01 março 2007

22 - Os cargos e as gentes...

Num dos Blogs que falam das Taipas, neste caso concreto no "pcptaipas.blogs.sapo.pt", saiu um comentário no dia 16 de Fevereiro, que, com a devida vénia, passo a transcrever:
"Se um dia destes o seu senhorio lhe bater à porta, ameaçando com acção de despejo caso Você não entregue o edifício arrendado imediatamente, não se deixe intimidar ainda que o dito se faça acompanhar por presidente de junta, cujo papel não se sabe se é o de autoridade, se é de guarda-costas amigo, ou beneficiário de projecto prometido."

A 21 do mesmo mês, nova notícia no mesmo blog e, presumivelmente, relacionada com a anterior. Passo a transcrever:

"CONTO DO VIGÁRIO
Dizem-me que o tal presidente de junta, que sem vergonha mas com enorme lata, age como um regedor do antigamente, ameaça as vítimas com o papão da polícia municipal. Não se deixe amedrontar, embora ele insinue que está a agir com conhecimento e consentimento da câmara, é mentira. Se ele ou quem o acompanhe exibir um envelope timbrado da câmara (nunca mostra o que tem dentro!) não caia na esparrela - é apenas uma modalidade diferente do velho conto do vigário. Mande-o àquela parte."

A cor das letras, bem como o texto, é da responsabilidade do(s) seu(s) autor(es).

Amiudadas vezes, ouvimos e lemos, afirmações e frases, proferidas e escritas, por gente ligado a cargos políticos e/ou públicos, que ficamos sempre na dúvida, se as proferem, na sua qualidade de simples cidadão ou de detentor de cargo.
Temos de ter cuidado e tentar decifrar, ao ler/ouvir certas coisas, em que posição as mesmas são proferidas. Por outro lado, com muito mais cuidado, os responsáveis devem ter a honestidade intelectual, em não deixar dúvidas sobre a posição em que as proferem. Mais, por força dos cargos, devem abster-se na linguagem.

Exemplo disto é o senhor Alberto, que passa a vida a proferir atoardas contra os seus colegas políticos. Ontem era o senhor Silva, o senhor Mendes e outros que tais. Hoje é o senhor Pinto de Sousa e amanhã será um outro qualquer. Mas os senhores Silva e Mendes, já deixaram de o ser, quando lhe deu jeito. Estes impropérios vindos de cima ((leia-se (alguns) governantes, deputados, presidentes de camara, de junta e por aí fora)), que no e por, força dos seus cargos, dizem tamanhas atoardas e baboseiras, são um mau exemplo, para o cidadão comum que, sem responsabilidades além das de ter nascido, esse sim, se tolerará que as profira. Já o escrevi e disse, no tempo em que frequentava as assembleias de freguesia e reuniões públicas de Junta, que os políticos devem baixar do pedestal em que se auto-colocaram e servir o povo, razão única da sua existência. Se não há povo, se ninguém depositar o papelinho na urna, não há cargos, logo não há políticos para os ocupar. Há alguns exemplos na politica e dos politícos, que ou são banidos rapidamente do nosso quotidiano, ou então, a breve trecho, acabam os politicos, os cargos, os tachos, os eleitores e as gentes sérias.

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