja dado por alguém da mesma cor (capital), mas como é a AG que aprova . . . Mas este assunto teria pano para mangas e que me desculpe o Dr. Ribeiro, para muitas outras mangas, porque isto de fazer as coisas meio "esquisitas" e este "quero, posso e mando" há quem faça muito pior e aqui MUITO mais perto, quase em cima. Mas como dizem as Escrituras "É muito mais fácil observar o cisco no olho do teu irmão, que reparar na trave que está no teu próprio olho".
E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.
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