25 fevereiro 2015

416 - Vergonha ou músculo.

Já estou habituado - e presumo que a generalidade dos portugueses esteja - com o nojo da "política" e dos "políticos", que vislumbram o argueiro no olho do vizinho e não reparam no fueiro que está à frente do seu. Infelizmente este cancro que se vislumbra a nível nacional, transmite-se  também para a politiquisse caseira ou a nível local. Caldas das Taipas não foge à regra, ou melhor dizendo, por vezes foge, suplantando uns furos acima a média nacional.

Se tivermos a paciência de assistir às AF, em algumas delas poderemos assistir a estes exemplos, que me causam consternação e tristeza. Quando transvasam para outros locais a coisa fica grave e então, quando chega à capital do Reino e naquela que se convencionou chamar de "Casa da Democracia", nem falemos. Uma representação da AF de Caldelas, foi recebida pelo Grupo de Trabalho de Educação Especial da Assembleia da República, no sentido de alertar aquela Comissão para a falta de professores de Ensino Especial no Agrupamento de Escolas das Caldas das Taipas. Interveio o representante da AF e os membros da Comissão e as pessoas entenderam-se. Uns defendendo o Agrupamento, outros prometendo questionar o Governo desta pretensão e outros, lembrando que as coisas estão difíceis, mas que iriam ver...

Teria terminado esta minha colocação que seria de congratulação pela promessa que o problema - leia-se, a falta de professores e o aumento de alunos de Ensino Especial - seria colocado ao Governo para esclarecimento/resolução. Assim seria, não fora uma intervenção não programada e a sua completa dessintonia com as intervenções anteriores. Houve quem, vá lá saber-se porquê, fizesse tábua rasa da aprovação da AF e pusesse em causa o profissionalismo dos professores e do Agrupamento. Mas enfim: cada um sabe as linhas com que se cose.

E eu vou andando por aí e. por simpatia, também vou assobiando.

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