28 fevereiro 2010

156 - As árvores morrem deitadas.



Como muitos curiosos, ontem fui ver os estragos causados pelo temporal. Mesmo em frente à D. Maria do Rio, no passeio onde tantas vezes estavam as duas irmãs, sentadas nas suas duas cadeiras de abrir, uma árvore espalhou-se a toda a largura da estrada. Mais duas ali perto seguiram-lhe o exemplo. Os danos - apenas materiais - poderiam ser bem piores. Hoje de manhã fui dar uma vista de olhos pela Vila, para verificar mais estragos. Passei no Parque da Empresa Termal e no do Turismo. Nada. Das grandes árvores, nenhuma tinha seguido o exemplo das vizinhas.

Esta coisa das árvores nas Taipas foram desde sempre pano p'ra mangas. Temas para discussões em algumas assembleias de freguesia e conversas de café. Ora porque as “rapavam” de mais ficando quase carecas, ora porque não lhes cortavam os galhos. Cada cabeça sua sentença. Apesar de não ter sido dos que assinaram a petição contra o corte de árvores pela Empresa Termal das Taipas, fui dos que critiquei quando no consulado de Carlos Remísio, na junta e na Turitermas, foram abatidas uma série delas no Parque.

Depois da volta e no regresso a casa pus-me a pensar: Se não tivessem sido os “abates” das árvores do Parque das Termas e do da junta de Turismo, hoje teríamos “galharia” q.b. espalhada pela vila. E os profetas da desgraça, além de atacarem quem vão atacar, ainda se atirariam a Carlos Remísio. É que nestas coisas relacionadas com inverno e água, “ele” também é o culpado de há anos a esta parte, não nos deliciarmos com as cheias nas Termas e na fronteira Largo/Lameira.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

Foto: Muito minha.

10 fevereiro 2010

155 - Vamos limpar Portugal.


No passado dia 5, saiu uma notícia no Reflexo Digital, com o título Mãos à obra! Limpar Portugal. O título sugeriu-me algumas hipóteses sobre o que versaria o tema: Limpar de limpar; limpar de arrumar; limpar de liquidar; limpar de afastar. Tudo me apontava limpeza, arrumação, para longe dos olhos, atirar pra canto, deixar de ver.

Imediatamente pensei que iam limpar as escandaleiras diárias; os títulos deprimentes dos jornais; as frases idiotas dos "políticos"; o deficit – financeiro e/ou democrático; as baboseiras que passam na televisão; as discussões “políticas”; os ataques pessoais; o quem escuta quem; o quem comete crime por escutar ou por divulgar o que escutou; o frequentar espaços públicos e falar baixo para ninguém ouvir e contar.

Mas não. Afinal a notícia é apenas a dizer, que está em marcha uma campanha de sensibilização para a educação ambiental e desenvolver e divulgar a iniciativa “Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia”.

Ora bolas, pensei. Realmente eu sou muito crente. Como se poderia limpar verdadeiramente Portugal? Neste País, apenas são permitidas operações de cosmética, leia-se “limpezas superficiais” porque verdadeiras limpezas, essas, NUNCA.
E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.
Foto: RFX Digital

05 fevereiro 2010

154 - Novidades ?



Saiu o nosso Espelho número 164 referente ao mês de Fevereiro. Nele encontramos os habituais artigos de opinião, os cronistas que vão rodando entre si e as novidades ou seja, as notícias. Dos artigos de opinião e dos cronistas não falamos, devido ao seu cariz, mas temos algumas notícias dignas de nota: As obras da entrada da vila, o Carnaval que já mexe, a reunião da junta com associações, o futebol e o subsídio atribuído ao CART. Uma página para as Escolas, o Polvo assado na brasa e duas novidades: O editorial escrito pelo Paulo Sousa e o até já, de Casimiro.

A páginas sete, porém - não não vou falar da crónica de Manuel Ribeiro – vem o relato da visita que o euro deputado social-democrata José Manuel Fernandes, nos fez no dia 29 Janeiro a convite da junta de freguesia. Diz o relato – entre outras coisas - (…) Nesse sentido comprometeu-se a colaborar e apoiar a Junta de Freguesia na realização de um “Fórum das Cutelarias “trazendo à vila das Taipas várias autoridades políticas (Presidente do IAPMEI, ministros, secretários de estado, deputados) para “debater a importância desta indústria histórica, que mesmo sem grandes apoios tem feito um bom trabalho”.

Quando a esmola é grande, até o pobre desconfia. Que o senhor euro deputado, prometesse trazer à vila, reputados economistas e outros letrados do seu partido para falar sobre a cutelaria, seria muito bom e exequível. Agora “Presidente do IAPMEI, ministros, secretários de estado, deputados”, isso é muita areia para a nossa camioneta. No entanto, confiemos na bondade do euro deputado e a ver vamos.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.