Documento "coleção privada" de QV |
Sem procurar
muito e sem dinheiro para colocar alguém a “procurar” por mim, de vez em quando
ao tentar arrumar a cave aparecem-me papéis, alguns já velhos e desbotados, mas
que têm sempre alguma coisa de atual – caso queiramos que assim seja porque “quando
o homem quer…”.
Este, datado
de 26/05/1986, é um escrito que enviei para o jornal “O Povo de Guimarães”,
onde entrei pela mão de Álvaro Nunes e onde tive outras referências para acompanhamento,
nomeadamente o filho do Nicolino-Mor - Rocha também de nome e engenheiro (também)
de título.
Este papel é
o relato da primeira Assembleia Geral da Cooperativa Taipas Turitermas, criada
em 1985 quando Manuel Ferreira era Presidente da Câmara e assumiu a presidência
provisória da Cooperativa até as eleições relatadas neste papel/fotografia, que
se efetuaram em maio de 1986. No papel destaco a postura do representante do
acionista maioritário de não votar qualquer assunto da Assembleia, de modo a
deixar na mão dos cooperantes os destinos da Cooperativa.
Quis o
destino, ou o acionista maioritário, que o nome Ferreira voltasse a presidir à
Cooperativa mais importante do concelho. Depois de Vereadores da Câmara, de um
Presidente de Junta, de candidato a Presidente de Junta e de um membro com dez
anos de direção da cooperativa, a confiança política para o cargo volta a cair
num Vereador. Quando escrevo confiança
política é isso mesmo que quero dizer. Numa casa onde eu sou o principal
responsável, só posso delegar em quem acredito e confio. Nesta nomeação é apenas
de estranhar que as carpideiras, que em mandatos anteriores queriam a Junta de
Freguesia a presidir à Cooperativa, agora tivessem esquecido esse pormenor.
Conheço a
Vereadora Sofia Ferreira há pouco tempo. Já quanto aos progenitores, o caso é
diferente, mercê do mediatismo de um e do trabalho nas Caldas das Taipas de
outra. No entanto, nos poucos tempos de convivência, vejo na senhora Vereadora
algo mais que a confiança política do
Presidente de Câmara. Vejo nela alguém interessado, dialogante, persistente
e que será competente para assumir o leme desta nau.
Pela minha
parte, e desde 1986, contará com a presença nas Assembleias Gerais e nelas
apoiar as medidas que achar boas e discordar das que achar piores. Na sua
nomeação tenho uma certeza: fará o melhor que puder e souber, para defender a
Cooperativa, mas também as Taipas, o concelho e o nome de quem tornou possível,
no longínquo ano de 1985, a reabilitação das Termas das Taipas.
Seja bem
vinda, senhora Presidente.
Eu vou andando por aí
e, por simpatia, também vou assobiando.
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