11 julho 2020

538 - Taipas Turitermas.

Documento "coleção privada" de QV

Sem procurar muito e sem dinheiro para colocar alguém a “procurar” por mim, de vez em quando ao tentar arrumar a cave aparecem-me papéis, alguns já velhos e desbotados, mas que têm sempre alguma coisa de atual – caso queiramos que assim seja porque “quando o homem quer…”.

Este, datado de 26/05/1986, é um escrito que enviei para o jornal “O Povo de Guimarães”, onde entrei pela mão de Álvaro Nunes e onde tive outras referências para acompanhamento, nomeadamente o filho do Nicolino-Mor - Rocha também de nome e engenheiro (também) de título.

Este papel é o relato da primeira Assembleia Geral da Cooperativa Taipas Turitermas, criada em 1985 quando Manuel Ferreira era Presidente da Câmara e assumiu a presidência provisória da Cooperativa até as eleições relatadas neste papel/fotografia, que se efetuaram em maio de 1986. No papel destaco a postura do representante do acionista maioritário de não votar qualquer assunto da Assembleia, de modo a deixar na mão dos cooperantes os destinos da Cooperativa.

Quis o destino, ou o acionista maioritário, que o nome Ferreira voltasse a presidir à Cooperativa mais importante do concelho. Depois de Vereadores da Câmara, de um Presidente de Junta, de candidato a Presidente de Junta e de um membro com dez anos de direção da cooperativa, a confiança política para o cargo volta a cair num Vereador. Quando escrevo confiança política é isso mesmo que quero dizer. Numa casa onde eu sou o principal responsável, só posso delegar em quem acredito e confio. Nesta nomeação é apenas de estranhar que as carpideiras, que em mandatos anteriores queriam a Junta de Freguesia a presidir à Cooperativa, agora tivessem esquecido esse pormenor.

Conheço a Vereadora Sofia Ferreira há pouco tempo. Já quanto aos progenitores, o caso é diferente, mercê do mediatismo de um e do trabalho nas Caldas das Taipas de outra. No entanto, nos poucos tempos de convivência, vejo na senhora Vereadora algo mais que a confiança política do Presidente de Câmara. Vejo nela alguém interessado, dialogante, persistente e que será competente para assumir o leme desta nau.

Pela minha parte, e desde 1986, contará com a presença nas Assembleias Gerais e nelas apoiar as medidas que achar boas e discordar das que achar piores. Na sua nomeação tenho uma certeza: fará o melhor que puder e souber, para defender a Cooperativa, mas também as Taipas, o concelho e o nome de quem tornou possível, no longínquo ano de 1985, a reabilitação das Termas das Taipas.

Seja bem vinda, senhora Presidente.

Eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.

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