07 outubro 2016

457 - Ainda A Pensão Vilas.

Nunca tive pretensões - até hoje, o que não quer dizer que não possa vir a ter - de fazer parte dos órgãos autárquicos da nossa freguesia. Se as tivesse tido e se algum partido me incluísse em lugar elegível, cumpriria a minha obrigação de estar presente na Assembleia de Freguesia (AF) de hoje e teria um osso duro de roer. Colocado perante a questão do ponto da Ordem de Serviço (OS), da tal votação da venda da Pensão Vilas, teria muitas dúvidas da forma como iria levantar o braço.

Perante a inércia e a falta de capacidade da junta de freguesia (JF) em construir o prometido Lar de Idosos, com quatro vagas garantidas para as pessoas carenciadas, seria obrigado a ver com bons olhos qualquer iniciativa para desamarrar o nó em que a junta se/nos colocou. Sim, porque retirar das receitas cobradas aos contribuintes uma verba mensal de três mil euros, em prejuízo de outras iniciativas, é muita massa para quem tem receitas quase nulas. Depois, dar à exploração o bem proveniente dessa mensalidade cobrada aos contribuintes, é outro nó. Seguidamente não ver a obra a crescer, apesar das promessas renovadas de que estaria quase a ficar pronta, é mais um nó. Como os nós são muitos e estão muito atados, agora chutam a responsabilidade de o desatar para uma AF a quem, o executivo, sempre se recusou a dar explicações formais e corretas, do modo como a coisa se estava a processar. Ouvi em algumas AF o executivo, quando interpelado sobre o andamento das obras, dizer para ir "perguntar à ADIT".

Agora a AF vai ter de se pronunciar sobre um assunto que sempre lhe foi colocado à margem. Vai ter de escolher entre continuar tudo na mesma ou dar mais um passo, que se pode tornar a curto prazo noutro nó. Sim. Porque segundo o jornal da vila, o empreiteiro queixa-se que a ADIT lhe não pagou a obra feita; a ADIT vai pagar à freguesia o dinheiro investido e o resto ao investidor; a ADIT tem de dar continuidade ao Lar. Já escrevi que não tenho motivos para duvidar da bondade das pessoas que fazem parte da ADIT, mas nada me garante que a associação tem recursos para acabar o Lar. E se não tiver? E se a coisas se complicarem e não conseguir construir o Lar? Como vai ser? 

Felizmente que não faço parte da AF. Mas não invejo a posição de Cândido Capela Dias (que segundo o jornal da vila, vai regressar ao plenário) nem dos elementos do PS. Sim, porque a freguesia vai perder património. Parece-me que CDU e PS estarão encurralados, no nó que outros deram.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

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