31 março 2020

527-A - Efetivamente é a altura.

É politicamente correto fazer críticas ao que está mal, embora - no meu entender - a crítica deveria ser acompanhada, do que entendemos ser a solução para o que criticamos.
Infelizmente para a sociedade - e felizmente para as redes sociais - a crítica avulsa é uma constante e as soluções nunca aparecem. É fácil. É barato. Dá audições (audiências, não rimava).
Estou em casa há cinco meses - a mim já me parecem - respeitando as recomendações de uns e as imposições de outros.
Daqui vou dando o meu contributo: Pequeno. Insignificante. Irrelevante.
Mas outras há, que todos os dias multiplicam por milhões, o pouco que eu faço. Com entrega. Com firmeza. Com dedicação. Com ausências na sua vida familiar.
Outros ainda, com tudo o que acima digo e acrescentando: ausências na sua atividade profissional. Estes sim, SEMPRE PRESENTES - e não é slogan de campanha eleitoral. É a realidade.
E se há muito "chão", que não dá rigorosamente nada, pois está seco, estéril e é fraco, existe próximo de nós, de mim, outros que dão tudo e mais alguma coisa.

Daqui, do Loteamento do Pinhel, envio o reconhecimento público, para aqueles que eu abandonei, para estar em casa:
À Rosinha, ao André a ao Berto. Aos dois primeiros porque foi-lhes proporcionado "ficar em casa" e disseram não. Ao Berto, porque não podia ficar em casa e dedica-se todos os dias da semana, incluindo sábados e domingos, a proporcionar condições para que outros, inadvertidamente, andem a laurear o queijo.
Ao Luís Soares, Cristina, João Manuel e Patrícia. Obrigado pelo V/ esforço. Obrigado pela V/ compreensão. Obrigado por não lançarem a albarda ao ar. Obrigado por ouvirem/lerem tantas ignomínias e se manterem no V/ posto.
É um prazer trabalhar convosco. Poucos (nenhuns) podem avaliar o V/ trabalho. Então, nestes últimos dias, as V/ canseiras e os V/ desgostos. Mas eu posso. Porque Vos conheço. Porque, de longe, os sinto.

A par destes 7, mais o Augusto e o José Fonseca. Sem obrigação, mas por espírito de missão. É um prazer trabalhar convosco.

Fica este registo, que vale o que vale. Mas é o que eu sinto. Porque sei das "coisas". Porque não me limito a "mandar palpites" sobre tudo. Obrigado pelo V/ trabalho. Um dia, todos agradeceremos.

E eu, como não devo andar por aí nem sinto vontade de assobiar... só eu sei, porque fico em casa.

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