Foto: Facebook NE25A |
Assisti no passado dia 24 na nossa ESCT ao colóquio organizado pelo Núcleo de Estudos 25 de abril, com o título Cidadanias-2016 - O regresso às Origens. Com os convidados Vasco Lourenço, Rosado da Luz e Adelino Gomes. Os primeiros, elementos da Associação 25 de Abril e do Movimento dos Capitães. O terceiro, jornalista presente nas movimentações militares do dia 25 de abril de 1974.
Cada um à sua maneira relatou casos vividos por si naquele dia. Partilho aqui algumas afirmações que achei curiosas.
Vasco Lourenço afirmou que uma das causas que leva os oficiais do Quadro Permanente a movimentar-se se deve a "quando sentimos que nos estão a mexer no bolso, que estamos a ser prejudicados, reagimos".
De Rosado da Luz, responsável pelos contactos com Salgueiro Maia, no Carmo, retiro que quando Salgueiro Maia se preparava para abrir fogo, aparecem dois indivíduos, completamente à margem do Movimento, que conseguem desbloquear a situação.
Por fim Adelino Gomes. Descreve a Conferência de Imprensa de Salgueiro Maia, de costas voltadas para o Quartel do Carmo e a 50 metros do inimigo, que ainda se não tinha rendido e que afirmava aos jornalistas que o Movimento tinha do seu lado todas as viaturas blindadas do Exército Português. A seu lado um Alferes acrescenta: "E temos o Povo."
Porquê estas partilhas? Por nada de concreto. Apenas quando sentimos que nos estão a mexer no bolso, reagirmos; donde menos se espera, surgem as soluções para problemas que parecem insanáveis; e podemos ter tudo, mas ter a razão do nosso lado é fundamental.
E eu vou andando por aí e, pode ser que um dia destes, faça um desenho...
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