25 dezembro 2016

464 - A todos um Bom Natal . . . p'ra mim.

Não sou adepto das frases feitas e ditas/escritas sem grande sentido, mas sou, por outro lado, acérrimo defensor dos - BONS - usos e costumes. Assim quando nestes dias mando alguma sms via telemóvel a relembrar o Natal escrevo, normalmente, com o coração. Mas, para escrever a todas as pessoas que gostaria, passava horas agarrado ao telemóvel e, como tenho os dedos grossos, a iniciativa torna-se muito difícil. Assim vou socorrer-me deste sítio para o fazer.

Desejo que me possam acompanhar em muitos anos de vida todos aqueles de quem preciso. Egoísmo? Talvez. Mas não posso viver sem muita gente, não só a Família mas imensa gente. Quero ao meu lado para me apoiar: o meu Médico de Família, o Café do Tónio, o Augusto do Talho, o Pão da Padaria, os Mercados Tradicionais ou não, a casa daqueles onde bebo uma cervejinha depois da caminhada ao AvePark. Das pessoas por quem passo na rua e - mesmo não andando em campanha eleitoral - os saúdo e me saúdam; daqueles que me cedem passagem na passadeira e daqueles a quem eu cedo passagem e não se passeiam na passadeira; daqueles que não me agradecem por ceder passagem nos cruzamentos e daqueles que, não querendo facilitar a circulação, não me deixam passar e param em cima do cruzamento; daqueles que, estacionando em cima do passeio, impedem a minha passagem quando peão.

Preciso de toda a gente, mesmo daqueles de quem não gosto, quanto mais não seja para os poder criticar. Ah e gosto das Taipas. Gosto mesmo muito das Taipas. E por isso também gosto daquelas e daqueles que a preservam; que a tratam como se de sua se tratasse, mas que nunca esquecem que É DE TODOS; que tratam e cuidam das Associações e Instituições, como se fossem suas, mas apenas a pensar no bem comum que elas proporcionam.

Quero todos a acompanhar-me por muitos e muitos anos e, quando for desta p'ra melhor, quero que os poucos que forem ao velório se lembrem das coisas boas e más que fizemos: das asneiras da primária; das viagens a carregar livros para Guimarães; dos Psictos, dos Cajas, do GAAT e do CART; das Provas de Perícia; do Campeonato Regional de Iniciados de Automóveis de 1980; dos Torneios de Futebol de Salão do CCTaipas e do CART; da passagem pelo Externato Carvalho Araújo; da "Nova Oportunidade" que me deram na ESCT; dos maiores de 23 da UM; da Ciência Política da UM; das diversas Associações; da passagem (mas não da expulsão) dos Bombeiros; das Empresas onde trabalhei. Já viram a conversa de velório que isto dava? E do pessoal do teatro, quantas histórias a contar!!! E dos Reis mal cantados e bem comidos? E do murinho da GNR? E das noites a dar cabo da cabeça do Piteco?

Bem, espero que o Padre Agostinho seja condescendente quando presidir ao cortejo que me há-de levar para aquele sítio onde ninguém quer ir e ficar, mas se imponha e não deixe o povo portar-se mal. Pode contar com o Delfim, para o ajudar.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando. Feliz Ano Novo.

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