29 abril 2011

211 - O povo continua bravo.


“ao não colocar o doutor Teixeira dos Santos nas listas, o engenheiro Sócrates deu um sinal ao FMI que não tem confiança no ministro das Finanças e isto, julgo que ninguém disse, é algo extremamente grave”.
Disse Paulo Rangel.

Para ser membro do Governo não é preciso ser-se deputado. Nem tão pouco ser candidato a. Nem ser cabeça de lista pelo círculo A em detrimento do B. Não. O PR convida o partido mais votado a indicar um PM e este, nos dias subsequentes, apresenta os ministros e o programa de governo.
Para se ser eleito numero dois da hierarquia do Estado isso sim, tem de ser-se deputado, depois de constar das listas e finalmente ser eleito pelos seus pares e até, eventualmente, negociar com os outros partidos essa eleição.
Que me desculpe o senhor Paulo Rangel, mas o actual ministro das finanças não fazer parte das listas, ser falta de confiança para continuar ministro demissionário e para "troikar" é mesmo mais uma manobra de diversão. Ah, como outros e de outros partidos, diga-se.
Foto e texto citado: RR

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

28 abril 2011

210 – O povo anda bravo . . .



Oiço ou leio muitas vezes – e a maior parte delas com prazer – as intervenções do advogado António Marinho Pinto. Guardo até na memória, como uma das minhas preferidas, a entrevista que uma senhora jornalista da TVI lhe fez, faz tempo, e ele não se amedrontando à sua forma agressiva de “entrevistar” a reduziu aquilo que muita gente já deveria ter feito. No entanto, quando li que ele disse que não votaria nas próximas eleições não concordei, porque acho que não nos podemos alhear das nossas obrigações.

No entanto, entendo essa sua afirmação como um desabafo, mercê do escárnio com que, diariamente, os políticos nos presenteiam. Donos e senhores do Mundo vomitam boca fora, tudo o que lhes apetece, sem cuidar minimamente do que e como dizem. A culpa é sempre dos outros e passam a vida a atacar e contra-atacar o adversário, sem se importarem minimamente com quem os elegeu e com o País que estão a destruir.

Há dinheiro ou não? Estamos na bancarrota ou não? Há projectos para o País ou não? Diariamente somos confrontados com atoardas e baboseiras de pessoas que são pagas para ser responsáveis e que se desresponsabilizam com uma facilidade e desfaçatez incompreensível. Por este sentimento de revolta que me atrapalha diariamente, até compreendo a proposta de Marinho Pinto.

É como a ordem para poupar nas empresas financiadas pelo Estado, ou seja pelo povo. Porque a RTP manda para Inglaterra, com dias de antecedência, não sei quantos jornalistas para “cobrirem” um casamento, quando poderiam “aderir” às imagens dos outros? Para proporcionar férias com ajudas de custo, a meninos e meninas, que nem notícias sabem ler.

Foto: Goggle.
E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

10 abril 2011

209 - Responsáveis anárquicos.

Lanço amiudadas vezes "um certo olhar" no blogue de Casimiro Silva. Faz parte aliás da cerca de uma vintena que se perfilam do lado esquerdo do meu computador, sendo um dos poucos fora das Taipas. Acabo de ler a sua última colocação que aborda o editorial do Reflexo e a entrevista do representante da CMG na Taipas-Turitermas. Casimiro Silva comenta algumas das afirmações de Ricardo Costa e termina com uma frase que me deixa dúvidas: " (...) Ricardo Costa, (...) não deixa de avisar os responsáveis anárquicos que devem continuar a olhar atentamente para (...) Caldelas."


Também eu li a entrevista a que alude Casimiro Silva. Também eu a achei interessante e com respostas claras e objectivas chamando as coisas pelo nome. O numero um daquela lista que eu escrevi na altura própria, que era a melhor para as Taipas, mostra determinação e tendo, como tem, o apoio de retaguarda do maior accionista da cooperativa, estão criadas as condições para fazer crescer o património desta e, por tabela, dar um safanão nas Taipas.

Só uma coisa não percebi: Casimiro Silva queria escrever "responsáveis autárquicos" e bateu mal nas teclas, ou seria mesmo "anárquicos"?

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

06 abril 2011

208 - Termas e cutelarias sim.


No suplemento "JNCidades" de ontem numa rubrica sobre Economia, vem um texto sobre as cutelarias das Caldas das Taipas, assinado pelo n/ conterrâneo Delfim Machado, a quem aproveito para dar um abraço público e desejar-lhe as maiores felicidades, na nobre e difícil actividade de informar. No texto que fala sobre cutelarias, é entrevistada a presidente do Conselho de Administração da Herdmar e o presidente da junta de Freguesia de Caldelas.


Lido o texto - ou não fosse ele sobre as Taipas - retiro parte das frases atribuídas a Maria José Marques:

"Para temperar os aços (...) é necessário água. E a água, aqui das Taipas, pelo facto da existência das Termas, tem umas características (...) boas para a produção de talheres(...)". Tenho manifestado neste blogue a minha indignação, por existir nas Taipas uma corrente, quase que uma necessidade, de apoiar a actividade termal ou a cutelaria, como se ambas não pudessem e não devessem coexistir. Ficamos a saber, por este texto, que uma até é benéfica para a actividade da outra.

Lembro-me de nos anos sessenta e setenta, assistir à passagem dos aquistas para os balneários termais e dos cutileiros para as fábricas, sem se atropelarem ou uns passarem por cima dos outros. Uns mais escuros pelo pó do trabalho e outros mais brancos pelas maleitas ou pela ingestão da água, cruzavam-se sem se estorvarem. Hoje em dia alguns "defensores" duma ou doutra actividade, só a léguas.


Não sei se com intenção ou sem ela, a Zé Marques deu o exemplo, não só da possível convivência, mas até da necessidade dela. E todos os Taipenses dignos desse nome assim devem pensar, porque essa história do quanto pior melhor, só interessa aos incompetentes.


E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.