21 setembro 2024

568 - Coisas da Vida. A libertação.

Entrei no mundo do trabalho aos 18 anos. Nessa Empresa, um dos donos/patrões, era Presidente do Clube mais representativo do concelho de Guimarães.

Nunca fui sócio desse clube. Nunca o patrão me convidou/incentivou ou mandou – naquele tempo era assim – ser sócio desse Clube. Isto tudo é pura verdade e ainda pode ser confirmado por muitos que ainda por cá andam.

Agora, para aliviar as coisas, “um pouco de ficção”:

Sabem porque o Presidente do dito Clube, nunca me disse para ser sócio? Porque sabia que eu não era adepto. Porque sabia que eu não apoiaria o Clube. Porque sabia que eu não defenderia o Clube. Poderia, apenas, eventualmente, se ele precisasse do meu voto para vencer as eleições, eu ia lá colocar a cruzinha. Nada mais. – “términus da ficção”.

Agora, casos reais: Nunca seria um verdadeiro adepto do clube. Nunca seguiria os seus ideais. Nunca lutaria, com alma, em sua defesa. Seria apenas sócio para “fazer o frete” e, sem me identificar com o clube, seria apenas um pau mandado de colocar a cruz.

Porquê esta conversa? Porque o mesmo se passa em alguns/muitos partidos políticos. Para se conquistar/ganhar/manter um emprego temos de ser agradáveis ao “patrão”. Vendemos a alma – por vezes conscientes que o fazemos ao diabo – para manter as nossas regalias.

Esforço terrível. Dramático, até. Lutar por algo que nada nos diz. Mas – podem dizer – não custa nada. É só colocar a cruz – Mas que cruz, digo eu. Um tormento. Uma cruz bem pesada.

Mas, para os Cristãos, Cristo liberta. Também os que são obrigados a colocar a cruz, se não seguirem os mandos dos patrões e a colocarem onde podem fazê-lo livremente, aliviam a cruz. Sai-lhes o fardo das costas. Sai-lhes o peso da consciência.

Caras e caros amigos nesta situação - libertai-vos da cruz e vivei em paz com a Vossa consciência.

E eu, vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando.


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