31 maio 2011

216 - Os canais entupidos.



Li um comentário publicado no sítio do “Amor às Taipas”, da autoria do Zé Maia de Freitas (acrescento o “de Freitas” para o meu amigo Daniel não ficar aborrecido comigo), sobre uma afirmação proferida numa assembleia de freguesia e à volta da qual, o autor do texto teceu várias considerações.
Cingindo-me ao entupimento do tal canal, uma teimosia que em rigorosamente nada beneficia as Taipas, antes pelo contrário, veio-me à memória algo do antigamente.
Todos (alguns) ainda nos lembramos da sorte das águas, quando os dias em que os homens que trabalhavam as terras, tinham direito às águas, para regar os campos. Por vezes alguns mais expeditos/manhosos/batoteiros, tapavam o canal/rego que servia o vizinho, para se aproveitar, ilegalmente, da água que naquele dia não era sua. Por vezes as contendas eram resolvidas com violência. Pois é. Como não se podia acorrer a outros canais de regadio, o problema era resolvido à força.
Hoje esse método não surte grande efeito, porque quando algum canal está estúpido, facilmente se arranja outro, desimpedido e por onde possa circular o precioso líquido.
Portanto mais vale que a teimosia acabe e, como escreve o Zé Maia Freitas, que o canal seja desentupido pois, fechado, não beneficia ninguém, antes pelo contrário.


E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

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