25 julho 2008

89 - Taipas agitada com a política - Conclusão

…/.. (continuação)

Sobre o inquérito que estará a decorrer na Junta, pouco ou nada se sabe, excepto as notícias veiculadas pelo Reflexo Digital.
Nele, escreve-se que “…Capela Dias interpelou (…) a fiabilidade das contas apresentadas, questionando (…) os procedimentos internos da junta na gestão dos dinheiros e emissão de recibos.” Mais adiante, o narrador diz-nos que “… Armando Marques, confirmou, (…) que está a decorrer um inquérito interno, e (…) este terá a ver com situações (…) de dinheiros e emissão de recibos.” A terminar o relato, o meu amigo Henrique, escreve que este inquérito é “… uma matéria tão delicada que pode pôr em causa o bom-nome de pessoal interno da junta de freguesia.”

Não estive presente na Assembleia e nos blogs identificados que costumo ler, (JSD Taipas, PCP Taipas e Vermelho Vivo) nada transparece. Apenas o anónimo Igreja Velha, goza com o tema mas, devido ao seu anonimato, não podemos ter em consideração as suas citações.

A insistência como o respeitável membro da Assembleia e Economista Cândido Capela Dias, - e continuando a citar o RFX Digital – “ interpelou várias vezes a junta se esta poderia garantir a fiabilidade das contas apresentadas, (…) os procedimentos internos (…) na gestão dos dinheiros e emissão de recibos.” desperta a minha curiosidade. Se estas questões, fossem colocadas por algum novato na política, consideraria mais um desvario de juventude. Mas, o interlocutor, é exactamente o oposto.

O tesoureiro da Junta, “…causando a grande estupefacção da noite (…) confirmou (…) um inquérito (…) a ver com situações menos claras no manuseamento de dinheiros e emissão de recibos.” (in RFX Digital). Armando Marques, não é nenhum novato na política, nem na vida associativa. Membro destacado do PSD e com passagens em diversas associações, como o Clube Caçadores das Taipas, Vitória Sport Clube, Bombeiros Voluntários das Taipas e, agora, principal responsável dos Rotários, tem traquejo suficiente para saber o que pode ou não dizer, publicamente.

As perguntas de Cândido Capela Dias e as respostas de Armando Marques, para alguém mais atento, podem ter um significado e um objectivo. Que cada um, se quiser, o identifique.

No entanto uma questão se me coloca. Não sei o que é pessoal interno, se são os eleitos ou os funcionários da junta. Se são os funcionários, podemos estar descansados que são gente séria e honesta. Alguns – como por exemplo a minha amiga Arminda e a “Rosinha da junta” – com muitos anos de casa e de serviço com muitos executivos. Se for por aí, penso que nada teremos a temer.

E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.. . .

…/.. conclusão

18 julho 2008

88 - Taipas agitada com as políticas - Parte II

…/.. (continuação)

Após a tomada de posse, foi fácil verificar que o estilo a imprimir às Assembleias, seria diferente do mandato anterior. Se neste era notório o agastamento entre os presidentes da Assembleia e da Junta, mas, normalmente, sem atingir o insulto, agora o estilo passou a ser diferente. A ironia, por vezes irritante para o adversário, do anterior presidente, foi substituída pelo ataque e contra-ataque, a atingir muitas vezes o insulto puro e simples.

Estas questiúnculas e picardias que observei, neste mandato, nas primeiras Assembleias de Freguesia e devido ao nível a que as mesmas chegaram, fizeram com que deixasse de assistir às mesmas, ao fim de tantos e tantos anos de participação ininterrupta. Neste último ano, ainda tentei, por duas vezes, voltar, mas já não tenho idade, nem tempo para ouvir certas coisas, que nada têm a ver com política e serviço público. Há afirmações que chegam mesmo a violentar a nossa inteligência.

O anúncio da não candidatura do Zé Luís, como já disse, não foi novidade para mim. Para mim, a surpresa foi ele não ter pedido a suspensão do mandato ou mesmo a renúncia, depois de ter ouvido tantas atoardas em relação a si e à sua Lista. Por vezes questiono-me, se as pessoas são limitadas ou se fazem (tentam fazer) dos outros parvos.

Vou referir-me (por agora) apenas a dois casos concretos: O papel da oposição e a Taipas Turitermas. Não vou discutir se a Câmara de Guimarães é prepotente ou não. Isso ficará para outras ocasiões. Pretendo apenas, ver as coisas, como elas efectivamente são.

Ponto 1 – A Freguesia precisa da Câmara para funcionar? A oposição deve ajudar o executivo a trazer benesses para as Taipas? Se sim, a ambas as questões, pergunto: Porque há-de a oposição defender a Freguesia junto da Câmara, quando o Órgão executivo, esquecendo o seu objectivo, hostiliza a Câmara continuamente?

Ponto 2 – Taipas Turitermas. Em relação a esta Cooperativa, já aquando da sua composição - e enquanto outros agora preocupados, na altura nada disseram - teci as minhas críticas sobre a forma como o património das ex-Juntas de Turismo foi alienado. Infelizmente, passou para as Câmaras. Agora pergunto: Sendo a Câmara – não está em questão se bem ou mal – a accionista maioritária da Cooperativa e pelos Estatutos da mesma, a presidente da Direcção, porque carga de água, é que deveria indicar para seu representante, alguém que não mereça a sua confiança política?

.../... (continua)

11 julho 2008

87 – Taipas agitada com as políticas – Parte I

Estes últimos dias vieram confirmar os meus posts anteriores (85) e (86): As Taipas anda agitada com as políticas, mas no mau sentido da palavra “políticas”.

Lendo o Reflexo Digital e a fazer fé em alguns comentários e em alguns blogues – os que não são anónimos, claro – anda para aí muita trapalhada.

Estamos a meter numa mesma gamela, coisas muito distintas e algumas, extravasam o comentário político e jocoso, passando à ofensa pessoal.

Do que se tem noticiado – e cingir-me-ei apenas a isso, “notícias” – há dois factos que me prendem a atenção, por razões que adiante se tornarão óbvias: o anúncio de que o José Luis Oliveira - meu sobrinho e afilhado - se não recandidatará a cabeça de lista nas próximas eleições e o inquérito que estará a decorrer na Junta.

O anúncio da não recandidatura do Zé Luis a presidente de Junta é um facto do meu conhecimento há muito tempo e que foi feito quando ele entendeu oportuno.

Mas recuando sensivelmente quatro anos, alguém - considerado o delfim do presidente da Junta da altura – disse-me que aventava a hipótese de se candidatar, se convidado. Eu disse-lhe: “Não aceite. Quem for a seguir vai-se queimar.” Esse amigo teve sorte, pois foi entendido convidar primeiro quem convidaram, que aceitou.

Conhecendo a forma de se (não) fazer política nas Taipas, pelo acompanhamento desde sempre, de perto e com interesse, da vida autárquica pós 25 de Abril, desaconselhei vivamente o Zé Luís a candidatar-se a presidente de Junta. Já fui tarde. Disse-me que já tinha anuído e que não voltaria atrás com a palavra dada.

Assim, lançados os dados das outras candidaturas e assistindo aos eventos que as mesmas promoveram, foi minha convicção, que aquela que melhor defenderia os interesses das Caldas das Taipas, seria a proposta pelo PS. No dia da sua apresentação assumi esta posição publicamente, depois de ter dado conhecimento que o iria fazer ao cabeça de Lista de outra candidatura (por achar ser essa a minha obrigação moral).

Os meus prognósticos – modéstia à parte – saíram certos. Por um lado, os resultados estão à vista. Por outro, depois de tantos anos de Carlos Remísio de Castro no poder, o cabeça de lista seu sucessor, foi de facto para queimar.

(...) Continua