07 fevereiro 2007

19 - A I.V.G.

Francamente, peço imensa desculpa do que vou escrever, mas ando farto do aborto e da interrupção voluntária da gravidez. Sou obrigado a mudar constantemente de estação, porque não posso ver/ouvir, as senhoras e os senhores, a vomitaram sins e nãos. É que todas as campanhas e todas as sessões de esclarecimento, só contribuem para me baralhar e deixar tudo na mesma, para não dizer pior.
Numa iniciativa da Associação/Jornal Reflexo, foi organizado no Salão dos Bombeiros das Taipas, um debate sobre a pergunta que, no próximo dia 11 de Fevereiro, se colocará a todos os portugueses.
Nesta sessão que, creio, se pretendia fosse de informação, os quatro intervenientes no painel, mais uns tantos na plateia, proporcionaram uma acalorada discussão, defendendo os seus pontos de vista que, para quem lá foi para se informar, pôde dar o seu tempo por perdido.
No painel convidado, a obstetra e o filósofo, um por cada alternativa, com posições extremistas, nada acrescentaram para o esclarecimento dos presentes. Por um, ficamos a saber, que interromper voluntariamente a gravidez até às dez semanas e matar os utentes dos asilos é a mesma coisa. Pelo outro, partindo do campo das teses defendidas pelo adversário, a bolota, pelo simples facto de advir do carvalho, será sinónimo de madeira para fazer soalhos.
Do muito público presente e quando se passou à colocação de dúvidas à mesa, tais não surgiram, pois salvo uma ou duas excepções, os intervenientes, ao contrário de fazer perguntas, defendiam e atacavam, o sim e o não.
Este tema é demasiado importante e melindroso, para andar a ser tratado da forma que anda.
Sou adepto, do “Pimenta na(o) boca dos outros é refresco”. Cada caso, é um caso. Cada consciência, é uma consciência. O filho(a) dos outros, não é o nosso(a) filho(a).
Penso que poucas vezes, desejei tanto uma segunda-feira, como a de 12 de Fevereiro. Para ver se deixam de me azocrinar a paciência, que, também a minha, tem limites.

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