29 maio 2015

Entrei hoje no blogue e reparei que quase dois meses se passaram desde a última colocação. Afazeres, preguiça, trabalho a exigir concentração redobrada, ponta final da Liga com incertezas, tudo contribuiu para este longo afastamento. E embora apenas a última das desculpas esteja resolvida -  o que me levaria a continuar sem aparecer por aqui - um acontecimento triste que me foi comunicado pelo Delfim ontem por volta das oito da noite, me obriga a aparecer. É que escrever no meu blogue dá-me prazer, mas - modéstia à parte - se ninguém ler o que eu escrevo e se depois, pessoalmente ninguém comentar/discutir comigo, o interesse de escrever esmorece um pouco.

Por isso hoje aqui estou. É que ontem, um dos meus amigos que lia e comentava o que eu escrevia, partiu. O Daniel da Sãozinha, que mais tarde passou a ser também "O Daniel da Linda Maia", depois de uma luta tenaz, foi derrotado. Conheci o Daniel não sei quando. Possivelmente quando fiz um estágio, por castigo, nos finais dos anos sessenta ou princípios dos anos setenta, na Herdmar: não sei. Andei com ele porta a porta, a vender bilhetes para as obras da residência paroquial. Estive no Corpo de Bombeiros quando ele era dos Órgãos Sociais. Somos vizinhos no loteamento.

Não é por ter partido que o Daniel passou a ser boa pessoa. Não. Para mim, o Daniel foi SEMPRE, boa pessoa. A Comunidade perdeu um amigo, sempre pronto a colaborar nas obras sociais. O jardim da Linda Maia, perdeu o seu jardineiro e tratador e a camélia deixará de ser podada ao pormenor. Nas próximas vezes que for a casa do Delfim, já não espreito para a casa do Daniel, porque ele já não está lá.

Também este Vilasdastaipas deixará de ter um dos seus leitores mais atentos. Mas, isso é o menos.

1 comentário:

nela vilas disse...

Boa Noite Quinzinho!
Realmente é verdade, já há muito tempo que não escrevias nada para eu poder comentar.
Pena é, escreveres para falar de mais um Amigo que parte sem nos avisar.
Como eu te entendo, quando se fala de certas pessoas que nos deixam e de quem temos tantas e tão boas recordações.
Depois de tantos elogios que ouvi no dia do seu funeral, dos teus comentários e o que conhecia do Daniel, só me resta pedir a Deus o seu eterno descanso.
Um abraço
Nela