Todos (?) andamos preocupados com o COVID. Ou, se não andamos, devíamos andar. Eu ando. Muito. A coisa não é para brincadeiras. Mas não vos vou falar/escrever sobre as cautelas a ter com o dito cujo. Não, não tenho competências para tal e, para dar palpites, já anda para aí gente demais. E há palpites a mais. E cada um deles diferente do anterior. O povinho quer é tempo de antena, para covidar e conseguir algum protagonismo. Vou falar não da prevenção mas das causas laterais do bicho.
De vez em quando toca o sino - mais alguém que partiu, mais alguém que nos deixou. Mais algum que deixou a família, a vida, a vila, os amigos. É e será a Lei da Vida: nascer, crescer e partir. Aparentemente tudo normal - é e será a Lei da Vida. No entanto, este maldito COVID, além de originar a partida de alguns, impede-nos de nos despedirmos de quem parte.
Na estação (Capela de S. Tomé) não podemos dizer o último adeus, confortar os familiares, recordar os bons momentos que passamos, dar aquele abraço aos familiares e derramar a última lágrima sobre os que partem. Tudo proibido, em nome da saúde pública.
Desde estes confinamentos que nos impedem de participar nestas cerimónias, que muitas e muitos de quem eu nos quereriamos despedir, partiram sem o podermos fazer. Sem poder abraçar os familiares, sem contar a última história, sem avivar a última lembrança.
Daqui, deste espaço, um abraço aos familiares dos que partiram, sem que eu pudesse despedir-me.
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