23 outubro 2019

517 - E dois magníficos anos se passaram

Foto: QV
Pois é. Já lá vão dois anos. A 23 de outubro de 2017, tomaram posse os membros da Junta e da Assembleia de Freguesia de Caldelas. Liderado por Luís Soares, tenho o prazer de fazer parte dum coletivo que, apesar de algumas, cada vez menos, vozes dissonantes, tem conduzido e bem os destinos da freguesia.

Nestes dois anos gostaria de focar o coletivo. No papel somos cinco membros do Executivo. Na prática, somos muito mais do dobro. Neste coletivo teremos de incluir os colaboradores da Secretaria, do terreno, alguns membros da Assembleia e cidadãos bem conhecidos, que tudo têm feito para o bem da freguesia.

Para quem não acreditava na liderança e no coletivo, já houve tempo mais que suficiente para dar a mão à palmatória. Luís Soares lidera. Está vivo, decide, aconselha, dá ânimo, desbrava terreno, procura e exige o perfecionismo.

Longe vão os tempos em que a distância não era vencida com um simples telemóvel. Longe vão os tempos em que não existiam computadores e ficheiros guardados na nuvem, de acesso fácil e simultâneo. Mas, e acima de tudo, longe vão os tempos em que se berrava contra tudo e todos para esconder a inoperância e a incompetência. Estes últimos, foram substituídos pelo diálogo e pela competência de quem sabe que com berrarias nada se consegue.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, lamento quem, não sendo cego, não quer ver.

16 outubro 2019

516 - Tão parecidos que nós somos...

Chegou ao loteamento do Pinhel o jornal da vila, que li na vertical sem me debruçar sobre nenhum tema em especial.
No dia de ontem, alguém me chamou a atenção questionando o que eu achava das crónicas dos líderes das bancadas da Assembleia de Freguesia. Com alguma tibieza e porque não estava para aí virado, confesso que não fui ler.
No entanto, elas hoje foram colocadas online, o que me permitiu olhar para o título e aguçar um pouco, mas só um pouco, o apetite. Se uma começa com "Os serviços públicos (...) são o único garante (...) que qualquer cidadão (...) tem acesso ao mesmo serviço", já o autor da outra opina que que não gosta "da palavra Estado vociferada no sentido de público (...) de que o público é que é bom e o privado (...) é mau".  

Não conhecesse eu a idoneidade do Diretor do Jornal, até poderia pensar que um teria tido acesso à crónica do outro - sem imputar o nome ao um e ao outro - tal o tema é comum às crónicas e as opiniões antagónicas. Assim, registo a necessidade que cada um tem de defender a sua ideologia atacando a do outro. Sim, porque as duas crónicas estão carregadas de ideologia e são fortemente políticas, embora algumas pessoas digam, como se isso fosse algum defeito, que não falam/fazem política. Ora, quem não faz política não pode ser concorrente a eleições e não pode tomar assento em locais políticos, como uma Assembleia ou uma Junta de Freguesia.

Porque também sou político - e assumo-o com muito gosto e até prazer - tal facto não é impeditivo, como afirmo muitas vezes, de pensar pela minha cabeça e de dizer que a Crónica do Augusto é aquela que está em sintonia com o que eu penso das políticas públicas. E penso assim, talvez porque, ao contrário de outros, estive em Portugal nos últimos dez anos e não estive a papar sono.

Eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando e fazendo política.