18 outubro 2014

404 - A sociedade civil está bem viva . . .

Foto: Google.
Ontem ao final do dia, abri o RFXDigital e deparei com esta notícia. Por acaso repararam quantos jogos de diversas modalidades, se vão desenrolar nas Caldas das Taipas ou fora delas, mas em que intervêm equipas das Taipas?

Já repararam quantos jovens se vão movimentar? E já pensaram quantas pessoas trabalham no dia a dia para que haja toda esta movimentação?

As associações e todos aqueles que pugnam pela sua manutenção, substituem-se aos poderes públicos, para dar qualidade de vida às populações. E depois ainda vêm para aí com tretas de que a sociedade civil, mais isto e mais aquilo!

As associações deveriam ter o carinho dos poderes instituídos e estes deveriam beijar o chão que os seus dirigentes pisam . . . e não, como se vê muitas vezes, tentar pisá-los.

E não estou a falar apenas em associações desportivas e/ou culturais. Não. Estou a falar em Associações.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

06 outubro 2014

403 - Por quem Deus . . .

Não tivesse sido roubada tão cedo (1976) e minha Mãe faria na próxima sexta feira qualquer coisa como 93 anos. Neste fim de semana - como em muitas outras ocasiões - lembrei-me dela e recordei duas frases que ela usava habitualmente. Uma, quando eu lhe pedia alguma coisa que ela não podia dar - porque naquele tempo os filhos pouco ou nada pediam aos Pais - dizia para eu repetir com ela:
 - Diz assim: Do que Deus, me há-de livrar! - e finaliza com um "Pronto agora já não te posso dar".

Outra, mais frequente e por muitas razões, sempre que alguém recomendava a outrem que fizesse alguma coisa, que ele própria não fazia ou não fez, costumava dizer:
 - Por quem Deus, nos manda avisar . . .

Pois é. Ontem ao assistir a uma Alta Intervenção nas Comemorações da Implantação da República, não deixei de lembrar minha Mãe: Por quem Deus, nos manda avisar . . .

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

02 outubro 2014

402 - As notícias e os noticiadores

"Quem está ali para ser ouvido é o entrevistado. Por vezes, irrita-me a forma como o entrevistador se serve do entrevistado meramente como uma simples cobaia que permita esclarecer o mundo sobre a maravilha do ser humano e a extraordinária capacidade interpretativa do mundo que esse mesmo entrevistador tem. Há um limite de bom senso que, por vezes, considero que é ultrapassado, sobretudo quando o jornalista considera que é ele a estrela do programa e não o entrevistado".
José Azeredo Lopes, ex-presidente da ERC - TV Notícias 04/04/2014.

Anotei este parágrafo num papelinho, como muitas vezes anoto muitas coisas, e hoje partilho-o convosco. E porquê hoje? Ontem, por razões familiares, passei o tempo do jogo do Benfica na Alemanha, a conduzir na A1. Queria saber como estava o campeão e tentei sintonizar uma emissora. A pesquisa calhou na Antena1. Para mal dos meus pecados o senhor que deveria estar a relatar o jogo era daqueles engraçadinhos que de jornalista não deve ter nada, pois passava o tempo com apartes, que ele pensava engraçados e devolvia a bola (leia-se microfone) a um comentador para ele dizer de sua justiça. No que se pretendia fosse o relato do jogo, este engraçado (julga ele), jornalista (pensava eu) deliciou-se em comentários pouco abonatórios e deselegantes para com os jogadores e treinador do Benfica. Depois de algum desespero consegui sintonizar a RR e então, por alguém profissional, consegui ouvir o relato do jogo.

Por isso, o papelinho de Azeredo Lopes, é actual. E não é só para esse engraçadinho da Antena1. Não, há muitos mais.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.