20 junho 2020

536 - Vai ou não vai?

Foto RFX

Tenho pena. Lamento pela infelicidade dos outros. Há momentos em que, na vida, sentimos alegria por algo que acontece. Não vou falar do nascimento - nosso ou dos nossos filhos - do casamento, de e da, mas de uma coisa que TODOS e reforço TODOS, os Taipenses que se prezem, devem sentir alegria e gritar alto e bom som: finalmente.

Exato cara e caro amigo. Hoje, como ontem, lembro a Lurdinhas do Peixe - mãe do Chico Magalhães; o meu tio e padrinho - o Vilinhas Pequenino; a S' Rosinha da Pita; o Manequinhas e o Zequinha do Talho.

Mas também a senhora Maria da Seara, a Engracinha do Canto e tantas outras senhoras que me habituei a visitar nas segundas-feiras, dia "da Praça". Historiador é o meu primo António José e malabaristas de acontecimentos, outros mais que por aqui vamos lendo, mas a história daquela "Praça", sem ressabiamentos doentios e outros "mentos" que tais, é feita de pessoas, de gente, de povo, que ao longo de  décadas por ali andou.

Fruto do desenvolvimento natural, "a Praça" perdeu as feiras, das segundas. Continuaram ainda por alguns tempos os talhos, pela mão de alguns herdeiros. Com o tempo também esses se foram. Como dizia ontem o Presidente da Junta, excetuando o S. Pedro, "a Praça" serviu, num local central e emblemático das Caldas, para estaleiro da Câmara e da Junta.

Ontem - e aqui o título do "Vai ou não vai" - o sonho de muitos, que deveria ser de todos, tornou-se realidade. A requalificação do que se designou chamar de "Mercado" vai avançar. O estaleiro vai acabar. Irá existir "outro" estaleiro, para apoiar A Obra que vai nascer.

E aqui nasce a nódoa na camisa. Esquecendo que este projeto foi sufragado por larga maioria de residentes, taipenses ou não, continuará a saga daqueles que muito disseram iriam fazer "à Praça" e nunca tiveram engenho ou arte para lhe mexer numa palha.

Fruto da poupança de delegações de competências, dos anos de 2018 e 2019, a que se juntará a de 2020 e ainda dum subsídio extraordinário, a requalificação vai começar.

Em hora de alegria, de felicidade, pelo conseguido - que sem o pataco compromissado não seria possível - haverá vozes ou escritos no anonimato a contestar que "a Praça" volte à dignidade de outros tempos.

 E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando

Sem comentários: