11 outubro 2015

434 - Realmente, parece que ainda não acabou . . .

No primeiro dia do mês coloquei aqui que iria votar no círculo eleitoral de Braga, para tentar eleger Caldeira Cabral, Joaquim Barreto, Sónia Fertuzinhos e Luís Soares e que tinha pena do meu voto não chegar para o Nelson Felgueiras. Até aqui, o meu desejo tornou-se realidade. Continuei a escrever que tinha esperança que o Governo em funções fosse derrotado, o que não veio a acontecer.


Tal como durante a campanha evitei a propaganda e as opiniões dos comentadores, assim continuei até esta altura, tendo apenas acesso a alguns comentários colocados, ou reproduzidos, pela minha dezena de amigos do Facebook. Mas, aí, li algumas coisas que me incomodaram seriamente. Desde a "eleição do primeiro ministro" até à formação de um "legítimo governo de esquerda", passando por "temos alguém para defender os interesses do nosso concelho" uma panóplia de sugestões me arregalaram os olhos. Não me pareceu ninguém preocupado em "ler" o que diz a CRP sobre o assunto.

O artº 152, n.º 2 foi esquecido; a Artº 187º n.º 1, foi apagado; e o Artº 195º, nº. 1, alínea d), não existe. Alguns apelidam de golpe de Estado a constituição de um governo, sem a presença do partido/coligação mais votado; outros advogam uma traição ao eleitorado colocar alguém a governar que não teve o apoio da maioria dos portugueses.

Pela parte que me toca - embora a minha opinião valha zero - é que o PR, DEPOIS DE OUVIDOS OS PARTIDOS REPRESENTADOS NA AR, nomeie um PM, que na hipótese de não ter negociado uma maioria na AR, deve dialogar com os outros partidos representados e fazer aprovar o Programa de Governo. Neste caso terá de ser Passos Coelho, que, por sua iniciativa, tem de tentar dialogar para aprovar o programa e continuar a fazê-lo para aprovar as Leis seguintes. Fala-se em Governo só da Coligação e fala-se do Governo do PS com os partidos à esquerda. Só ainda ninguém falou, do que se fez nas Caldas das Taipas para as autárquicas! É uma hipótese: O PC deixar passar o programa do PSD/CDS, apesar das "negociações" com o PS.



E eu vou andando por aí e, por simpatia, aguardo aposse do (des)Governo.

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