Foto RFX |
Tenho pena. Lamento pela infelicidade dos outros. Há momentos em que, na
vida, sentimos alegria por algo que acontece. Não vou falar do nascimento -
nosso ou dos nossos filhos - do casamento, de e da, mas de uma coisa que TODOS
e reforço TODOS, os Taipenses que se prezem, devem sentir alegria e gritar alto e bom som: finalmente.
Exato cara e caro amigo. Hoje, como ontem, lembro a Lurdinhas do Peixe -
mãe do Chico Magalhães; o meu tio e padrinho - o Vilinhas Pequenino; a S'
Rosinha da Pita; o Manequinhas e o Zequinha do Talho.
Mas também a senhora Maria da Seara, a Engracinha do Canto e tantas outras
senhoras que me habituei a visitar nas segundas-feiras, dia "da
Praça". Historiador é o meu primo António José e malabaristas de
acontecimentos, outros mais que por aqui vamos lendo, mas a história daquela
"Praça", sem ressabiamentos doentios e outros "mentos" que
tais, é feita de pessoas, de gente, de povo, que ao longo de décadas por
ali andou.
Fruto do desenvolvimento natural, "a Praça" perdeu as feiras, das segundas. Continuaram ainda por alguns tempos os talhos, pela mão de alguns
herdeiros. Com o tempo também esses se foram. Como dizia ontem o Presidente da
Junta, excetuando o S. Pedro, "a Praça" serviu, num local central e emblemático
das Caldas, para estaleiro da Câmara e da Junta.
Ontem - e aqui o título do "Vai ou não vai" - o sonho de muitos,
que deveria ser de todos, tornou-se realidade. A requalificação do que se
designou chamar de "Mercado" vai avançar. O estaleiro vai acabar. Irá
existir "outro" estaleiro, para apoiar A Obra que vai nascer.
E aqui nasce a nódoa na camisa. Esquecendo que este projeto foi sufragado por
larga maioria de residentes, taipenses ou não, continuará a saga daqueles que
muito disseram iriam fazer "à Praça" e nunca tiveram engenho ou arte para lhe mexer numa palha.
Fruto da poupança de delegações de competências, dos anos de 2018 e 2019, a
que se juntará a de 2020 e ainda dum subsídio extraordinário, a requalificação
vai começar.
Em hora de alegria, de felicidade, pelo conseguido - que sem o pataco
compromissado não seria possível - haverá vozes ou escritos no anonimato a
contestar que "a Praça" volte à dignidade de outros tempos.
E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando
Sem comentários:
Enviar um comentário