18 julho 2008

88 - Taipas agitada com as políticas - Parte II

…/.. (continuação)

Após a tomada de posse, foi fácil verificar que o estilo a imprimir às Assembleias, seria diferente do mandato anterior. Se neste era notório o agastamento entre os presidentes da Assembleia e da Junta, mas, normalmente, sem atingir o insulto, agora o estilo passou a ser diferente. A ironia, por vezes irritante para o adversário, do anterior presidente, foi substituída pelo ataque e contra-ataque, a atingir muitas vezes o insulto puro e simples.

Estas questiúnculas e picardias que observei, neste mandato, nas primeiras Assembleias de Freguesia e devido ao nível a que as mesmas chegaram, fizeram com que deixasse de assistir às mesmas, ao fim de tantos e tantos anos de participação ininterrupta. Neste último ano, ainda tentei, por duas vezes, voltar, mas já não tenho idade, nem tempo para ouvir certas coisas, que nada têm a ver com política e serviço público. Há afirmações que chegam mesmo a violentar a nossa inteligência.

O anúncio da não candidatura do Zé Luís, como já disse, não foi novidade para mim. Para mim, a surpresa foi ele não ter pedido a suspensão do mandato ou mesmo a renúncia, depois de ter ouvido tantas atoardas em relação a si e à sua Lista. Por vezes questiono-me, se as pessoas são limitadas ou se fazem (tentam fazer) dos outros parvos.

Vou referir-me (por agora) apenas a dois casos concretos: O papel da oposição e a Taipas Turitermas. Não vou discutir se a Câmara de Guimarães é prepotente ou não. Isso ficará para outras ocasiões. Pretendo apenas, ver as coisas, como elas efectivamente são.

Ponto 1 – A Freguesia precisa da Câmara para funcionar? A oposição deve ajudar o executivo a trazer benesses para as Taipas? Se sim, a ambas as questões, pergunto: Porque há-de a oposição defender a Freguesia junto da Câmara, quando o Órgão executivo, esquecendo o seu objectivo, hostiliza a Câmara continuamente?

Ponto 2 – Taipas Turitermas. Em relação a esta Cooperativa, já aquando da sua composição - e enquanto outros agora preocupados, na altura nada disseram - teci as minhas críticas sobre a forma como o património das ex-Juntas de Turismo foi alienado. Infelizmente, passou para as Câmaras. Agora pergunto: Sendo a Câmara – não está em questão se bem ou mal – a accionista maioritária da Cooperativa e pelos Estatutos da mesma, a presidente da Direcção, porque carga de água, é que deveria indicar para seu representante, alguém que não mereça a sua confiança política?

.../... (continua)

1 comentário:

Anónimo disse...

Por dever de coerência, digo eu e explico.
Quando a Junta não era do PS mandatos de Carlos Remísio), a Câmara confiou a presidência da direcção da Turitermas a alguém que não o presidente de então da Junta.

Quando a Junta passou para o PS, a Câmara, melhor dizendo, o mesmo presidente, António Magalhães e o mesmo partido, mudaram de critério: deixou de ser indicado alguém de fora da Junta, como anteriormente, e passou a ser o presidente da Junta. Na época, António Magalhães alegou que fazia todo o sentido ser o legal representante das populações das Taipas, vulgo presidente da Junta, a assumir em simultâneo o cargo de representante da Câmara na Turitermas. Dois pesos e duas medidas, portanto.

E o que se critica não é a falta de legitimidade para a mudança. O que se critica é a dualidade de critérios, ou seja a incoerência. Que, diga-se, nada tem a ver com Remísio Castro.

Cândido Capela Dias