21 outubro 2016

459 - Ainda . . . Partilhas ao acaso.

Por direito próprio - e não por inerência de qualquer cargo que ocupe - participei na última Assembleia Geral (AG) da Taipas Turitermas (TT) que tratou, entre outros pontos, da Eleição dos membros dos órgãos sociais não nomeados pela Câmara Municipal de Guimarães (CMG).

Porque estava lá na minha qualidade de acionista ou cooperante/cooperador, estava sem qualquer responsabilidade e sem a obrigação de defender interesses além dos meus. É uma responsabilidade com a qual posso arcar sem qualquer medo, pois respondo apenas perante mim próprio e não por qualquer entidade coletiva, seja ela associação, empresa, instituição ou autarquia. Por isso a minha posição na AG apenas a mim diz respeito e, nela, posso defender o que acho bom para mim, para a cooperativa, para a freguesia, ou para o país e, por outro lado, posso criticar o que acho estar mal, sem estar a pensar se isso será politicamente correto ou não, ou se estarei a interpretar os anseios dos meus representados.

Assim, da mesma forma que votei em determinado sentido as deliberações da AG, poderia tê-lo feito no sentido oposto, sem precisar de "pensar duas vezes". Mas outros há que mercê da sua participação na AG "por inerência do cargo" têm de pensar duas(?) vezes antes de se manifestarem em determinado sentido, porque representam um coletivo e não a si próprios. Não gabo a sorte dos representantes pois podem errar e, posteriormente, serem chamados à pedra, pelo seu representado. Ou não? Será que alguém pode representar alguma instituição e pensar apenas em si, esquecendo o que interessaria ao coletivo?

Vou ser mais claro: Será que o representante da Freguesia de Caldelas, estaria a pensar na freguesia quando, na Assembleia Municipal votou contra a injeção de capital por parte da CMG na TT, para que esta pudesse completar os melhoramentos a que se propõe? Ou, antes pelo contrário, pensou apenas no seu partido e para agradar a este, votou desfavoravelmente que a CMG "metesse" dinheiro na TT, para esta conseguir fazer as obras que todos(?) reclamamos há tanto tempo?

Vai sendo tempo dos representantes deixarem de olhar para o umbigo e pensarem na qualidade de vida - entre outras coisas - dos seus representados.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

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