25 março 2010

160 - Ao homem dos patins.


O meu amigo Nuno, num comentário à minha mensagem 156 de 28 de Fevereiro, disse que gostaria de saber a minha opinião sobre a propalada instalação de mais um posto de abastecimento de combustíveis nas Taipas. Não respondi ao seu comentário, porque por defeito nunca comento comentários. Fazendo-o resvalaria para situações que leio noutros locais bem respeitáveis, mas que mais parecem uma peixeirada.

Todavia o respeito que tenho por ti - e pela tua família apesar do Pai Francisco me ameaçar com prisão por causa dos patins - faz com que torne pública, a resposta que recebi da Direcção Regional do Norte em 9 de Dezembro de 2002, a um e-mail por mim enviado em 21 de Novembro e confirmado por essa DR em 25 do mesmo mês.

Curiosamente, houve uma sessão pública na junta de freguesia, depois de eu já ter a resposta por e-mail, onde a junta da nossa freguesia foi alertada para essa situação e disse que iria instar as entidades competentes sobre o assunto.

Como vês não ando a dormir e quando acho que devo intervir pelas Taipas, faço-o e não ando a abanar sinetas e campaínhas em gabarolices. Mas desta vez, o caso atingiu tal mediatismo parolo, que nem me meto.

E . . . entretanto . . . vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

19 março 2010

159 – A Lei da Rolha


Nesta última semana, na imprensa e não só, muito se tem falado da Lei da Rolha. Não sei se estará alguma corticeira associada a esta promoção, mas a publicidade a esse objecto tem sido muita. Quase todas – todas? – as vozes manifestam a sua indignação sobre este assunto: uns criticando a resolução aprovada no congresso de um partido – mesmo aqueles que a aprovaram – e outros dando exemplo de outros confrades que têm a mesma Lei na sua associação, apesar de criticarem esta.

Embora possa parecer politicamente incorrecto, eu também aprovaria a denominada Lei da Rolha, a muitas situações e não só nos dois meses anteriores à eleição do líder do partido. Se existisse uma rolhinha disponível durante o ano, eventualmente seriamos poupados a muitos dissabores.

Se a lei fosse aplicada nas comissões permanentes, que permanentemente nos invadem a casa, com as suas audições; Nos debates, eu diria tristes debates com que somos assoberbados na assembleia da república; Nas “declarações solenes” e as conferências de imprensa de alguns “políticos” convocadas por dá cá aquela palha; Nas confusões criadas por alguns senhores vítimas de “pressão”, etc etc e tal a dita cuja seria bem útil.

Também gostaria que os analistas e comentadores, que amiudadas vezes aparecem nos jornais e ecrãs da televisão, que estudaram nas mesmas universidades e nos mesmos livros, nos explicassem porque interpretam de forma tão díspar o mesmo assunto.

Não quero, como alguns estarão a pensar, a reposição da censura. Não, nem pensar. Só que seria escusado o 8 ou 80 a que estamos sujeitos.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

Foto: Images google

13 março 2010

158 – Os finos e as pressões.

.../.. (continua e conclui)

Para nos tentarem transmitir “o realismo” da situação, por vezes exageram nas perguntas e na forma como as fazem. A maneira como tentam “conduzir” as pessoas para darem a resposta que eles previamente acharam ser a mais “interessante”, não será uma forma de pressão?

Como são cidadãos privilegiados, aparecem nas televisões e até os senhores deputados os chamaram e a mais uma catrefada de pessoas, para verem se são verdadeiras ou não as suas pressões. Tomando como exemplo algumas declarações vertidas no CM e a forma como fala, indicam que a senhora Manuela se acha a pessoa mais importante e perseguida do mundo. Tudo gira à sua volta.

O “seu” jornal de sexta obrigou a conversas frequentes entre o CEO da Prisa e o presidente do grupo Impresa, entre aquele e o primeiro ministro de Portugal e entre este e o próprio Rei de Espanha. Realmente a senhora Manuela tem uma cotação enorme. Alguns dos senhores chamados à referida comissão, tiveram outras opiniões sobre o assunto.

Já quanto ao senhor Mário, encrespou-se porque lhe disseram que tinham ouvido, num restaurante, o primeiro-ministro dizer que era preciso arrumar com ele. Disseram-lhe que ouviram. A mim também me disseram, que ouviram um membro influente da freguesia, dizer que era preciso arrumar com este blogue, portanto estou esperançado, em que a assembleia de freguesia crie uma comissão, para verificar da veracidade dos factos.

Já não nos bastava alguns “políticos” terem fantasmas engraçados, como agora também alguns jornalistas se acham cidadãos de primeira. A esta hora, já muita gente pensou que o que faz falta é a “pressão nos finos” ou seja, na cerveja a copo.

E eu vou andando pior aí e por simpatia também bebo um . . . bem tirado.

Foto: www.cmjornal.xl.pt

09 março 2010

157 - Pressões


Dois jornalistas têm sido notícia nestes últimos tempos de antena televisivos, a fazer queixas sobre a pressão a que são sujeitos no trabalho. Para mim nada de anormal, pois neste país anda tudo pressionado: A senhora Manuela e o senhor Mário, os empregados, os empresários, os jogadores do Benfica, os procuradores e os inspectores. Todos sofremos pressões.

Não nutro simpatia pelo modo como a “política” se move em Portugal. Tive oportunidade de abordar neste blogue a 11 de Dezembro a saga das comissões. Agora reuniram-se por a D. Manuela ver o seu programa suspenso e por alguém ter dito ao senhor Mário, que teriam falado no seu nome à mesa do café. A do senhor Mário – pressão - foi ainda agravada por o Director dum jornal – que até se tratam por tu – não ter publicado um artigo qualquer. Mas estes senhores jornalistas que dizem ter sido pressionados, não estão preocupados com as nossas pressões, nomeadamente protagonizadas por estes mesmos jornalistas.

Eu, por exemplo, sinto-me pressionado pelas notícias que todos os dias nos vão entrando pela porta dentro. Mais do que as notícias, pelos critérios de as editar e “pôr no ar”. Vamos falar sobre três desgraças que surgiram nos últimos tempos: Haiti, Madeira e Chile. Para o Haiti deslocaram-se não sei quantos jornalistas de todas as televisões, quando poderiam passar as imagens das cadeias internacionais. Vão para lá, têm de ter condições para trabalhar e num País onde a comida escasseia, aparecem mais estas bocas para alimentar. No Chile, há-de passar-se o mesmo. Para a Madeira então, deslocou-se toda a fina-flor do jornalismo, para em cima da hora, das pedras e da água, nos fazerem sentir melhor o drama.

(Há-de continuar)
Foto: PT.EURONEWS.NET