Depois de muitos anos como
espectador atento nas Assembleias de Freguesia e em reuniões pública do
Executivo – quando as havia – convidado pelo Luis Soares no ano de 2017, fiz
parte de uma lista concorrente às eleições para a Assembleia de Freguesia de Caldelas
– Caldas das Taipas, nesta vila que me viu nascer, por sinal no quarto número 5
da, na altura, Pensão Vilas.
De todas as associações que fiz
parte, com as minhas poucas qualidades e muitos defeitos, existia para mim algo
de sagrado e de politicamente correto. Esse sentimento, obrigação, defeito ou
até virtude, chamem-lhe o que quiserem, era Ponto de Ordem para mim. Quando fui
chamado a exercer funções na Junta de Freguesia em 2017, adotei o mesmo “sacro defeito”.
Agora, na Assembleia de Freguesia – apesar de como dizem os teóricos “não ter
sido eleito” – cumpro com o meu Grupo Parlamentar o mesmo “sacro defeito”.
Qual é ele? Solidariedade,
respeito pessoal, respeito institucional e até, talvez, amizade. E o que isso
quer dizer? Eu explico. Os assuntos são discutidos internamente. Cada um expõe
os seus pontos de vista. Apresenta as suas soluções. Discute as opções dos
outros. No final os contendedores votam, e vencedores e vencidos, defendem,
TODOS o mesmo projeto. A deliberação é de todos e todos a defendem como sua.
Pelo que tenho presenciado, não
somos todos iguais. A lealdade, amizade, solidariedade, são letra morta
para alguns.
E eu vou andando por aí e, por simpatia, também vou assobiando,
mas sempre com a minha liberdade despoluída.

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