29 abril 2020

531 - Organizem-se. Não percam a oportunidade de ajudar.

pt.slideshair.net
Todas as pessoas que, alguma vez, estiveram numa organização, sabem que a coordenação é fundamental em qualquer atividade, pelo que o "des" é perfeitamente dispensável e até nefasto. Um exemplo simples e que todos perspetivamos:
Criamos uma comissão de Festas ao Santo António. Somos dez. Primeiro problema. Há necessidade de fundos para colocar o rancho a tocar. Como fazer? Fácil. Vamos pedir dinheiro porta a porta.
Como estamos imbuídos de boa vontade e queremos fazer, naquela mesma tarde/noite quase todos saímos porta a porta, exceção ao Tónio que estava a trabalhar.
Aprazada nova reunião para daí a 15 dias eis o resultado:
 - Pá, assim não pode ser. Quando cheguei à porta do Zé Manel, sabeis o que ele me disse? - Porra pá, outro?! Já aqui estiveram seis a pedir pró mesmo. Organizai-vos.

Moral da história: falta de organização.
Resultados: todos a discutir com todos e... adeus que o rancho já não toca.

É assim na vida. Organização. Cooperação. Se não nos organizarmos - ou se não nos juntarmos a quem está/é organizado, cooperando - todos os nossos esforços, toda a nossa boa vontade se vai por água abaixo. É tempo perdido. Medidas avulsas, nunca deram resultado e sem retaguarda, muito menos.

E eu vou andando por aí e - crente como sou - ainda acredito na organização e cooperação.


24 abril 2020

530 - Fazemos bem ou mal?

Imagem: Google
Na Ciência, vemos empresas, laboratórios e institutos a porem os recursos à disposição para acelerar as coisas. Na economia e na política, vemos cada um a tomar decisões sem consultar os outros.

Li uma entrevista de António Portela CEO da BIAL à Visão. Dela retiro alguns excertos e, obviamente, o Lead desta publicação.
Considera esta crise "sem precedentes" e que não havendo histórico "ninguém sabe o que vai acontecer. É sempre difícil, em situações de crise, tomar decisões e saber qual a melhor solução". O Governo teve "algumas hesitações no início" mas que se sente "relativamente tranquilo com o que tem sido feito." No geral "o Governo tem tomado as medidas certas. E os resultados demonstram que não estamos numa situação tão desconfortável como a de outros países."

Retiro, ainda, a concordância que o SNS provou ser um pilar essencial, embora precisando de ser melhorado e complementado. Há necessidade de  "continuar a fazer investimentos em mais profissionais de saúde e em novos equipamentos." E não sabendo como tudo vai ficar, acha que se pede imenso aos profissionais de saúde e que estes "vão ter de descansar" pois, "não podem continuar a trabalhar sete dias sobre sete dias".

Estamos todos confiantes que vamos superar o vírus, mas há quem diga que o pior ainda está para vir. Duma coisa - e fazendo de comentadeiro sem conhecimentos, como muitos - podemos estar certos:  Se não tivermos cuidado, com o necessário levantamento de algumas restrições, aí sim, o pior estará para vir.
Conciliar a abertura necessária para a economia, com os cuidados com a saúde, será a batalha que todos teremos de travar.

E eu, embora não andando por aí, por simpatia, continuo a assobiar.



09 abril 2020

529 - Ai e tal e coisa.

Não sou muita daquelas histórias (pra não utilizar um substantivo feminino que m'apetecia) de paz e amor, mas sou sensível - e muito - a manifestações de amizade (eu disse amizade e não imposturices)

Abomino aqueles que fazem questão de dizer, por palavras, que são muito, muito, muito, nossos amigos. Mas, como dizia, ou antes, cantava aquela senhora, parole, parole, parole, leva-as o vento. 

Com esta medida de ficar por casa, que alguns respeitam e outros nem por isso, há uma infinidade de mensagens que nos caem no prato da sopa e fora das horas das refeições. E depois, ainda por cima, repetidas ou seja, reencaminhadas. Tenho alguns amigos - que não me batem nas costas nem apregoam que o são - que me vão disponibilizando alguns periódicos. Infelizmente, nem esses consigo ler, passo apenas os olhos. Sim, porque isto de ficar em casa, dá o seu trabalho e as suas canseiras.

Mas, há notícias que eu não fico/não posso ficar, indiferente. Li que, hoje, iam a reunião de Câmara relativamente às Obras Públicas de Requalificação do Centro Cívico das Taipas, a Repartição de Encargos e a Adjudicação e Aprovação da Minuta do Contrato. E ainda, que, devido à situação de emergência financeira iam ser votadas propostas de transferência de verbas para o Clube de Rope Skipping das Taipas e para o CART de, e respetivamente, €1.360 e €5.520.

A finalizar, as cooperativas do concelho, Vitrus, Casfig, Tempo Livre, Turitermas, Turipenha, A Oficina e A Fraterna, enviaram todas o Relatório e Contas aprovadas em meados de março e referentes ao ano de 2019. Aqui, deste parágrafo, tive de ler várias vezes, para perceber. Até que alguém me disse: - São as contas, pá.

E eu vou ficando por aí e, por simpatia, vou acreditando nas amizades e nas verdades... de cada um.



03 abril 2020

528 - Estou pasmado.

Com uma prontidão que não é habitual, pois cá prá Lameira os correios são preguiçosos - digo Correios, não Carteiros - recebi cá em casa o Reflexo, a que tenho direito, não por ter labutado lá uma dezena d'anos, mas porque pago €10,00 anuais para o ter.

Foto: QV
Foto: QV
Porque a quarentena me dá uma trabalheira do caraças, só lhe passei os olhos por cima, apesar de, desta vez, os trabalhos publicados serem para muita leitura. Dessa leitura na diagonal, não me merecem grandes reparos, os reparos - passe a redundância, mas são redundantes - do Cronista Manuel Ribeiro, nem do líder da Bancada do PSD/CDS-PP, que continua a dizer sempre as mesmas coisas: nunca nada está bem; não se compreende que; seria melhor se.

Bem, vou deixar o Dr. Ribeiro para segundas núpcias - mas que viva muitos anos e feliz com a minha amiga Lígia - e só vou escrever uma coisa: Que é isto? Que se passa? Qual a ideia? Qual a intenção?

Tenho respeito por toda a gente, até por aqueles que me respeitam pouco/ou nada, quanto mais por aqueles que sempre foram recíprocos ao meu tratamento, mas há coisas que não são, mesmo, para entender.

Há assuntos que conheço pela via institucional e que, por isso, não os comento. Depois há o que é público, que posso comentar. Pois bem, querem que lhes diga? Não comento o privado/institucional e, neste caso - para já - nem o público.

Deixem-me - não, não é trabalhar - estar calado. Apenas um comentário: Por amor de D(d)eus. Assim não vamos a lado nenhum. Ou antes, vamos, vamos todos ao charco, vamos todos chafurdar.

E eu NÃO vou andando por aí e, por simpatia, NEM sequer assobiar.