06 janeiro 2017

467 - Água, pedra, calhau.

Foto: Google.
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

O meu amigo Lima Pereira partilhou na sua página do Facebook, uma publicação com o título acima. Este provérbio faz parte da sabedoria popular e lembro-me dele desde . . . que me lembro. E lembro outros, alguns deles mesmo populares e com alguns erros, como p.e. aquele do "Prato ruim não cai abaixo do louceiro", o "Quanto mais me bates, mais gosto de ti" o "A cavalo dado não se olha ao dente" e ainda o "Vozes de burro não chegam ao céu".

As "relações" da junta de freguesia com a câmara municipal de Guimarães são das coisas mais disparatadas a que tenho assistido neste sessenta e dois anos de vida.
Uma coisa é o reivindicar, com polimento e respeito pelas instituições - no mínimo, congéneres - para que a nossa freguesia tenha o que necessita e que seja, materialmente, possível. (Repare-se que não digo politicamente possível). Outra é estar sempre com quatro pedras na mão, saber que não tem competências materialmente possíveis, para fazer determinadas coisas e que depois, quando elas aparecem, se arvorem em "construtores", quando o não são. Aliás, muitas das vezes, são "obstrutores", apesar de apelidarem os outros de travão e outras merdisses que tais.

Quem tem o trabalho e a chatice de me ler, sabe que não morro de amores pelas últimas juntas da nossa freguesia; e que, ao contrário, simpatizo com o executivo concelhio. Tais - desamores e simpatias - não me impedem de pensar pela minha cabeça. Assim estou à vontade para parafrasear o Almirante Pinheiro de Azevedo, com um ligeiro retoque na sua frase: "Não gosto de ser enganado, é uma coisa que me chateia, pá." E completaria com outra frase sua: "É apenas fumaça".

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.


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