30 agosto 2021

548 - Ajudando a... perceber cada vez menos (ii)

Antes de começar este segundo comentário, faço um aviso à navegação: nas últimas autárquicas apoiei e fiz parte da lista do Partido Socialista à Assembleia de Freguesia de Caldelas - Caldas das Taipas e, por proposta do Presidente de Junta, fui eleito pela Assembleia para membro do Executivo. No entanto, continuo a ser um cidadão livre e independente, não tenho nada a ver com qualquer partido a nível local, concelhio, distrital e, obviamente, nacional. Daí que, as coisas que se passam nos partidos, vejo-as como espectador e posso discordar delas, sem dever fidelidade ou encarneiranço, seja a quem for. No entanto, tenho as minhas simpatias partidárias e, dentro dos partidos, pessoais.

Temos assistido, nestes últimos quatro anos, a uma política radicalmente diferente dos reinados anteriores. O arremesso sistemático de pedras e pedregulhos, foi substituído por urbanidade, diálogo, reciprocidade e respeito. Sem deixar de "negociar" entre iguais - e percebendo as devidas dimensões - este executivo tem levado a água ao seu moinho.

Seria interessante verificar as diferenças entre 12 e 4, ou seja, entre os doze anos que antecederam os últimos quatro. Há respeito recíproco entre duas entidades e os entendimentos são conseguidos, a bem da freguesia e do povo que nela habita.

Apenas mais um parágrafo, que o texto já vai longo: alertaram-me para as palavras de alguém que terá dito que o atual Presidente da Junta se serve do lugar para que foi eleito, para colher benefícios para si próprio. Sobre isto, questiona-se: A profissão/ocupação de Luís Soares fica beneficiada com o cargo de Presidente de Junta? Tem alguma empresa que possa fornecer bens ou serviços à Freguesia? Precisa de contactos (mercê da sua eleição) para conseguir benefícios noutras entidades para si próprio? Não vejo a ligação. E, a quem diz as verborreias acima citadas, deve-se perguntar: então o homem é deputado da Assembleia da República e as funções de presidente de Junta é que lhe dão notoriedade?


E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando. 

26 agosto 2021

547 Cada vez percebo menos.

Foto: QV
Sei que estas coisas que vou para aqui garatujando não interessam nem ó Menino Jesus, daí que, escrever qualquer coisa é como "fazer o bem" nas palavras do meu primeiro patrão. Curiosamente terminei a vida ativa de quatro décadas, com o neto desses mesmo primeiro patrão que, entre a amizade, respeito e muito mais, me legou também um quadro, com letras gravadas na madeira. José Rodrigues Guimarães, a quem muitos chamavam acrescentavam "Figueiredo" dizia:
Fazer mal não, que é pecado. Fazer bem, é perder tempo.

E o porquê de me recordar da frase do quadro que mantenho em casa? Se trocar algumas palavras, a frase poderia ser: Concordar com mentiras não, que é pecado. Desmascará-las, é perder tempo. Ou como soe dizer-se: é dar pérolas a porcos.

No entanto, perante a grande onda de desinformação que se espalha por todo o lado, sem custos para o utilizador, não resisto a colocar em reflexão, algumas das mentiras que p'ra''í andam. Fá-lo-ei em próximas garatujadas, mas gostava que os meus amigos fizessem um exercício mental, tipo sudoku ou palavras cruzadas, sobre a verborreia que por aí gravita.

Gente que saiu do armário, como se nunca lá estivesse; gente que não mexe uma palha e depois diz que carregou um camião de bois com centeio; gente que sempre ofendeu e blasfemou e agora defende e louva as mesmas pessoas; gente que nunca esteve interessada e agora diz que muito/sempre se interessou.

Nestas questiúnculas tudo serve para denegrir, para atacar e para ser juiz em causa própria e ofendido em causas que são de outros.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.