19 março 2010

159 – A Lei da Rolha


Nesta última semana, na imprensa e não só, muito se tem falado da Lei da Rolha. Não sei se estará alguma corticeira associada a esta promoção, mas a publicidade a esse objecto tem sido muita. Quase todas – todas? – as vozes manifestam a sua indignação sobre este assunto: uns criticando a resolução aprovada no congresso de um partido – mesmo aqueles que a aprovaram – e outros dando exemplo de outros confrades que têm a mesma Lei na sua associação, apesar de criticarem esta.

Embora possa parecer politicamente incorrecto, eu também aprovaria a denominada Lei da Rolha, a muitas situações e não só nos dois meses anteriores à eleição do líder do partido. Se existisse uma rolhinha disponível durante o ano, eventualmente seriamos poupados a muitos dissabores.

Se a lei fosse aplicada nas comissões permanentes, que permanentemente nos invadem a casa, com as suas audições; Nos debates, eu diria tristes debates com que somos assoberbados na assembleia da república; Nas “declarações solenes” e as conferências de imprensa de alguns “políticos” convocadas por dá cá aquela palha; Nas confusões criadas por alguns senhores vítimas de “pressão”, etc etc e tal a dita cuja seria bem útil.

Também gostaria que os analistas e comentadores, que amiudadas vezes aparecem nos jornais e ecrãs da televisão, que estudaram nas mesmas universidades e nos mesmos livros, nos explicassem porque interpretam de forma tão díspar o mesmo assunto.

Não quero, como alguns estarão a pensar, a reposição da censura. Não, nem pensar. Só que seria escusado o 8 ou 80 a que estamos sujeitos.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

Foto: Images google

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