31 maio 2011

216 - Os canais entupidos.



Li um comentário publicado no sítio do “Amor às Taipas”, da autoria do Zé Maia de Freitas (acrescento o “de Freitas” para o meu amigo Daniel não ficar aborrecido comigo), sobre uma afirmação proferida numa assembleia de freguesia e à volta da qual, o autor do texto teceu várias considerações.
Cingindo-me ao entupimento do tal canal, uma teimosia que em rigorosamente nada beneficia as Taipas, antes pelo contrário, veio-me à memória algo do antigamente.
Todos (alguns) ainda nos lembramos da sorte das águas, quando os dias em que os homens que trabalhavam as terras, tinham direito às águas, para regar os campos. Por vezes alguns mais expeditos/manhosos/batoteiros, tapavam o canal/rego que servia o vizinho, para se aproveitar, ilegalmente, da água que naquele dia não era sua. Por vezes as contendas eram resolvidas com violência. Pois é. Como não se podia acorrer a outros canais de regadio, o problema era resolvido à força.
Hoje esse método não surte grande efeito, porque quando algum canal está estúpido, facilmente se arranja outro, desimpedido e por onde possa circular o precioso líquido.
Portanto mais vale que a teimosia acabe e, como escreve o Zé Maia Freitas, que o canal seja desentupido pois, fechado, não beneficia ninguém, antes pelo contrário.


E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

24 maio 2011

215 - As leituras entre linhas.

Há pessoas, cheias de boas intenções, que por vezes ao lerem o que outros escrevem, interpretam o que lêem duma forma diferente, do que o autor quis dizer/escrever e depois, dizem que leram nas entrelinhas. Ora, como todos sabemos, nas entrelinhas nada está escrito, portanto . . .
Vem isto a propósito de duas coisas: Uma pelo que escrevi na colocação anterior e outra pelo editorial do Director do Reflexo, quando fala da última Assembleia-geral do CART.

No primeiro caso o que escrevi é o que se deve ler e nada mais. Quanto ao segundo caso, algumas pessoas presentes na AG, manifestaram-me o seu espanto, pelo “tom” do editorial e atreveram-se mesmo a dizer que o mesmo me atacava. A essas pessoas disse e agora escrevo, que não me senti minimamente atingido pelo dito Editorial. As críticas do Alfredo Jorge à “(…) origem da convocatória (…) a quem “(…) assume o dirigismo (…)” a quem “(…) defende os interesses e princípios da colectividade (…)” obviamente não me poderiam ser dirigidas.

Aliás, o Alfredo Jorge seria das últimas pessoas a pôr-me em causa pela forma de conduzir as assembleias pois, comigo, fez parte da mesa da AG em duas associações e numa delas durante muitos anos e sabe da minha preocupação em que as mesmas sejam convocadas e conduzidas, dentro da legalidade, dos Estatutos e dos RGI das mesmas. E sabe, que a função do presidente da Mesa da AG de qualquer Associação, é defendê-la.

Portanto a todos aqueles que viram mais do que o que lá estava, só me resta agradecer-lhes a preocupação e aconselhá-los a fazer como eu, ou seja,
Andar por aí e, por simpatia, também assobiar. Ah e já agora, deixá-los pousar.

17 maio 2011

214 - A inauguração do Centro Pastoral.



Por compromissos assumidos anteriormente à sua marcação, não pude estar presente na inauguração do Centro Pastoral. Por acaso cheguei às Taipas em cima das quatro horas, o que me permitiria ainda por lá passar, mas como não estava vestido convenientemente e como não se deve chegar atrasado a cerimónias, não fui, com bastante pena minha.

No entanto, li no RFX Digital - e transcrevo com a devida vénia - uma parte do discurso do Reitor:


“Neste dia apetecia-me falar do tempo, fazer história, lembrar etapas. Apetecia-me falar de vozes, de ruídos, apetecia-me falar de constrangimentos, de vicissitudes e até de resistências. Apetecia-me justificar opções, referir orçamentos e recursos financeiros. Apetecia-me até dizer uns quantos nomes e até de chamar alguns nomes”.

Ó Padre Agostinho, como eu compreendo o desabafo . . . Quantas vezes me apetece "(...) chamar alguns nomes." Parabéns pela obra e acima de tudo pela ousadia e pelo acreditar da magnífica equipa que dirige.

Foto: RFX Digital

12 maio 2011

213 - Afinal quem manda.

Ouvi ontem numa rádio qualquer e hoje confirmei num dos sítios da RTP. O cabeça de lista do PSD pelo distrito de Vila Real e presidente do partido, disse - e está escrito em título no tal sítio - que, "Quem toma a decisão sou eu" contrariando Catroga no que ao IVA diz respeito.

Não estivessemos nós em Portugal e esta frase causaria admiração. O homem indicado pelo PSD, para acompanhar as negociações para a ajuda externa a Portugal, é desautorizado pública e energicamente, por quem lhe confiou(?) a representação do partido. Mas como diria esse mesmo negociador, isso são pentelhos.

O que já não é pentelho, mas sim mato grosso é ouvir esta gente toda. E que tal fazer-se uma proposta para se cortar a subvenção/comparticipação/moedas, para os partidos fazerem campanha - porque eles não a fazem é só insultos e desmentidos - e também aos senhores das mesas de voto? Poder-se-ia poupar umas moedas e grão a grão esvaziava-se menos o papo da galinha, se é que ainda o tem.


E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

05 maio 2011

212 - Os anúncios da crise. Crise? Qual crise?

O País anda suspenso das negociações da troika. Com Teixeira dos Santos segundo uns, com Silva Pereira, segundo outros e com Eduardo Catroga segundo ele próprio. Não estou curioso de quem está a negociar, porque seja eles quem forem vai sobrar para mim.

Agora o que é caricato, para não dizer outra coisa, é que depois do intervalo do Barcelona-Real Madrid, todos iriam estudar demoradamente as propostas e de repente, num programa de humor, segundo "O Público", o líder do maior partido da oposição, e que quer ser poder, anuncie que apoia as medidas negociadas e mal anunciadas.

Só estou curioso, para ver em que programa os restantes partidos vão dar conta da sua posição: No programa do senhor Goucha, no novo programa dos gordos ou no do senhor Castelo Branco em trajes da Selva.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.