11 setembro 2007

45 - Ainda o Folclore das Motas

Um Amigo meu, daqueles com A grande, tipo Rui Piteco, perguntou-me se não escrevia sobre o tema actual: As afirmações do representante da Junta de Freguesia, sobre as pretensões autonómicas.

Respondi-lhe que temas destes (confusões e afrontas) não são novos para mim e, rectifiquei-o, dizendo-lhe que esta posição veiculada pelos jornais de Domingo e de hoje, não são as do presidente da Junta, mas sim, DA JUNTA, pois, este orgão é colegial e as decisões são tomadas por maioria.

Relativamente ao concelho, curiosamente, escrevi um texto no REFLEXO, com data de 01 de SETEMBRO de 2000, do qual , abaixo, reproduzirei parte. Essa era a minha posição fez agora SETE anos, que, curiosamente, mantenho.

Para quem tiver paciência, passo alguns excertos:


(...)
4 – Taipas a concelho.
4.1 - Ângelo Manuel "O Campelos das Taipas":
Quer pela sua intervenção na última assembleia de freguesia, quer ainda pelas notícias vindas a lume, ultimamente, na comunicação social do concelho e mesmo nacional, a redacção decidiu conversar com Ângelo Manuel Ribeiro Freitas, que se auto-proclama defensor acérrimo do concelho das Taipas. Pese embora, não querer divulgar os restantes elementos que o compõem, diz-se membro activo do movimento que quer elevar Taipas a concelho, para cuja sigla escolheu M TAC. Não vou dissertar sobre o movimento, nem se será ou não oportuno o seu lançamento e se terá ou não, pés para andar, mas não resisto a comentar o assunto em alguns pontos:

4.2 – M TAC, ou movimento cívico?
Penso – e tenho esse direito porque sou tão taipense como o Ângelo Manuel e como todos os que, eventualmente, poderão estar por trás dele – penso, como dizia, é que o lançamento do movimento, foi um pouco precipitado e, digo eu, antes de um movimento pró qualquer coisa, deveríamos criar, isso sim, um movimento de reflexão, sobre as Taipas – e já o disse ao Ângelo, no final da Assembleia de Freguesia em que ele se deu a conhecer como o colocador dos panos. Se calhar, estamos a precisar todos, de analisar com serenidade e de debater como taipenses, o que somos, o que queremos e para onde vamos. Está provado que não são as intervenções esporádicas do presidente da nossa Junta, em Assembleias hilariantes, com deputados indefesos, que se resolvem os nossos problemas. Eles – Junta e Assembleia – é que deveriam, efectivamente resolver os nossos problemas, porque nós, elegemo-los para isso, mas não se mostrando capazes, pode e deve, ser a população a tomar nas suas mãos, a resolução dos problemas. Só temos duas maneiras para o fazer: substituindo-os nas próximas eleições, - que não estão tão próximas quanto isso - ou então, criando um movimento cívico de reflexão. E todos juntos, Assembleia, Junta, Associações e povo anónimo, vamos debater as questões e analisar se as pessoas instaladas no poder, poderiam e deveriam ter feito mais alguma coisa por nós.

4.3 –M TAC. Será para durar?
Não vejo com grande esperança o lançamento deste movimento. Já o disse há mais de um mês ao Ângelo Manuel e já o repeti em mais duas ou três conversas, que tivemos sobre o assunto. Mais, preveni-o para ver bem quem está com ele. Alertei-o, para ter cuidado, para o nome das Taipas – que tanto quanto eu, sei que ele muito preza – não saia achincalhado, para defender interesses de alguns que estão na sombra e, não os conhecendo, não sabemos com que interesses se servem da luta do Ângelo Manuel.

4.4 – M TAC. A culpa é dos partidos.
Ainda não analisei convenientemente se quero que Taipas seja concelho. Porventura, nem tenho conhecimentos económicos ou políticos, para saber se temos ou não condições para ser concelho. Não sei se as freguesias vizinhas estarão com o M TAC, ou não. Só sei uma coisa: Sou de opinião que a Câmara de Guimarães e os partidos da oposição, nomeadamente o PSD e o PP, não olham para as Taipas da forma que deveriam olhar. Nem têm respeito por nós. A Câmara, porque pouco faz pela freguesia. O PSD, pelo pouco respeito com que nos tratou nas últimas eleições autárquicas, ao deixar a escolha do candidato à nossa Junta, para a última hora. O PP, porque pela voz dos seus dois militantes mais destacados – os advogados Agostinho Pacheco e Luís de Melo – manifestando um total desconhecimento das nossas gentes, não querem que as comodidades e o progresso, se instalem na nossa terra.

4.5 – M TAC. Minha conclusão final.
Que me perdoe o meu amigo Manuel Campelos das Taipas, mas parece-me que para as Taipas ser respeitada, como temos direito, os últimos dois meses da sua actuação, foram, no mínimo, precipitados.
(...)

"In Jornal REFLEXO - O Espelho das Taipas, a 2000/09/01"


Dado que até esta hora, os restantes elementos da Junta, não se demarcaram da posição do presidente do órgão colegial, podemos, presumir, que estão de acordo com a posição. Aliás a nível do PSD, o presidente da concelhia, disse numa rádio local, que aponta "...para uma câmara mais atenta...". Qual? A de Guimarães ou a do concelho das Taipas?

Eu, vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

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